Para esclarecer e desmitificar o assunto Ostomia, lembrando que não é porque a pessoa tem o diagnóstico de doença de crohn ou retocolite ulcerativa que ficará ostomizado,cada indivíduo responde de uma forma ao tratamento e informação nunca é demais!
O que é um estoma?
Estoma é uma abertura feita
cirurgicamente no abdome, por onde o conteúdo dos intestinos será expelido e
coletado para uma bolsa externa. Consistem na exteriorização do íleo ou cólon
para o meio externo através da parede abdominal.
O estoma é constituído da mucosa
normal do intestino, assim o aspecto normal, saudável, é de cor vermelho vivo,
úmido e brilhante, devido a presença do muco intestinal, semelhante à mucosa da
boca (parte interna).
Nos primeiros dias após a
cirurgia o estoma pode ficar edemaciado (inchado). Aos poucos o edema regride.
A pele ao redor do estoma
(chamada de pele periestomal) deve estar lisa, sem lesões ou ferimentos.
Uma vez que o estoma não pode ser
controlado voluntariamente, o paciente precisará de uma bolsa de coleta de
fezes, devendo ser usada continuamente, pois a ostomia pode funcionar a qualquer
momento.
Um dos problemas para os ostomizados, após a cirurgia é a readaptação
à vida normal. O paciente tem várias preocupações, dentre elas: o odor, os
ruídos, as freqüentes idas ao banheiro, à reintegração social e profissional, o
tratamento da pele à volta do estoma e até mesmo a atividade sexual.
Portanto, a confecção adequada de um estoma
é vital na qualidade de vida do paciente, ao qual deve ser esclarecido com
detalhes, as razões de sua necessidade, se será um estoma temporário ou
permanente, as possíveis complicações e os cuidados no manuseio e manutenção do
estoma.
Os aspectos psicossociais e
sexuais do paciente ostomizado são relevantes na rotina de sua vida. Para que
haja uma adaptação do paciente frente a esse novo contexto, é necessário uma
atividade multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e
estomaterapêutas, sendo estes, profissionais especializados em estomas, que
orientam medidas e cuidados com o estoma desde o período pré-operatório.
Indicações para confecção de uma ostomia:
- Obstruções intestinais agenesias
e atresias anorretais, megacólon congênito (doença deHirschsprung), neoplasias,
volvo, doença diverticular,colite isquêmica;
- Traumas: penetrante (arma branca
ou de fogo, acidentes),fechado e empalação;
- Fístulas: anorretais,
reto-vaginais, reto-vesicais;
- Proteção de anastomoses de alto
risco:colorretais, colo-anais e ileo-anais.
- Perfurações do cólon: neoplasias,
doença inflamatória intestinal (doença de crohn, retocolite ulcerativa), doença
diverticular, colite isquêmica;
Ou seja, existem outras razões e,
não apenas por patologia inflamatória intestinal!
Mas, o estoma é doloroso?
Não, o estoma não tem terminações
nervosas, por isso não dói ao ser tocado, por isso existe o risco de causa
lesões sem perceber. Caso apresente sangramento pequeno ao ser tocado, o
paciente deve observar, e esperar que o sangramento pare espontaneamente Caso
o sangramento seja contínuo e abundante o médico deve ser procurado
Tipos de ostomia:
Ileostomia: A ileostomia é a
exteriorização da parte final do intestino delgado na pele do abdome. As fezes
de uma ileostomia são mais líquidas do que aquelas que saem por uma colostomia.
As ileostomias são realizadas por qualquer motivo que impeça a passagem das
fezes pelo intestino grosso;
Colostomia: É a porção do
intestino exteriorizada através da parede abdominal. A colostomia faz com que
uma parte do intestino fique exposta no abdome, como uma boca (estoma). Esta
abertura será o local por onde sairão às fezes que, por sua vez, serão
armazenadas em uma bolsa coletora.
Os estomas intestinais podem ser
temporários(transitórios) ou definitivos (permanentes).dependendo do motivo
pelo qual foi confeccionada e está sendo tratada.
Por exemplo, na cirurgia para
tratamento do câncer de reto, os estomas temporários são fechados depois da
cicatrização da cirurgia, o que ocorre geralmente após 1 mês da cirurgia. Após
o fechamento do estoma, o paciente volta a evacuar pelo ânus.
Fonte:
http://www.fmrp.usp.br/revista/2011/vol44n1/Simp5_Estomas%20intestinais.pdf
nossa, muito bom. me salvou na prova de semiotécnica.
ResponderExcluirOlá Eliane, tudo bom? Fico feliz me saber que a matéria do Blog tenha te ajudado, lógico que sua dedicação também conta, não é?! Parabéns e sucesso���������������� Rita
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