Iniciamos o nosso trabalho de sala de sala de espera com a
apresentação da psicóloga Zulmira Nascimento seguindo com os informes dados pela Miriam e Rita sobre o
andamento de nosso trabalho, a venda das camisetas e aventais, nossa intenção
em adquirir os bottons e porta crachá para venda e o que faremos com o dinheiro
arrecadado que será revertido para o grupo, através de atividades.
E,ao final, concluímos que tivemos uma das melhores reuniões
até o momento, com participação de todos os presentes e até a participação especial
do Dr. Idblan, que vez ou outra saia do consultório para nos observar, então
vamos ler o resumo do dia!
Nossa amiga Regina Célia iniciou a apresentação individual,
comentando sobre sua convivência com o crohn, como foi para ela que ainda diz
sentir vergonha em algumas situações, como por exemplo soltar “pum”e os odores…
porém tem o marido que é seu companheiro e que a entende.
“É Soltar pum dá vergonha, não é?” - Comentou a
psicóloga Zulmira.
Contamos até com a participação de uma “cuidadora”, sim que é amiga
de uma paciente e se dispôs a ir até o hospital para fazer a troca de uma
receita e aproveitou para conhecer nosso trabalho ficando até o final, obrigada
Regina pelo apoio!
Conhecemos alguns novos amigos, como o casal Sara e Herbert, marido da paciente que comentou sobre a dificuldade em diagnosticar a doença
e o sofrimento passado ao lado da amada, a vergonha, a tristeza.
"A doença nos faz
pensar. Somos privilegiados por termos acesso a tratamento, medicamentos
enquanto muitas pessoas pelo Brasil afora ainda estão desamparados." Comentou
Sara
Nosso convidado especial,Dr. Idblan, causou um certo espanto afinal um Doutor
ficar tão próximo aos pacientes e que fala a mesma língua não é comum! Ele fez sua breve apresentação,
comentando que nasceu no Piauí e que ainda na faculdade de medicina despertou a
curiosidade e o interesse em uma doença tão interessante do ponto de vista do
tratamento, mas que até nos dias de hoje ainda não se sabe a causa. Veio para São
Paulo, onde fez residência e atualmente é o responsável pelo atendimento aos
portadores de doença inflamatória intestinal (RCUI e D.Crohn) do Hospital
Heliópolis e ressaltou que não está sozinho, conta com o apoio de uma equipe que
o auxilia a ajudar os pacientes a ter uma vida melhor e com qualidade e que,
embora alguns pacientes estejam cansados da espera, com fome, sono, problemas, agora podem contar com os Crohnistas, como parte do tratamento.
E o Danilo? Um jovem de 19 anos, recém diagnosticado com
D.Crohn, estava bem acompanhado pela mãe e um amigo que observava atento a
conversa. Tudo novo para eles!
E a Inês? Encaminhada de
outro serviço com uma história longa de tratamento, cirurgias, dores, medo e a
dúvida: Retocolite Ulcerativa ou Crohn? E o medo do que está por vir!
Foi então que o Maurício disse: “Sorria, sempre!"
Sim, ele um portador de crohn com histórico longo, perda de
peso, dores, fraqueza fez um depoimento emocionante contando de como foi para
ele aceitar, sendo ele forte,militar, acostumado com atividade física e num
determinado momento da vida não conseguir nem caminhar direito por conta da
fraqueza, nem ao menos ter força para segurar o filho recém-nascido, mas como
dizemos sempre: tudo passa e hoje ele está bem, já recuperou o peso e como muitos, passou por bons e não tão bons
serviços médicos e até comentou sobre sua passagem por um serviço que oferecia
terapia em grupo e que para ele representou 50% do tratamento sendo o restante
o médico, os medicamentos e sua força de vontade.
Neste momento, pude observar que até o segurança que fica na porta do ambulatório não
aguentou a curiosidade e foi ver o que acontecia naquela roda de conversa,
ficando visivelmente admirado com as palavras do nosso doutor que terminou a
apresentação e voltou ao atendimento juntamente com os residentes e o
depoimento do Maurício, acredito que ele segurou as lágrimas…afinal, homem não
chora!
Contamos também com a presença da nossa amiga Gracielle, futura nutricionista que está desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso e que comentou que aprende muito em suas participações nas reuniões, observando o alto astral dos pacientes e como lidam com as situações do dia-a-dia e que muitas são comuns a qualquer pessoa que queira ter qualidade de vida, afinal o mundo não para por que você está doente!
O apoio familiar, ter com quem dividir suas angústias, seus problemas e sempre procurar estabelecer laços.
E teve o Norberto, já conhecido pelo grupo que fez uma observação
interessante:
“Eu te amo do meu intestino”, sim sabe aquela expressão: “Um
frio na barriga”? – então é o que sentimos quando estamos apaixonados, não é? Nossas
emoções estão em pleno ligamento com nosso intestino, quando você sente medo, te
da o quê? Dor de barriga! Está nervoso? Dor de barriga! Já pararam pra pensar
nisso?
É uma somatória: família + amigos + bom médico = qualidade
de vida
E este foi apenas um resumo que nem teve fotos, pois foram
muitas emoções em pouco tempo, mas fica a promessa que providenciaremos para as
próximas.