Translate

quinta-feira, 28 de março de 2013

Benefícios do consumo de peixes

Segundo a Organização Mundial da Saúde o consumo de peixe faz bem para saúde e deve ser consumido, pelo menos, duas vezes por semana, intercalando com outros tipos de carnes como, bovina, suína e aves. Mas, apesar da grande extensão do litoral brasileiro, a ingestão de peixes no Brasil ainda é muito pequena e na época da Páscoa é comum as preparações à base de peixe e nem precisa ser bacalhau, temos muitas opções tão saborosas quanto e ricos em ômega 3, vitaminas e minerais.

Veja as principais vantagens para a saúde obtidas através dos nutrientes presentes nos peixes.

-  Os peixes são ricos em proteínas de alta qualidade;
- Por serem ricos em aminoácidos essenciais (substâncias não produzidas pelo nosso organismo), os peixes possuem proteínas com valor nutritivo ligeiramente superior às das carnes vermelhas (como as de boi e porco). Além disso, as proteínas dos peixes são de alta digestibilidade, favorecendo o processo de digestão;

- Em geral, os peixes possuem menos gordura que a maioria das carnes bovinas e suínas.
A porcentagem de lipídeos (gorduras) da maioria dos peixes encontra-se entre 0,2 a 23,7%. Essa quantidade varia de acordo com a espécie, sexo, idade, tipo de alimentação, estação do ano (verão ou inverno) entre outros fatores. Assim, eles podem ser classificados em:
- Baixo teor de gordura: menor que 2%
- Médio teor de gordura: de 2 a 5%
- Alto teor de gordura: acima de 5%

Os peixes de carne clara como, por exemplo, bacalhau, badejo, corvina, carpa, dourado, garoupa, linguado, pescada; apresentam menor quantidade de lipídeo que os de carne escura como, por exemplo, atum, anchova, arenque, bagre, cavala, sardinha, salmão, tainha.
O tipo de gordura predominante nos peixes é a poliinsaturada diferentemente das carnes vermelhas, as quais contêm uma alta proporção de gordura saturada. A do tipo saturada, quando consumida em grande quantidade, pode ser prejudicial para o coração.

Dentre as "famílias" de gordura poliinsaturada, destaca-se o ômega 3, devido aos grandes benefícios proporcionados à nossa saúde, como: diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (derrame), redução da pressão arterial, ação anti-inflamatória, diminuição das taxas de triglicérides e colesterol total no sangue.
O ômega 3 está presente, em maior quantidade, nos peixes de águas salgadas e frias, como: atum, arenque, bacalhau, sardinha e salmão. Os de águas doces, também apresentam ômega 3, mas em quantidade muito inferior quando comparados aos primeiros

- Os peixes são boas fontes de vitaminas e minerais;
Eles apresentam boas concentrações de vitaminas lipossolúveis (solúveis em gorduras), como A, E e, principalmente, D. Também são ricos em vitaminas hidrossolúveis (solúveis em água) como niacina - presente nas reações químicas de liberação de energia em nosso corpo - e ácido pantotênico - essencial no metabolismo de proteínas, carboidratos e gorduras.

Além disso, os peixes contêm vários minerais importantes como, sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, iodo, flúor, selênio, manganês e cobalto.

E o melhor, os peixes são versáteis. A grande vantagem dos peixes em relação às carnes de boi e porco é a facilidade em seu preparo: os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em diversas preparações, como: ao molho, empanado, assado, ensopado, cozido, grelhado, frito e até mesmo cru - desde que seja proveniente de um fornecedor que possua boas condições higiênico-sanitárias e seja de sua confiança.
Também podem ser adquiridos em conserva (enlatados), resfriados, congelados, salgados (bacalhau) e defumados (arenque, salmão ou truta). 

Por causa de todas as vantagens descritas, incluir ou aumentar o consumo de peixes é uma boa atitude para obter os benefícios que os seus nutrientes essenciais fornecem em qualquer época do ano e não apenas em datas comemorativas.


Coelhinho da Páscoa que trazes pra mim?

No mundo todo, é difícil encontrar quem não se renda ao sabor de uma barra de chocolate. E quando a Páscoa vem chegando, pronto! É época de passear por supermercados com tetos abarrotados de embrulhos coloridos, de encomendar doces caseiros ou uma versão mais bacana, com cara de presente de aniversário. 
Mas por que será que comemos ovos de chocolate na Páscoa?

"O costume de presentear com ovos vem desde a antiguidade”, afirma Karen Bressan, professora do Centro Universitário SENAC, Campus Águas de São Pedro. Segundo ela, fazia parte dos festejos europeus de fim do inverno, estação que dificultava a produção de alimentos. “Na cultura chinesa, o costume de dar ovos de galinha cozidos e decorados, nas festas de primavera, também simboliza a valorização da vida, o renascimento e a ressurreição”, diz. Isso porque, de acordo com a especialista, esse ingrediente representa a renovação periódica da natureza
.
Acontece que, na Quaresma, o consumo de carne é proibido, e ovo, durante um período, também foi. “Uma teoria que podemos adotar pela escolha do chocolate para substituir os ovos de galinha é o fato de o produto ser considerado um alimento dos deuses, com grande valor entre os povos desde a sua descoberta”, afirma Karen.

Coelho no Brasil, peixe na França, galinha na Espanha
A festa de Páscoa foi oficializada no ano 325 d.C. e tem vários símbolos. “Todos em homenagem à ressurreição de Cristo, à vida”, explica Karen. O coelho reina na cesta de Páscoa brasileira e na imaginação da garotada. Entre os significados, está a reprodução e a fertilidade associada a ele. Mas outros animais também fazem parte das tradições de outros países. Sempre feitos de chocolate.
Na França, por exemplo, nesta época do ano podem ser encontrados chocolates em formato de peixe. “Ele representando a fé das pessoas em Cristo ressuscitado”, diz a professora. “A pomba, por sua vez, apresentada em forma de colomba, simboliza a paz de Cristo e a presença do Espírito Santo.”
A confeitaria paulistana Ofner, além do tradicional coelho de chocolate, em cartaz há mais de 40 anos, faz o doce em formato de galinha, símbolo de Páscoa na Espanha. Uma possível justificativa para o símbolo é que, desde a antiguidade, os espanhóis costumam dar ovos de galinha decorados para comemorar a vida nesta data.

Mas, animais à parte, o importante, no mundo todo, é celebrar, então não adianta se reprimir e passar vontade, se você estiver com a doença controlada, que tal comer um chocolate no formato que for, mas de forma moderada para não causar um “incêndio” no intestino.

domingo, 24 de março de 2013

Afinal, o que é DII?


A Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma afecção na qual o intestino se torna vermelho, inchado e com feridas espalhadas pelo intestino, referindo-se a um grupo de doenças onde há inflamação em uma parte do trato gastrointestinal. Dentre essas doenças, as que ocorrem com maior frequência são a DC e a RCU, portanto, o termo tem sido usado quase que exclusivamente para designar a Doença de Cronh (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU).

Doença de Crohn (DC) - Se caracteriza por uma inflamação que penetra toda a espessura da parede intestinal. Ela pode atacar qualquer parte do aparelho digestório, desde a boca até o ânus. Essa doença não pode ser curada através de cirurgia, pois pode ocorrer novamente em outras partes do trato digestivo. Vale a pena salientar que a maioria das doenças crônicas, como por exemplo diabete e pressão alta, também não podem serem curadas, mas são efetivamente tratadas com medicamentos. Os sintomas da DC são mais variados. O mais comum é a dor abdominal, que pode estar associada à diarreia e/ou perda de apetite e perda de peso. Entretanto, alguns pacientes podem não apresentar tais sintomas. Eles podem ir ao médico por causa de febres de origem desconhecida, feridas em torno do ânus, dor ou inchaço nas juntas, anemia ou baixa taxa de crescimento.

Retocolite Ulcerativa (RCU) – A doença ataca o revestimento interno do intestino grosso causando inflamação, ulceração e sangramento. Sendo restrita exclusivamente ao intestino grosso, algumas vezes a doença pode ser controlada pela remoção de todo o cólon. 
Sintomas: Durante uma crise, pacientes portadores da RCU quase sempre sofrem diarreia com sangue. Este sintoma pode estar associado a cólicas, cansaço, perda de apetite e perda de peso.


Diversos sintomas não relacionados diretamente ao intestino podem ocorrer juntamente com as crises da DC e da RCU e são chamados de “manifestações extraintestinais”.
Infecções e muitos outros problemas relacionados à sua saúde podem ser confundidos com a DII, por isso é importante que você e o seu médico tenham certeza do diagnóstico.

O procedimento comum é que o médico peça exames de sangue para detectar a presença de inflamação ou infecção no corpo ou anemia (baixa contagem de glóbulos vermelhos no sangue). O próximo passo é um exame de fezes, para detectar sangramento.
Além do seu médico, é importante consultar-se com um gastroenterologista – médico especializado em doenças do aparelho digestivo, como a DII. O gastroenterologista pode fazer um exame chamado colonoscopia, que é simplesmente a verificação ou visualização do cólon para detectar sangramento, úlceras ou outro nas paredes do cólon. Este exame consiste em inserir um tubo fino, chamado endoscópio, pelo ânus. O endoscópio, na verdade, é um tipo especial de vídeo câmera, ligada a um monitor de tv. Durante este procedimento, o médico pode remover um pequeno pedaço da parede intestino. Este procedimento é chamado de biópsia. A parte removida é levada ao laboratório para análise mais detalhada.

O paciente recebe um sedativo para que não sofra dor ou desconforto durante o procedimento. Existem outros exames: endoscopia superior, estudo de bário ou raio-x de bário, ou série GI.
É muito importante  que você converse com o seu médico sobre os exames que você precisará fazer.

A Doença Inflamatória Intestinal pode ser controlada através de terapia nutricional, medicação, cirurgia ou uma combinação destes tratamentos.

Ninguém sabe exatamente as causas da Doença Inflamatória Intestinal, ou por que algumas pessoas são portadoras dessa doença e outras não. Nós sabemos que a doença intestinal é encontrada no mundo todo, mais frequentemente na América do Norte e no Norte Europeu; menos frequentemente na Europa Central, no Oriente Médio e Austrália, e menos ainda na Ásia e África. Ela é mais predominante em climas temperados do que em climas tropicais.
As pessoas são mais frequentemente diagnosticadas com essa doença entre as idades de 15 a 25 e 45 a 55.
Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença, não importando o sexo, a raça, ou a idade!
  

http://www.gediib.org.br


CONVITE - 26/03/13

Você sabe o que é Reflexologia Podal?

Na próxima terça feira teremos a participação da nossa colega Sueli Moreno Hilário falando sobre o tema com os presentes. 
Então, se você tem consulta agendada ou disponibilidade para comparecer será muito bem vindo, aproveite a oportunidade!

Data: 26/03/2013
Horário: 15:30h
Local: Hospital Heliópolis - Ambulatório de Proctologia
Rua Cônego Xavier, 276 - Sacomã


36ª. Reunião – 19/03/2013


Reunião iniciada, apresentações feitas e o tema?

Nossa amiga Silvia Lopes lançou uma dúvida sobre alimentação e o debate começou.
Mas, então o que comer, quando comer e como comer?
Aprendemos a identificar o que nos faz mal e evitar, afinal quando estamos da doença, com dor, diarreia nem temos vontade de comer, mas é necessário para que nosso organismo se recupere melhor e mais rápido, aí entram os alimentos mais brandos, cozidos e nada é definitivo, conforme  vamos melhorando  e saindo da crise, podemos ir retornando à nossa alimentação  de rotina e a lembramos da importância das substituições e alternativas, evitar uma coxinha que é fritura, que tal uma esfiha que é assada? O molho de macarrão é ácido, que tal tentar o molho caseiro feito com tomates frescos e sem conservantes? O tão amado brigadeiro, que tal substituir o leite condensado comum pelo de soja e o achocolatado que contém açúcar e pode aumentar a diarreia e a acidez das fezes causarem assaduras, pelo cacau em pó? Coisa chata? Será? Nem é privilégio apenas dos DII’s, atualmente as pessoas estão sim mais preocupadas com seus hábitos de vida, incluindo a alimentação.

Foi então que uma participante se manifestou, a Yuri, uma paciente do setor de oncologia que se juntou a nós para ouvir as histórias e acabou nos dando uma lição de vida e força de vontade. Diagnosticada com um câncer no intestino, passou por cirurgia, quimioterapia e ainda passa por acompanhamento com a equipe. É muito ativa, cuida de si, é jogadora medalhista de tênis, deu aula de “sushi” aos colegas do clube onde frequenta, enfim, uma pessoa cheia de vida, de fé, força e vontade de vencer, como ela mesma se descreveu. Aí então, foi chamada para a consulta e continuamos nosso bate papo.

Aí,a psicóloga Miriam lembrou que a alimentação é mais do que apenas ingerir um alimento e tem sim, o lado emocional. Quem de nós nunca descontou tristeza em um chocolate?  Aí a Priscila comentou que era viciada em chocolate e o terapeuta disse a ela que tudo bem, que o chocolate no caso dela servia como um antidepressivo.
Ah…mas temos outras formas de suprir nossas carências, não é? Uma atividade física, artesanato, dança ou canto e vc? Qual é o seu docinho?

sábado, 16 de março de 2013

Normose


Lendo uma entrevista do professor José Hermógenes, considerado o fundador da ioga no Brasil, conheci uma palavra inventada por ele que me pareceu muito procedente: ele disse que o ser humano está sofrendo de normose, a doença de ser normal. 
Todos querem se encaixar num padrão. Só que o padrão propagado não é exatamente fácil de alcançar. O sujeito "normal" é magro, alegre, belo, sociável, e bem-sucedido e quem não se "normaliza" acaba adoecendo.
E você, é um normótico?


sexta-feira, 15 de março de 2013

“Faça parte da luta contra as Doenças Inflamatórias Intestinais”


Pacientes e Associações Médicas de mais de 30 países se reúnem em Barcelona para lançamento mundial da campanha

“Faça parte da Luta contra as Doenças Inflamatórias Intestinais”

Pesquisa (“estudo IMPACT”) realizada com pacientes de 25 países revela discriminação no ambiente de trabalho, devido às necessárias faltas periódicas, e o fim de relacionamentos pessoais, como alguns dos impactos negativos das DII na vida de seus pacientes. Os resultados da pesquisa, assim como próximos passos para a campanha, foram revelados durante evento realizado em 15 de fevereiro último, no Estádio Olímpico de Barcelona, que reuniu centenas de pessoas, entre médicos, pacientes, autoridades de saúde e imprensa – incluindo representantes brasileiros - para o lançamento da campanha mundial de luta contra as DII. A delegação brasileira contou com a participação dos especialistas do GEDIIB.



Com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre as DII, suas consequências, riscos e formas de controle e contribuir para diminuir o isolamento e constrangimento dos pacientes, a Federação Europeia de Associações de Pacientes com Doença de Chron e Colite Ulcerativa (EFCCA) e a Organização Europeia de Doença de Chron e Colite (ECCO) aproveitaram a realização do Congresso Europeu da especialização (16 a 18 de fevereiro), na mesma cidade, para o lançamento oficial da campanha “Faça Parte da Luta contra as Doenças Inflamatórias Intestinais”, grupo de doenças que acomete cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo. A EFCCA representa 27 associações de pacientes em 26 países europeus com mais de 100 mil membros; o seu principal objetivo da entidade é aprimorar a qualidade de vida, o bem-estar, e qualidade de tratamento das pessoas com DII em todas as idades. Já a Organização Europeia da Doença de Crohn e Colite (ECCO), com sede em Viena, Áustria, congrega grupos de estudos governamentais/nacionais sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) na Europa, de 31 paises.

As principais ações da campanha incluem:
• Aumentar conhecimento sobre a doença, por meio de ações educativas
• Reivindicar que as autoridades de saúde ampliem as condutas terapêuticas e o acesso ao tratamento adequado;
• Colaborar com a a Organização Europeia de Crohn e Colite (ECCO) para acelerar a disseminação global de novas abordagens de tratamento da doença.
Durante a cerimônia de abertura, o presidente da campanha, o ativista Marco Greco, apresentou resultados de pesquisa realizada com pacientes de DII, que indicaram que um quarto dos entrevistados relataram que vivenciam reclamações e comentários desagradáveis em seu ambiente de trabalho e 40 por cento informou que a doença foi a responsável pelo fim de relacionamentos íntimos. Greco é o presidente da EDCCA e também portador de doença de Chron. Esta pesquisa, chamada de IMPACT, e que teve patrocínio da Abbott é considerada um dos mais amplos estudos com pacientes de Chron já realizados na Europa, tendo ouvido 4990 pacientes, de 24 países, entre novembro de 2010 e agosto de 2011.

Outros importantes achados da pesquisa incluem tempo médio até o diagnóstico; número de hospitalizações; efeitos negativos nos relacionamentos pessoais, acarretando perda significativa da qualidade de vida.

“Os resultados do estudo IMPACT são um alerta”, afirmou Daan Homes, Presidente da ECCO. “A ECCO trabalha ativamente para validar os padrões de atendimento em DII, os quais incluem maior controle dos sintomas, maior monitoramento da doença, para intervenções rápidas e adequadas, e usar parâmetros objetivos que diagnostiquem a doença, como exames de imagem e biomarcadores”, acrescentou.

“As principais descobertas desses estudos mostram que mesmo com a disponibilidade de terapias imunosupressoras e biológicas há mais de uma década, o impacto da DII na vida dos pacientes ainda é imenso”, afirmou Marco Grecco. “São necessários esforços conjuntos das associações de pacientes, profissionais de saúde e legisladores para resolver estas questões. Este estudo europeu oferece novos ângulos sobre como reduzir as consequências da doença e recomendações importantes para o tratamento e assistência”, acrescentou.

O estudo IMPACT recebeu apoio da ABBOTT. Além da Abbott, outras empresas globais participam da campanha, tais como A+A Research, Ajuntament de Barcelona, Amex Barceló, August Jackson, Bama Geve, Bistronomic, BSC Marketing et Évènements, Bühlmann, Carlson Wagon Lit, CMI Compass, Creci, DNA Group, Elsevier, Ernst & Young, Federación de Asociaciones de Periodistas de España, Franck Bourroulec, Fundación Alma Médica, Fundación para la Investigación en el Hospital del Dr. Peset, General Electric (Healthcare), Geteccu, Hotel Hilton Diagonal Mar, Hospital Clínico Universitario “Lozano Blesa”, Hospital Clínic Barcelona, IC Axon, Ideo, IMS, Intouch Solutions, Ipsos, Leading Edge, Luzan 5, Margaux Orange, MCI, Medex-Media, Medscape.com, Mindshare, MSI, Pentax Europe GmbH, Planning Shop International, Proddigi, Publicis, Punto Seguido Bordados, S’Coach, Shire, Skillbuild, Universidad de Valencia, Universidad Francisco de Vitoria, University of Calgary, Vifor and Yan.

fonte: http://gediib.org.br/?noticias&dado_id=100

quarta-feira, 6 de março de 2013

Quando só resta aceitar a dor


A pessoa acometida por algum desconforto emocional, comportamental,ou seja, com pensamentos distorcidos da realidade que gera conflitos internos e externos comprometendo a sua vida diária deve procurar ajuda. Nesse caso é importante que a pessoa procure sim ajuda com profissionais como psiquiatras e psicólogos para consultas de avaliação em saúde mental.
Os psicólogos e médicos psiquiatras são os profissionais que trabalham integrados para desenvolver intervenções psicológicas e farmacológicas no objetivo de proporcionar um tratamento estruturado capaz de oferecer ao paciente uma melhor qualidade de vida. Porém, para que o tratamento seja bem sucedido é necessário, além de um bom profissional, que o paciente esteja intimamente convencido de que precisa de ajuda e esteja disposto a transformar seu olhar sobre as coisas e o seu comportamento.

Os acontecimentos do dia-a-dia, vivenciados pelos indivíduos portadores de doença inflamatória intestinal são tão importantes quanto às complicações físicas que as acompanham.
Medo, ansiedade podem ser mais bem explicadas pelas preocupações relacionadas à sua saúde, quando descritos: menor energia, insatisfação com sua imagem corporal, isolamento, sentir-se como uma carga, oprimido, sujo, não conseguir atingir todo seu potencial e, principalmente a falta de informações detalhadas que deveriam partir da comunidade médica e que terminam por interferir na qualidade vida.

As preocupações relacionadas à saúde e as dúvidas sobre a etiologia e curso da doença são as mais comuns entre os portadores de DII e criam dificuldades para a tomada de decisões, seja no campo profissional quanto nas atividades de lazer, fazendo com que certas aspirações terminem por ser descartadas. Sensações físicas limitantes, como fadiga, que acompanha estados de anemia ou desnutrição, decorrentes da atividade inflamatória ou suas complicações, ou ainda os efeitos secundários de certos medicamentos, também compõem o conjunto de preocupações. Compromissos cancelados abruptamente são igualmente motivos para desencadear momentos estressantes, sem poupar familiares, amigos e colegas de trabalho.

Outra preocupação refere-se à imagem corporal. Medicamentos, por exemplo, e, principalmente, cirurgias podem, para certos indivíduos, ter repercussões extremamente marcantes, principalmente se envolverem adolescentes, faixa etária que já se mostra agredida com o simples aparecimento de uma das inflamações. As sensações de isolamento e medo partem do próprio doente, como resposta às suas condições de saúde e de comportamento psicológico.

E para os familiares é difícil avaliar o esforço cotidiano desenvolvido para lidar com a doença. Também a redução do potencial de trabalho ou estudo os limita para projetos de vida profissionais mais ambiciosos. A sensação de sujeira por motivo de diarreia, por vezes acompanhada de urgência evacuatória, obriga os doentes a estarem próximos de banheiros. Mesmo assim acidentes, extremamente constrangedores, acontecem e a impressão de odores desagradáveis, concorre para maior isolamento desses indivíduos.
E mais uma vez a falta da informação médica, no sentido de discutir o aspecto psicossocial das DII, pode aumentar as incertezas e preocupações dos pacientes e familiares talvez dificultando suas possibilidades de ajustes comportamentais e mesmo sua aderência aos tratamentos sugeridos.

Segundo Berkman (1995)3, um forte “apoio social” pode modificar positivamente a evolução da saúde de um paciente. Este apoio teria ação direta, reduzindo os efeitos do componente psicológico ou, indiretamente, neutralizando as consequências negativas do estresse.

Bibliografia:
Aspectos Psicossociais e Qualidade de Vida
Sender J. Miszputen
Professor Associado, Doutor em Gastroenterologia, Chefe do Setor de Intestino da
Disciplina de Gastroenterologia, do Departamento de Medicina da Escola Paulista de
Medicina – UNIFESP
3. Berkman L. The role of social relations in health promotion. Psychosom Med
1995; 57: 245-54

E para completar: Quando a gente trava diante de algo não adianta querer experimentar receitas alheias. Resta aceitar que tudo passa,inclusive a dor. Não se tem dia, hora, nem prazo… Mas passa!
Não podemos nos abandonar. Cuidados com a imagem, os cabelos, vestir uma roupa limpa, alimentar-se direito,  devem fazer parte da rotina. Porque não existe nada pior que olhar no espelho e ver ali um “zumbi”. Não dá para viver com pena de si próprio. E nem podemos achar que tudo de ruim só acontece com a gente. A vida é mesmo assim… pra todos!





35a. Reunião - 05/03/2013

Quem está disposto a ouvir, abraçar… raramente percebe
 a dimensão de sua atitude. Só outro sabe o que esse gesto representa.

Nosso trabalho de sala de espera foi iniciado com uma conversa informal com alguns pacientes, o Willian, o Alex, a Sueli e a Flávia que conseguimos despertar a curiosidade em participar da reunião e outros resistentes, não é Carlos,Selma e até o Cláudio? que ficaram aguardando a chamada no painel, sendo seguida com a chegada das psicólogas Zulmira e Miriam.
Feito a apresentação do grupo e os informes referentes às camisetas e aventais, nosso crohnista Cláudio Alves se rendeu ao grupo e mesmo aparentemente abatido usou de seu humor para explicar suas dores e então iniciamos o tema dos filhos, juventude e rebeldia. Como os pais/mães crohnistas ou não passam por esta fase? Vivemos em um tempo de inversão dos valores sociais, a imposição da mídia ao consumismo, o Ter mais valorizado do que o Ser e nesta conversa animada quase que não conseguimos nos apresentar.

Foi então que a Flávia comentou sobre seu dia-a-dia, como encara o crohn e os comentários da sociedade quanto à perda de peso e que mesmo quando era mais gordinha nunca teve problemas e dizia: 'Sou gorda e sou feliz!"
Conhecemos uma nova crohnista, a Ivania vinda encaminhada de outro serviço médico e que ao ser convidada pela Edna para participar da reunião, ficou curiosa e ao mesmo tempo motivada, pois acredita que não existe melhor maneira de esperar pela consulta do que conversando, esclarecendo dúvidas e que é muito bom para o emocional e ajuda até aliviar o estresse. Está bem preocupada por ser portadora de crohn a 13 anos e com indicação cirúrgica, ainda é muita novidade para ela, os dias de internação, o jejum, as dores mas segundo ela tem muita Fé e nunca pediu algo a DEUS que não conseguisse!

E o tema principal foi nossa amiga Selma Regina que está visivelmente abalada, depressiva e necessita muito de auxílio e cada um a sua maneira tentou acalmá-la passando algo de positivo e, principalmente mostrando a ela que tratamento psicológico não é “coisa de louco”, ao contrário.
"É preciso mudar a forma de pensar e quem se afastou é por que nem era amigo de verdade" – comentou a Flávia
E para a Ivania ficou a mensagem da Edna que "Não se deve impressionar com tantas informações, tentar pegar só as coisas boas e que o apoio da família e dos amigos é importante na recuperação."
"Acabamos descobrindo uma força que nem imaginamos que ter!" – Rita

segunda-feira, 4 de março de 2013

Transplante fecal: restaurando nosso ecossistema interno

Figura 1. Estratégias para manter o
 nosso ‘tapete’ microbiano intestinal saudável
 (adaptado de Lozupone et al., 2012)


A microbiota intestinal humana exerce um papel importante tanto na saúde quanto na doença. E em alguns aspectos, a manutenção de uma microbiota saudável se assemelha a cuidar de um jardim (Figura 1). Por vezes, intervenções graves podem levar à degradação total deste ecossistema, como por exemplo, através de doenças e/ou pelo uso de antibióticos. Embora seja possível a recuperação espontânea, não é garantido que ela ocorra em todos os casos. Devido a isto, várias estratégias podem ser utilizadas para restaurar este ecossistema: probióticos, prebióticos ou até mesmo transplantar o ecossistema microbiano inteiro, por exemplo, a partir de uma amostra de fezes e um processo denominado transplante fecal.

Estas estratégias podem estar associadas a suplementação da dieta com carboidratos não-digeríveis (prebióticos) que são benéficos, porque estimulam seletivamente o crescimento e a atividade de uma ou mais espécies bacterianas no cólon. Outra forma de recuperação ou fortalecimento deste ecossistema intestinal seria através da ingestão de micro-organismos vivos, administrados em quantidades adequadas e que conferem benefícios à saúde do hospedeiro (probióticos). Os probióticos em sua maioria pertencem aos gêneros Lactobacillus, Bifidobacterium e Bacillus. Entretanto em alguns caso graves de diarreia crônica é necessário lançar mão de uma medida capaz de restaurar a complexa microbiota intestinal por completo  e neste caso transplante fecal é uma opção terapêutica.
A maioria das pessoas já ouviu falar sobre probióticos e prebióticos, mas poucos conhecem algo sobre transplante fecal. Apesar de poucas pessoas conhecerem esta técnica, o transplante fecal não é uma prática nova. O primeiro caso foi descrito por Eiseman e colaboradores em 1958, e a descrição do segundo ocorreu em 1981 por Bowden. Hoje este tipo de terapia é utilizada por vários especialistas com sucesso, sem quaisquer efeitos adversos. Desde então, existem muitos relatos de transplantes de fezes através de colonoscopia ou sonda nasogástrica, e a maioria destes procedimentos estavam relacionados a utilização desta técnica no tratamento da infecção por Clostridium difficile, para o restabelecimento da microbiota após a infecção. Um dos princípios do método do transplante fecal é que nem todos os micro-organismos da microbiota podem ser isolados e cultivados em laboratório.
Figura 2. Modelo de transplante fecal
em casos diarreia
causada por C. difficile
.
Recentemente, 19 pacientes infectados por C.difficile foram submetidos a um transplante de fezes (Figura 2). Permanecendo livres da doença por até quatro anos. Este resultado sugere que esta terapia pode ser benéfica para o tratamento desta doença, e segundo outros trabalhos é eficaz no tratamento de outros tipos de gastroenterites. 
Já existem estudos  que relatam que o uso progressivo de antibióticos contra C. difficile e outros micro-organismos também é capaz de afetar negativamente a   microbiota e sugerem que a recolonização do trato intestinal por uma nova microbiota pode ser empregada através do transplante.
Em outro estudo sobre o tema, foram utilizadas técnicas moleculares a fim de reconhecer os grupos microbianos bioindicadores de uma microbiota ‘saudável’ ou ‘doente’. Este estudo descreve o efeito de uma bacterioterapia através de um transplante fecal em pacientes com diarreia a fim de restabelecer a microbiota do cólon. Neste estudo, Firmicutes e Bacteriodetes não foram encontrados nos indivíduos doentes e dias após o transplante já foi possível ver reestabelecimento da microbiota e a recuperação do quadro clínico.
Vale a pena lembrar que o entendimento sobre o efeito da aplicação desta técnica parte de princípios ecológicos como interações entre hospedeiro e micro-organismos. Portanto, estudos sobre a composição, a diversidade e a função de comunidades microbianas intestinais são importantes para elaborar estratégias para tratamentos futuros.
O Transplante fecal, embora pareça ser uma abordagem estranha para os leigos, pode ser uma boa opção de tratamento e tem a capacidade de restabelecer a microbiota intestinal saudável. Por mais desagradável que possa parecer.
Por Deborah  Leite
Referências:
Eisman, B.; Silen, W; Bascom, G.S.; Kauvar, A.J. Fecal enema as an adjunct in the treatment of pseudomembranous enterocolitis. Surgery. 1958;44(5):854-859.
Bowden, T.A.; Mansberger, A.R.; Lykins, L.E. Pseudomembranous enterocolitis: mechanism of restoring floral homeostasis. Am Surg. 1981;47:178-183.
Yoon, S.; Brandt, L.J. Treatment of refractory/recurrent C. difficile-associated disease (CDAD) by donated stool transplanted via colonoscopy: a case series of twelve patients. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010;44:562-566
Grehan, M.J.; Borody, T.J.; Leis, S.M.; Campbell, J.; Mitchell, H.; Wettstein, A. Durable alteration of the colonic microbiota by the administration of donor fecal flora. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010; 44(8):551-561.
Floch, M. H. Fecal Bacteriotherapy, Fecal Transplant, and the Microbiome. Journal of Clinical Gastroenterology. 2010; 44(8): 529-530
Khoruts, A.; Dicksved, J.; Jansson, J.K.; Sadowsky, M. J. 2010. Changes in the composition of the human fecal microbiome following bacteriotherapy for recurrent Clostridium difficile-associated diarrhea.  Journal of Clinical Gastroenterology. 2010, 44:354-360.
Lozupone, C.A.; Stombaugh, J.; Jansson, J.K.; Gordon, J.I.; Knight, R. Factors that shape composition and resilience of human intestinal microbiota. Nature. 2012. (in press)
É algo muito interessante e mesmo ainda em estudo, pode sim num futuro próximo, ser mais uma opção para o tratamento da doença inflamatória intestina. Vamos aguardar!
E, muita calma pessoal! Nem pensem que poderemos ser doadores de cocô, somente cocô saudável, algo difícil nos dias de hoje, não é! Afinal, quem portador de DII ou não, consome apenas alimentos saudáveis, sem agrotóxicos, hormônios e antibióticos?!
Merda!!!
Uma lenda  explica essa expressão usada pelos atores antes de iniciar uma apresentação no teatro: Certa vez um ator francês estava indo para o teatro encenar a peça mais importante da vida dele e estava super nervoso, afinal os críticos mais importantes estariam lá. Aí, no caminho tudo começou a dar errado e ele passou por um incêndio, errou o caminho e quase nem conseguiu chegar! Foi então que ao chegar à porta do teatro, ele pisou em um cocô...para completar a sua péssima situação e o mais surpreendente foi que depois de tudo e de no final ele ter pisado na merda, foi a melhor apresentação que esse ator jamais fizera!
E a mensagem que ficou foi, que você tem que desejar merda pra acontecer o contrário e virar sorte!

Então...Merda e Sorte pra nós!