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domingo, 28 de abril de 2013

Agenda: 30/04/2013



Em nosso encontro habitual, teremos um bate papo com a assistente social Silvia, que fará esclarecimentos sobre direito previdenciário (INSS, auxílio doença, aposentadoria, entre outros). Contamos com sua presença.

Local: Hospital Heliópolis - Ambulatório – Prédio Novo
Rua Cônego Xavier 276, São Paulo
Horário: 13:30h

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Concurso Cultural




Pessoal, vamos participar e mostrar a nossa alegria!
O cadastro no concurso poderá ocorrer durante todo o período de participação, isto é,
entre o dia 01/04/2013 até as 18:00 horas do dia 15/11/2013, horário oficial de Brasília.
Mais detalhes e regulamento no site:http://www.amdii.org.br/


domingo, 21 de abril de 2013

Qual a sua escolha?



Saudável, feliz e produtivo? Então mude os seus hábitos desde já! 
O nosso amanhã é resultado das nossas escolhas hoje!

39a. Reunião - 16/04/2013


Estava digitando o resumo da última reunião e lembrei-me de uma frase que ouvi de uma senhora nesta semana que passou: 
“Pôxa, sempre que ela me encontra, pergunta sobre meu filho que foi assassinado durante um assalto ela sabe, ele está morto, por que sempre me pergunta, e ainda diz ser minha amiga…É uma realidade que não tenho como modificar, dói muito, mas tenho que continuar vivendo”. Ela se referia a uma amiga que sempre que a encontrava lembrava o episódio e isso me fez pensar em nós e o Crohn/ Retocolite Ulcerativa.

É nossa realidade e não temos como modificar e muito menos pedimos ou somos culpados em ter, então quando ouvimos alguém comentar, como por exemplo, durante nossas reuniões, é como se fosse uma “amiga intrometida”, mas no bom sentido. Tentamos entender a preocupação, a ansiedade e o medo dos novatos, todos nós passamos por esta fase e, principalmente dos pais, em especial as mães.

Sim, tudo que é desconhecido nos causa medo, mas se tivermos conhecimento poderemos lidar melhor com a situação, não é? Inclusive, recebi email de um leitor, portador de Crohn  solicitando orientação quanto a indicação de profissionais em SP e comentou que ao acessar o blog, percebeu que o tratamento vai muito além e a informação é muito importante.
Relatei isso por conta de um acontecido durante a última reunião, quando uma mãe ficou exaltada e até comentou que estaríamos fazendo mais mal à filha dela que já estava sentindo-se mal por conta dos sintomas ainda sem um diagnostico fechado. Sim, num primeiro momento pode acontecer, mas se tivermos paciência (sim, após tantos anos de DII, conclui que a paciência é a virtude que mais preciso desenvolver), veremos que cada caso é um caso, e que mesmo os mais sofridos conseguem tirar algo de bom ao final.

E, após o choro, nada como uma conversa descontraída e animada com quem passou e passa pela DII, não é Ana Cristina, Ana Paula, Eliane, Sueli, Cláudia? Cada uma a sua maneira passou um pouco da experiência e ao final conseguimos arrancar um sorriso da D. Iara que estava toda tristinha, encabulada e medrosa e também da mãe e filha que chegaram assustadas. Por tudo isso, é que vemos o quanto vale a pena o trabalho de formiguinha onde cada uma carrega a sua folhinha e reparte com o outro.  Acredito que estamos indo bem!

Campanha de vacinação contra a gripe/2013 - Liberados para receber


A Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza, que tem como slogan: “Quem lembra da vacina se protege da gripe”, começou na segunda-feira, dia 15, estando disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) até o dia 26 de abril. A população deve procurar os postos mais próximos da sua residência.
A vacina é destinada a pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 2 anos, gestantes, mulheres no período até 45 dias após o parto, trabalhadores da saúde, povos indígenas, portadores de doenças crônicas e população privada de liberdade (reclusos). Esses grupos são considerados de risco pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a estratégia é prevenir, reduzindo a ocorrência da doença, internações e óbitos.

A Influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. É transmitida com facilidade e ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, após contato com superfícies contaminadas. A maioria das pessoas infectadas se recupera em duas semanas sem a necessidade de tratamento médico. No entanto, para alguns grupos a infecção pode levar a formas clinicamente graves, como pneumonia, e até mesmo a morte e muitos pacientes portadores de doença inflamatória intestinal (DII) muitas vezes não conseguem receber a vacina por causa da incerteza sobre a segurança e eficácia e ficam em risco assim como a população em geral.

A Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa são variantes da doença inflamatória intestinal (DII) para o qual muitas vezes é necessário o uso de terapia imunossupressora (Azatioprina,Remicade/Infliximabe, Humira/Adalimumabe) e pacientes imunossuprimidos estão em maior risco de contrair infecções, incluindo a gripe. 
Estudos atuais sugerem que as vacinas contra a gripe inativadas são eficazes, bem toleradas e podem ser administradas com segurança, na maioria dos pacientes portadores de DII.

Contra-indicações da Vacina Influenza:
- A vacina é contra-indicada para crianças menores de 6 meses de idade, para pessoas com história de reação anafilática prévia ou alergia grave relacionada ao ovo de galinha e seus derivados, assim como a qualquer componente da vacina. Reações anafiláticas graves em doses anteriores também contra-indicam doses subsequentes.
Precauções
- Em doenças febris agudas, moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.
As pessoas com história de alergia ao ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante a adoção de medidas de segurança. Recomenda-se observar o indivíduo por pelo menos 30 minutos, em ambiente com condições de atendimento às reações anafiláticas.


A vacina Influenza é segura e bem tolerada e por ser constituída de vírus mortos, não causa a gripe.

Então, não precisamos ter receio, somos liberados para receber a vacina.


Bibliografia:




sábado, 13 de abril de 2013

Tá nervoso? vai pescar...


Quem nunca sentiu um “certo medo” ao sentir os primeiros sintomas de que uma crise de Crohn ou Retocolite Ulcerativa está a caminho? A ansiedade começa a aumentar e, quando as dores chegam com força, você se vê diante da mesma dúvida. Será que sou eu mesmo, com a dificuldade que tenho em controlar meu estresse, que estou atraindo ou agravando a crise? Ou não, será que é a crise que está provocando o estresse? A questão é bem maior: você está estressado pelo trabalho, estudos, família, preocupações financeiras, ou pelo simples fato de ser, naturalmente, uma pessoa tensa e, quando a crise aparece sua tendência é perguntar se foram seus nervos que a provocaram.

Então, sabendo que é um portador de doença inflamatória intestinal(DII) faz de você uma pessoa sempre ansiosa que transforma em episódios de estresse aqueles problemas de trabalho, dinheiro, família...
Não se tratam de dúvidas tolas, que só servem para perturbar a sua cabeça e não levam a nada. É um dilema e tanto, pois acabam sempre nos conduzido à uma questão muito concreta: o que eu faço? É minha culpa?

Se você não pode eliminar a doença com um ato de vontade e, você não pode, a perspectiva permanente de vir a sentir dores é um claro, real e objetivo fator de estresse. E o estresse, não apenas nos casos de DII's, mas numa longa lista de outras doenças é, sim, um complicador importante.

Vamos pensar pelo lado científico, e é por esse fato que você deve começar a organizar a sua cabeça: não, não é o estresse que provoca a Doença de Crohn e a Colite Ulcerativa. "Seria absurdo afirmar que as causas da Doença Inflamatória Intestinal (DII) são psíquicas, embora seja inegável que exista correlação entre ela e a condição emocional do paciente", diz o psiquiatra Cássio Pitta, professor assistente do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina. O surgimento e a evolução das DII's estão ligados a fatores genéticos, fisiológicos e, portanto, a doença pode atingir tanto pessoas de natureza estressada como pessoas emocionalmente tranquilas e bem resolvidas.

Em segundo lugar, é preciso admitir uma realidade simples: ser portador de Crohn ou de Colite Ulcerativa é motivo mais do que razoável para provocar ansiedade em qualquer pessoa, por mais zen que ela seja. Há sempre uma expectativa da dor, diarreias constantes, existe a possibilidade da internação em hospital, as preocupações profissionais, diante da perspectiva de interrupção do trabalho durante as crises. Ou seja, a própria vida cotidiana dos pacientes é diferente da vida que o resto da população tem, a começar pelos hábitos alimentares e sociais. "Mesmo as atitudes mais simples, como uma ida ao banheiro ou ao médico, já causam estresse para muitos", diz a cirurgiã-geral Maria José Femenias Vieira, especializada em proctologia e aparelho digestivo. "É uma sensação de ansiedade que não pára."
Conclusão: a presença do estresse é perfeitamente natural para pacientes de DII's, e ninguém deve perder seu tempo tentando bloquear, prevenir ou eliminar seus estados de ansiedade. Muito menos, ainda, deve sentir-se de alguma forma culpado por eles. A saída está em aprender a lidar com a realidade do estresse, cuidando de controlá-lo (até com apoio clínico e psicológico, se for o caso) e tratando de diminuir e limitar seus efeitos.

O estresse, termo originado na física e engenharia, designa o grau de pressão que faz um metal romper-se, é o conjunto de reações que dificultam a adaptação emocional das pessoas às "agressões" que a vida lhes traz, na forma de dificuldades de todos os tipos.
Como tal pode ser tratado, e é. Na verdade, o estresse não tem apenas desvantagens, há também aspectos positivos, e valer-se deles é um passo importante para reduzir seus efeitos nocivos. O "lado bom" da ansiedade é quando ela se apresenta como o contrário da passividade, torna-se o incentivo que ela cria para nos ajudar a lidar com uma nova situação, um problema, uma ameaça ou perigo. O "lado ruim" é quando ela se apresenta de maneira exagerada ou desproporcional à pressão que a causou, sufocando a capacidade de reagir racionalmente ou dominando por completo o aparelho emocional da pessoa.
Em situações de pressão, o paciente de DII deve esforçar-se para canalizar sua ansiedade na busca de soluções e respostas capazes de diluir os problemas que o estão pressionando.
Na verdade, esses esforços para aprender a administrar o estresse são essenciais e faz parte de todo o conjunto de ações terapêuticas recomendadas para combater as DII's. 

É certo, como foi dito no início, que a doença não é causada por fatores psíquicos, mas é igualmente verdade que eles têm um papel relevante no quadro. "O sistema imunológico não é um cavaleiro sem cabeça", diz a Dra. Maria José. "Ele está ligado ao sistema endócrino e ao sistema nervoso" e de fato, o estresse pode influir negativamente nas crises, tornando as dores mais intensas ou prolongadas. Em condições severas de tensão nervosa, a moléstia pode ser agravada. Há indícios, também, de que o impacto das emoções pode favorecer o desenvolvimento de outras enfermidades como tuberculose, gripe ou herpes. A própria evolução do tratamento, enfim, se vê afetada pelo estado emocional do paciente  e quanto menores forem os níveis de estresse, melhores serão suas perspectivas de progresso.

As receitas para lidar de maneira construtiva com o estresse variam de pessoa para pessoa, de acordo com as circunstâncias individuais de cada uma delas, afinal todos nós, portadores de DII's ou não estamos vivos e temos problemas em nossas vidas,não é?

Outro ponto a ser combatido é o sentimento de culpa que, muitas vezes, aflige os portadores de DII's, "Ninguém deve ter culpa por estar sujeito a uma enfermidade", diz a Dra. Maria José. "Isso foge ao nosso controle. Não somos criadores, somos criaturas. Você não é tenso porque quer. Não é ansioso porque quer. Não é triste porque quer." 

"O paciente de Crohn vive uma guerra." Por isso, ele tem que tentar controlar sua parte emocional para lidar com as tensões do dia-a-dia", diz a Dra. Maria José. "Existem portadores que respondem bem à terapia; outros preferem não ir. O importante é não ter uma expectativa exagerada de que a doença vai melhorar com o tratamento psicológico."

E os pacientes com Crohn e Colite Ulcerativa não têm freqüência maior de diagnóstico de doenças psiquiátricas que o restante da população, porém, uma recomendação importante é a busca por terapia psicológica sempre que necessário.

Falar sobre o que se sente, segundo os médicos, é algo que faz bem. Pacientes que participam de grupos onde possam discutir sua doença e desabafar com os outros sobre o que estão passando têm experimentado progressos em sua convivência com as pressões da vida diária.
Segundo o psiquiatra Cássio Pitta "Ninguém pode esperar que um portador de DII viva tranquilo e despreocupado, a tristeza e o desânimo, nesses casos, são reações perfeitamente esperadas. O contrário é que seria estranho".

Texto adaptado da Revista ABCD em FOCO - Ano 2 - no. 06 -inverno 2001

Oscilação do humor em pacientes com doença de Crohn: incidência e fatores associados


Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora
Juiz de Fora, MG, Brasil.
Artigo recebido: 02/02/2012


Flávia D’Agosto Vidal de Lima1, Tarsila Campanha da Rocha Ribeiro2, Liliana Andrade Chebli2, Fábio Heleno de Lima Pace2, Leonardo Duque de Miranda Chaves3, Mário Sérgio Ribeiro4, Julio Maria Fonseca Chebli5
1 Psicóloga Clínica; Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
2 Doutores em Gastroenterologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP); Professores, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasil
3 Médico, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasil
4 Doutor em Educação, UFJF; Professor, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasil
5 Doutor em Gastroenterologia, UNIFESP; Pesquisador pelo CNPq; Professor, UFJF, Juiz de Fora, MG, Brasil



Segue um pequeno resumo por ser artigo em PDF:

"Sigmund Freud, em 1886, foi o primeiro a destacar o papel do sofrimento psíquico na gênese de alterações orgânicas (p.ex.: diarreia, constipação, dor abdominal etc.) como influência de fatores conscientes e inconscientes. Posteriormente, com o advento da psicanálise, a origem inconsciente das doenças, regressão e dos ganhos foi consolidando-se. No entanto, apenas na década de 1930 com as terapias psicossomáticas, com base no estudo das relações mente-corpo e da importância da origem emocional das doenças orgânicas é que as DII’s foram classificadas e permaneceram assim durante anos como de etiologia psicossomática.

Na década de 1950, o behaviorismo veio trazer maior preocupação com a busca de escalas e instrumentos de avaliação de tratamento, assim como de critérios diagnósticos específicos, preocupando-se com a metodologia, confiabilidade e validade dos diagnósticos e estudos.
Atualmente, a teoria mais aceita para a etiologia das DII’s  é a teoria imunológica. No entanto, é notório o papel das emoções no sistema imunológico. O estresse pode ser definido como uma quebra da homeostase natural em que a resposta multissistêmica normal do corpo a qualquer agressão é ultrapassada, podendo iniciar, amplificar ou mesmo manter a inflamação da mucosa intestinal.

Além da importância do estresse na teoria imunológica, Zozaya et al destacaram a importância de uma série de fatores na influência do comportamento do indivíduo frente à recuperação em enfermidades crônicas, como a constituição biológica do indivíduo, genética, fator ambiental e psicológico. Existem, portanto, vários estudos que comprovam a importância de fatores psicológicos no comportamento da doença, assim como na resposta ao tratamento de diversas doenças crônicas.
O mesmo foi abordado em diversos estudos que avaliaram a possível correlação entre o estresse e a atividade das DII’s.

Apesar de resultados contraditórios, muitos pacientes dão importância a fatores psicológicos, particularmente o estresse como contribuidores da instalação e do curso clínico da doença.
A despeito de vários estudos abordando fatores psicológicos e sua influência no curso da doença inflamatória intestinal e o estudo claramente demonstrou uma elevada incidência (58%) de oscilação do humor em pacientes com DC, quando comparada à população de adultos saudáveis.

A ocorrência de depressão maior foi observada em 19% e 13% dos indivíduos do gênero feminino e masculino, respectivamente. O diagnóstico de ansiedade também foi mais comum no gênero feminino, ocorrendo em 16% dos casos. Dados semelhantes também foram observados pelo National Comorbity Survey, um estudo de cobertura nacional que avaliou 8.098 adultos, uma amostra probabilística da população geral americana.
Interessante que a história de cirurgia prévia foi um fator de proteção para a ocorrência de oscilação do humor.

Uma possível explicação para tal associação observada é que esses pacientes pudessem ter seu temor diminuído por já terem sidos submetidos a procedimento cirúrgico que promova alívio sintomático a curto e médio prazo. Assim, os pacientes operados que tiveram eliminados seus sintomas físicos que pioravam o seu estado de saúde seriam esperados que também apresentassem melhora psíquica.

Com relação à elevada taxa da oscilação do humor no sexo feminino (44%), ainda não há explicação científica que justifique esse fato, no entanto alguns estudos apontam que as mulheres são mais vulneráveis aos transtornos psicológicos, podendo ser decorrente de preocupações com a imagem corporal, efeitos da doença nos relacionamentos, na vida e outros fatores que relacionam esses sintomas aos hormônios femininos.

O presente estudo está em divergência com os resultados obtidos por Houssam et al que observaram maiores níveis de ansiedade e desesperança associados a maiores índices de atividade da doença. A maior probabilidade de reativação da doença após eventos estressantes de vida também foi observada em outros estudos. No entanto, esses estudos foram realizados em pacientes com colite ulcerativa, que muitas vezes tem um comportamento clínico diferente.

Uma limitação do presente estudo, no entanto, deve ser apontada. Embora os pacientes analisados fizessem parte do Ambulatório de DII de nossa Instituição, o cálculo do tamanho da amostra teve que ser baseado na assiduidade desses, tendo em vista a natureza longitudinal do estudo.

Parece importante que se efetue o rastreamento periódico do estado psicológico desses pacientes para se detectar possíveis mudanças no humor durante a evolução da doença, independente da DC estar ou não em atividade.
Também, decorrente de uma afecção crônica vivida por esses enfermos, poderia existir maior predisposição a distúrbios psicológicos nesta população diante de circunstâncias onerosas da vida.

Conclusão: Diante do exposto, observou-se que a incidência de oscilação de humor durante o período de seguimento foi elevada (58%), constituindo a maioria dos pacientes do estudo. Houve uma predominância desse distúrbio em pacientes do gênero feminino e naqueles que não foram submetidos a nenhum procedimento cirúrgico decorrente da DC. Apesar da incidência significativa de oscilação do humor no grupo estudado, não se observou associação entre essa e a mudança de atividade da DC.

A avaliação psicológica periódica pode ser útil para detecção e possível abordagem da oscilação do humor em pacientes com DC sendo oportuna a continuidade de estudos que busquem fazer articulações entre os aspectos psicológicos e orgânicos a fim de se conhecer melhor o paciente e de se buscar melhores estratégias terapêuticas para a melhoria da qualidade de vida desses pacientes."


38a. Reunião - 09/04/2013


Mais uma vez,nossa reunião foi o “clube da Luluzinha”, cadê os meninos?
Sim, vamos todos participar, compartilhar informações e emoções!
Selma,Eliane,Talita e sua acompanhante
E, mais uma vez, tivemos muitas risadas, choro e emoção! Até o Dr. Idblan, deu uma passada por lá para ouvir nosso papo e contar uma piada para descontrair a mulherada!

A participação da nossa amiga Eliane Santos foi o centro de nossa atenção, ela que é um exemplo de força conseguiu tocar positivamente a todas nós e, em especial a Talita que estava meio baixo astral, triste e após ouvir a história de vida da Lilly (como é carinhosamente chamada por nós),chorou e agradeceu pela força, conseguindo até falar um pouco sobre ela mesma. 
E, para quem ainda não conhece a Eliane, ela é uma linda mulher, ostomizada por um tumor e não DII que dança muito bem dança do ventre, além de se arriscar no mundo da fotografia. 

Até já foi convocada para ser a nossa fotógrafa oficial os eventos e também apresentar uma prática em dança do ventre aberta aos Crohnistas ministrada por ela, ainda iremos definir a data.

Contamos também com a nossa crohnista Maria José, que é a porta voz do grupo, bem falante e comunicativa e nos fez rir muito.

E para resumir, falamos muito sobre as emoções e a DII, a importância do apoio, do grupo onde nos identificamos e falamos a “mesma língua”. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Primeiro Evento de 2013


Os Crohnistas estão caminhando e aí está o resumo da nossa primeira atividade extra do ano, com resumo e fotos feitas por nossa Crohnista Edna Pereira. 

Estamos programando para este ano uma série de atividades extras, que ocorrerá sempre na última 3ª feira de cada mês, no mesmo dia e horário das reuniões, e em 26 de Março foi o primeiro evento do ano de 2013.

Nossa amiga, Sueli Moreno Hilário, prendeu a atenção de todos nós com uma palestra maravilhosa sobre REFLEXOLOGIA PODAL, com direito à prática e tudo.
Reflexoterapeuta formada no Instituto Osni Tadeu de Reflexologia e Pesquisa, o (IOR), e compõe uma equipe de profissionais que realizam um trabalho voluntário no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, no ambulatório de Neurocirurgia. Sueli é portadora de Doença de Crohn, e a reflexologia surgiu em sua vida em um momento de crise da doença. Foi quando descobriu a possibilidade de um tratamento paralelo ao tratamento tradicional e logo percebeu os benefícios  da técnica em seu próprio organismo. Mas ela se sentiu tão bem que quis expandir tais benefícios à outros portadores de doença inflamatória intestinal (DII). Decidida a ajudar os colegas, resolveu fazer o curso e, conversando com seu professor sobre os sintomas e necessidades muito bem conhecidos por ela, juntos criaram um protocolo de reflexologia podal  com uma sequencia de pontos à serem trabalhados especificamente para pacientes de DII. Hoje no (IOR), trabalham  com uma equipe de profissionais  que atendem pacientes de Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.

A Reflexologia Podal é a ciência que estuda os pontos reflexos a fim de trazer relaxamento e alívio de dores físicas e emocionais, sendo uma técnica capaz de avaliar e tratar distúrbios físicos e emocionais por meio de estímulos em  terminações nervosas relacionadas ao órgão ou característica emocional em tratamento , estimulando o cérebro a dar atenção às necessidades do organismo para colocá-lo em equilíbrio. A reflexoterapia podal  é quando a técnica é feita através dos pés.

Os benefícios são: diminuição da ansiedade, do stress, alívio das dores, melhor absorção de nutrientes, melhora do sono, aumento de energia, alívio da tristeza e equilíbrio do sistema imunológico. 

Isso tudo não é mágica, portanto não vai curar a doença de crohn ou a retocolite, mas Sueli afirma que apesar de, ocasionalmente, ainda sentir dores ou ficar com a doença em atividade, a técnica a ajudou muito na qualidade de vida e em seu estado emocional, um dos pontos fracos de portadores de DII.

A Reflexo também ajuda a potencializar a medicação, promovendo um equilíbrio físico e emocional, e no caso da doença inflamatória intestinal, diminui a diarreia, as fístulas e todo o processo inflamatório e infeccioso.
E nossa amiga conhece “na pele” os benefícios  da técnica e pode  comprovar através da melhora dos pacientes que atende no instituto, porém, com muita sensatez e responsabilidade nos lembra que, apesar de inúmeros benefícios, está técnica é um tratamento paralelo, sendo totalmente indispensável continuar com o tratamento tradicional.

A Sueli pretende, juntamente com seus amigos profissionais, realizar um trabalho voluntário  e contínuo com os pacientes do ambulatório de DII do Hospital Heliópolis, em São Paulo.Por enquanto é apenas um projeto, mas  estamos torcendo para que se torne logo  realidade.
Edna Pereira

Agradecemos ao apoio técnico das psicólogas Miriam Habenchus e Zulmira Nascimento e, especialmente a Edna Pereira e Sueli Moreno Hilário pela organização e trabalho apresentado.
E que venham mais eventos!