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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

34ª. Reunião – 26/02/2013


Iniciamos o nosso trabalho de sala de sala de espera com a apresentação da psicóloga Zulmira Nascimento seguindo com os informes dados pela Miriam  e Rita sobre o andamento de nosso trabalho, a venda das camisetas e aventais, nossa intenção em adquirir os bottons e porta crachá para venda e o que faremos com o dinheiro arrecadado que será revertido para o grupo, através de atividades.
E,ao final, concluímos que tivemos uma das melhores reuniões até o momento, com participação de todos os presentes e até a participação especial do Dr. Idblan, que vez ou outra saia do consultório para nos observar, então vamos ler o resumo do dia!

Nossa amiga Regina Célia iniciou a apresentação individual, comentando sobre sua convivência com o crohn, como foi para ela que ainda diz sentir vergonha em algumas situações, como por exemplo soltar “pum”e os odores… porém tem o marido que é seu companheiro e que a entende.
É Soltar pum dá vergonha, não é?” - Comentou a psicóloga Zulmira.
Contamos até com a participação de uma “cuidadora”, sim que é amiga de uma paciente e se dispôs a ir até o hospital para fazer a troca de uma receita e aproveitou para conhecer nosso trabalho ficando até o final, obrigada Regina pelo apoio!
Conhecemos alguns novos amigos, como o casal Sara e Herbert, marido da paciente que comentou sobre a dificuldade em diagnosticar a doença e o sofrimento passado ao lado da amada, a vergonha, a tristeza.
"A doença nos faz pensar. Somos privilegiados por termos acesso a tratamento, medicamentos enquanto muitas pessoas pelo Brasil afora ainda estão desamparados." Comentou Sara
Nosso convidado especial,Dr. Idblan, causou um certo espanto afinal um Doutor ficar tão próximo aos pacientes e que fala a mesma língua não é comum! Ele fez sua breve apresentação, comentando que nasceu no Piauí e que ainda na faculdade de medicina despertou a curiosidade e o interesse em uma doença tão interessante do ponto de vista do tratamento, mas que até nos dias de hoje ainda não se sabe a causa. Veio para São Paulo, onde fez residência e atualmente é o responsável pelo atendimento aos portadores de doença inflamatória intestinal (RCUI e D.Crohn) do Hospital Heliópolis e ressaltou que não está sozinho, conta com o apoio de uma equipe que o auxilia a ajudar os pacientes a ter uma vida melhor e com qualidade e que, embora alguns pacientes estejam cansados da espera, com fome, sono, problemas, agora podem contar com os Crohnistas, como parte do tratamento.
E o Danilo? Um jovem de 19 anos, recém diagnosticado com D.Crohn, estava bem acompanhado pela mãe e um amigo que observava atento a conversa. Tudo novo para eles!
E a Inês? Encaminhada de outro serviço com uma história longa de tratamento, cirurgias, dores, medo e a dúvida: Retocolite Ulcerativa ou Crohn? E o medo do que está por vir!
Foi então que o Maurício disse: “Sorria, sempre!"
Sim, ele um portador de crohn com histórico longo, perda de peso, dores, fraqueza fez um depoimento emocionante contando de como foi para ele aceitar, sendo ele forte,militar, acostumado com atividade física e num determinado momento da vida não conseguir nem caminhar direito por conta da fraqueza, nem ao menos ter força para segurar o filho recém-nascido, mas como dizemos sempre: tudo passa e hoje ele está bem, já recuperou o peso e como muitos, passou por bons e não tão bons serviços médicos e até comentou sobre sua passagem por um serviço que oferecia terapia em grupo e que para ele representou 50% do tratamento sendo o restante o médico, os medicamentos e sua força de vontade.

Neste momento, pude observar que até o segurança que fica na porta do ambulatório não aguentou a curiosidade e foi ver o que acontecia naquela roda de conversa, ficando visivelmente admirado com as palavras do nosso doutor que terminou a apresentação e voltou ao atendimento juntamente com os residentes e o depoimento do Maurício, acredito que ele segurou as lágrimas…afinal, homem não chora!

Contamos também com a presença da nossa amiga Gracielle, futura nutricionista que está desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso e que comentou que aprende muito em suas participações nas reuniões, observando o alto astral dos pacientes e como lidam com as situações do dia-a-dia e que muitas são comuns a qualquer pessoa que queira ter qualidade de vida, afinal o mundo não para por que você está doente!
O apoio familiar, ter com quem dividir suas angústias, seus problemas e sempre procurar estabelecer laços.

E teve o Norberto, já conhecido pelo grupo que fez uma observação interessante:
“Eu te amo do meu intestino”, sim sabe aquela expressão: “Um frio na barriga”? – então é o que sentimos quando estamos apaixonados, não é? Nossas emoções estão em pleno ligamento com nosso intestino, quando você sente medo, te da o quê? Dor de barriga! Está nervoso? Dor de barriga! Já pararam pra pensar nisso?

É uma somatória: família + amigos + bom médico = qualidade de vida

E este foi apenas um resumo que nem teve fotos, pois foram muitas emoções em pouco tempo, mas fica a promessa que providenciaremos para as próximas.


domingo, 24 de fevereiro de 2013

A essa altura da vida, uma das minhas poucas certezas, é que tenho vivido plenamente a humana condição.


Após passar em consulta e também acompanhar meu pai, um senhor idoso e portador de Alzheimer, em um pronto atendimento vou postar minha indignação com o atual sistema de saúde seja público ou privado! Sem citar nomes, apenas digo que o desrespeito é grande, nos julgam ignorantes e quando mostramos que somos esclarecidos e estamos entendendo o que acontece, aí mudam o comportamento!

“O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte dele até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço.” (Calvino, 2003, p.158)

De quem é a culpa? Do sistema sobrecarregado e estressante que gera um atendimento desumano e sem ética? Seria do próprio paciente que mantem o velho hábito de considerar o profissional da medicina um Deus a quem deve obediência e agradecimento por estar sendo atendido?
E tanto se fala em humanização?  Mas, e o que seria humanização?

Baraúna (2005) afirma que “a humanização é um processo de construção gradual, realizada através do compartilhamento de conhecimentos e de sentimentos”. Nesse contexto, humanizar é ter uma pré-disposição para contribuir (o sentimento e o conhecimento) com o outro de forma ética, individualmente e independente, reconhecendo os limites, seus e o dele, compondo uma empatia entre indivíduos, possibilitando troca de informações.


Segundo Betts (2003), “…sem comunicação não há Humanização”, baseia-se na capacidade da troca de informação por comunicação (verbal ou não verbal) entre indivíduos. Esse compromisso, teoricamente firmado, com a pessoa que está sofrendo, passa por estágios de motivação individual ou de ambas as partes. Essa motivação pode resultar do sentimento de compaixão piedosa por quem sofre ou da ideia de que assim contribuímos para o bem comum e para o bem-estar em geral; pelo estímulo nato da objetividade da investigação científica que exclui a subjetividade (ex.: medicina baseada em evidências) e, por fim, a solidariedade genuína.

Então, o que posso dizer após mais de 30 anos de acompanhamento médico por conta de uma doença inflamatória intestinal crônica, onde presenciei as dificuldades enfrentadas pelos médicos e pacientes, digo que é possível sim oferecer uma melhor assistência, bastando o profissional ter sensibilidade e se colocar no lugar do paciente. 
Às vezes uma palavra ou um simples gesto já o ajudam a aliviar o sofrimento e que existem médicos que gostam da doença e médicos que gostam de pessoas, ou seja, o primeiro vai tratar bem a doença, se preocupar com procedimentos cirúrgicos, mas você é problema seu! Já o que gosta de pessoas irá sim se preocupar com a doença, porém sem esquecer de que o mais importante é você, o portador da doença e que sente dor, medo, angústias e toda sorte de sentimentos.
E resumindo: humanizar o atendimento não é apenas chamar o paciente pelo nome, nem ter um sorriso nos lábios constantemente, mas também compreender as angústias, os medos e incertezas, prestar atenção nas queixas do paciente, dando-lhe apoio e atenção e não simplesmente focar na doença, mas também nos aspectos globais que envolvem o paciente, não se limitando apenas nas questões físicas, mas também nos aspectos emocionais.  




Não sou e nunca serei “rato”de laboratório, procuro sempre estar informada para poder questionar os “por quês” dos procedimentos.

Nossa 33ª. Reunião – 19/02/2013


Iniciamos com a apresentação do grupo feito pela psicóloga Zulmira, seguindo com os informes sobre o andamento do grupo, as camisetas e os aventais de cozinha com o logotipo dos Crohnistas que ainda estão à venda e com o dinheiro arrecadado faremos os bottons para continuarmos a divulgação e todo o dinheiro arrecadado será utilizado na organização de nossas futuras atividades. Este ano teremos a nossa 2ª. Oficina de Culinária para portadores de Doença Inflamatória Intestinal, palestras com profissionais e, quem sabe até nossa 1ª. Festa Junina? Sim, pessoal e para isso contamos com a participação de todos, com sugestões, críticas e, principalmente apoio para organizarmos as atividades. Se você tem disponibilidade e quer participar, junte-se a nós!

Bem, continuando…cada participante fez sua breve apresentação e começamos com a sugestão da Priscila Lira para que os “novos” iniciassem o debate passando a palavra à nova integrante, Flávia Cavichini que comentou sobre a medicação que utiliza, os medos e receios, a alimentação, as “escapadas”de fim de semana, parando de tomar o medicamento para poder ingerir álcool, comer churrasco e etc e tal…sim, afinal ninguém é de ferro e que atire a primeira pedra quem nunca fez isso?!rs
“Coisa transgênica é mais legal!” – comentou a Flávia

E a psicóloga Zulmira completou: “Precisamos aceitar e tomar uma atitude perante a doença,lidamos constantemente com o desejo e o prazer e aí quando digo não para mim mesma, eu me fragilizo”.

Sim, por que quando somos contrariados ficamos mal, o NÃO está intimamente relacionado com punição, ordem. Quando uma criança faz algo errado, a mãe diz: NÃO PODE!, aí você cresce e não pode e, de repente, vem o Crohn e…NÃO PODE!

Mas e se aprendermos a ser criativos com o NÃO, criando possibilidades e alternativas?

Como disse bem a crohnista Edna Pereira: “Quando estava debilitada e NÃO podia ir até a praia quando as amigas convidavam, entramos em acordo e fizemos algo que todas pudessem e fomos ao parque, nos divertimos, rimos e ficamos todas bem!” 

Viram? Talvez nem seja preciso parar a medicação para poder comer e beber, apenas converse com seu médico e nutricionista e veja se tem algum prejuízo em beber uma cerveja, uma taça de vinho ou algum determinado tipo de alimento e com o tempo, nós mesmos percebemos e evitamos o que não nos faz bem, afinal ninguém é sadomasoquista e gosta de ficar no vaso igual uma planta ou sentindo dor! É tudo uma questão de diálogo e adaptação, afinal mesmo quem é dito SAUDÁVEL também se preocupa com seus hábitos alimentares e físicos, ou seja, não somos ET’s

Ah, por falar nisso em adaptações, nossa reunião foi exclusivamente feminina, sim, nenhum “menino” participou, estariam todos com medo?! E de onde vem todo esse medo e essa resistência?  Seria por que o sexo masculino sempre foi considerado o mais forte, superior, inabalável, o “super-homem”?  Criado para ser o provedor, que trabalha, coloca dinheiro em casa e faltar ao trabalho para ir ao médico é coisa de “vagabundo”, ficar doente é considerado fragilidade, o que não é aceito pela população masculina em geral!
Mas a mulher não, ela representa a geração dos seres humanos na terra e que precisa estar bem, sadia para conceber e criar o futuro trabalhador saudável sendo “treinadas” desde pequenas para a prevenção e o cuidado. No entanto, não é bem assim, doenças atingem qualquer pessoa, independentemente do sexo, e a preocupação com a saúde deve estar presente na vida dos homens também!
Então vamos lá! Sabemos que homens e mulheres possuem diferenças entre si (principalmente, biológicas), mas somos indivíduos da mesma espécie onde a multiplicação e perpetuação da raça humana depende de ambos. A "gigantesca" distinção tão discutida é sexual e, já foi imposta pela natureza divina.
As diferenças restantes são morais e foram impostas pela sociedade. E se for depender da geração atual e principalmente, das futuras será um mero passado morto e resolvido, não é meninas?
Vamos dar o exemplo, mostrando que podemos sim ficar bem!

Nossa 1ª. Reunião de 2013 - 05/02/2013


Iniciamos bem nossas atividades, com comemoração surpresa do aniversário da nossa ilustre Crohnista Edna Pereira!


Mas…antes dos parabéns, tivemos nossa conversa habitual, contando com a participação relâmpago do nosso amigo, o sumido Cláudio Alves com seu senso de humor habitual.
E, mais uma vez o tema principal foi as emoções, a ansiedade, o medo e como lidar com a mania que temos em prever o futuro e antecipar o que vai acontecer…e muitas vezes nem acontece, não é? Ouvir falar de doença, acabamos trazendo para perto de nós e aí nos identificamos, começamos até por sentir os sintomas. Vamos cuidar de nossa saúde mental para ficarmos bem e assim não deixar que esses “medos”nos abalem!



Esta reunião ficou bem resumida, pois confesso que cheguei atrasada e peguei o “bonde andando” ... Então, vamos cantar parabéns!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Vende-se Tudo – texto de Martha Medeiros


Pensando no tempo, nos lugares e nas pessoas, pensando na vida e nas coisas que ainda não fiz, quero fazer e que ainda vou fazer, algo me disse que é agora, que tá na hora...

VENDE-SE TUDO

"No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou:
- Que coisa triste ter que vender tudo que se tem.
- Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida.
Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa.
Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas.
Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros.
Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida.
Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile.
Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa.
Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde.
Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza: “só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir," é melhor refletir e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Não são as coisas que possuímos ou compramos que representam riqueza, plenitude e felicidade. São os momentos especiais que não tem preço, as pessoas que estão próximas da gente e que nos amam, a saúde, os amigos que escolhemos, a nossa paz de espírito.
Felicidade não é o destino e sim a viagem." 


Afinal, de mudança em mudança quantas coisas ficam para trás, coisas que a gente realmente nem lembra mais. O que ficam realmente são as pessoas, as risadas e os ombros amigos que nos ajudam a atravessar os jardins e os desertos de nossa vida!

31a. Reunião: 18/12/2012


Retomando as atividades do Blog, segue o resumo da última reunião dos Crohnistas em 2012. 
Vamos conferir?!! 

“Olá, pessoal, segui a dica da Crohnista Rita e comecei a lição de casa para as férias. Além de entregar o relatório da última reunião, também li alguns posts antigos do blog e pude rever que um dos assuntos mais recorrentes em nossas reuniões, foram as emoções. Em nosso último encontro de 2012 não foi diferente, portanto, se notarem qualquer semelhança, será mera coincidência.
Para começar, mais uma vez, coube a mim a tentativa de relatar o ocorrido em mais um encontro, já que nossas amigas Miriam e Rita não puderam comparecer. Então eu (Edna) e a Zulmira tocamos o barco à diante com a participação dos colegas que mais uma vez nos prestigiaram. Tivemos até a participação de duas crianças, ou melhor, dois lindos garotos de 10 e 11 anos de idade, que além de participarem dando opiniões, serviram de inspiração para o tom de nossa conversa.
Zulmira deu os informes, contando o sucesso da 1ª festa de confraternização dos Crohnistas. Ainda durante as apresentações de cada participante, surgiu a pergunta:
“O emocional é a causa da Doença de Crohn, ou é simplesmente um fato isolado que interfere fisicamente?”
Não, o emocional não é a causa, mas sem dúvidas, interfere muito no nosso físico, seja na Doença de Crohn como em tantas outras doenças. Então como fazer para manter o equilíbrio nessa história? Em nossa confraternização, Miriam nos falou sobre o assunto.
Temos nas emoções uma chave muito importante. Se giramos de um lado podemos desequilibrar todo o nosso organismo, atingindo o físico de maneira leve ou intensa, se giramos para o outro lado podemos acionar o "mortozinho" do bem estar emocional e físico.
“As dores são complexas e multifatoriais”, comentou nossa psicóloga Zulmira, nos dando um exemplo interessante: “Não raro recebo pacientes encaminhadas por ginecologistas, pois ás vezes essas mulheres estão com problemas emocionais tão sérios que causam uma vulnerabilidade hormonal capaz de afetar seus genitais.”

Mas e aí, o que fazer para girar a tal chave e acionar o motorzinho""  que libera a serotonina e a endorfina, os hormônios da felicidade e bem estar?
Sem pestanejar, os pequenos participantes deram logo a dica: o melhor a fazer para sair do estresse e não deixar a depressão se aproximar, é brincar.
Com um sorriso maroto, nossa colega Ademilza, que mora em Rio Grande da Serra, município próximo à capital paulista, nos deliciou contando as peraltices que faz com seus netos, brincando livremente nas ruas, empinando pipas, jogando bola e subindo em árvores sim, porque ela é uma avó muito jovem.
E quem não tem esse privilégio, o que fazer par manter as boas emoções? Zulmira disse que o autoconhecimento é uma ferramenta valiosa, pois com ela temos mais facilidade para filtrar o que nos faz bem e descartar o que não vai nos ajudar em absolutamente nada, afinal não nascemos para ser “esponjas” a absorver tudo quanto é sujeira emocional como culpa, raiva e tantos sentimentos nocivos a nos envenenar a mente e o coração.

Crianças têm facilidade para lidar com a agressividade e capacidade de aguentar frustrações”, afirma Zulmira. Então porque não fazemos como as crianças? Temos que exercitar nossa mente para ficar atenta aos bons momentos e sentimentos, vivendo um dia de cada vez, sem ansiedades e preocupações exageradas.
Quando estamos em crise da doença não temos disposição para nada. Até concordamos de que o autoconhecimento e a autoajuda são muito válidos, mas quem não quer uma ajudinha extra?
Nossas colegas casadas disseram que nem sempre os maridos colaboram com a tarefa doméstica, mas são muito compreensivos. Quando elas estão com dores, desânimo e com a autoestima em baixa, é extremamente importante a estrutura familiar e o afeto de seus companheiros, afinal, quem conhece uma pessoa com doença inflamatória intestinal, sabe que durante as crises ficamos muito indispostos e debilitados; as vezes muito emagrecidos, com fístulas ou até mesmo com bolsas de ostomia, portanto, nada atraentes.
“Não nos encaixamos nos padrões de beleza que a sociedade cultua.” disse Priscila. Ainda assim, seus companheiros continuam firmes ao lado de quem amam, respeitam e admiram, pois aprenderam que os valores morais e emocionais de uma pessoa, vão além de um corpinho bonito e saudável.

Assim fechamos o ano com mais um encontro dos Crohnistas da Alegria. “
Edna Pereira

Nossa amiga Edna arrasou no resumo e como relações públicas!

Nancy proprietária da Taku's Bijuterias e Acessórios responsável pela doação
de nossas primeiras 20 camisetas dos Crohnistas da Alegria


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Bolo de Chocolate Bipolar


Não. Não é o que pensam. Não vim trazer nenhuma receita maravilhosa e exótica…sou apenas uma “branquela nórdica com baixo QI”…hehe

Então, trago-vos um texto que achei hilário, dada a espirituosidade do autor, que desconheço, mas que mandou bem.

Uma senhora entra na confeitaria e pede ao balconista um Bolo "Nega Maluca".
O balconista diz à freguesa que usar o nome "nega maluca", hoje em dia, pode dar cadeia, por causa da Lei Afonso Arinos; da Lei Eusébio de Queiroz; do Artigo Quinto da Constituição; do Código Penal; do Código Civil; do Código do Consumidor; do Código Comercial; do Código de Ética; do Moral e Bons Costumes. Além da Lei 'Maria da Penha ...
- Então, meu filho, como peço a porra desse bolo?
- Bolo Afro-descendente com distúrbio neuro psiquiátrico.

Sirvam-se do Bolo...rs


"Não importa da onde tu vem, nem o que você faz.,no fim da vida acredite, somos todos iguais..." (Túlio Dek)



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Estamos todos contratados...



ENTREVISTA DE EMPREGO PARA UMA GRANDE EMPRESA BRASILEIRA

1º) Candidato formado na USP
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Ora, é um pensamento.
Diretor: - Por que?
Candidato:- Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
Diretor: - Muito bem, excelente resposta.

2º) Candidato formado na PUC
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Um piscar de olhos.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Porque e tão rápido que as vezes nem vemos.
Diretor: - ótimo

3º) Candidato formado na UNICAMP
Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - A eletricidade.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lâmpada a 5km de distância instantaneamente.
Diretor: - Excelente.

4º) Candidato fazendo curso no SENAI do Piaui
Diretor: - Qual e a coisa mais rápida do mundo?
Candidato: - Uma diarreia...
Diretor: - Como assim ? Esta brincando ? Explique isso...
Candidato: - Isso mesmo. Outra noite eu tive uma diarreia tão forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, já tinha me cagado todo...
Diretor: - O emprego é seu!

Moral da História: Fundamento técnico e cálculo não são tudo, entender de cagadas é o que o mercado precisa!!! rs

Que venha 2013


"Estou de volta pro meu aconchego…"

É pessoal, após uma breve ausência, voltamos e esperamos por todos vocês cheios de energia para o novo ano com muito mais participação, novas idéias, afinal o grupo é nosso e somos privilegiados por fazer parte desta iniciativa inédita no meio hospitalar: Um grupo organizado pelos próprios pacientes!
Então... nada de comodismo,hein?!

Dia 05.02.2013 à partir das 15:30h na sala de espera do ambulatório no prédio novo do Hospital Heliópolis.