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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

34ª. Reunião – 26/02/2013


Iniciamos o nosso trabalho de sala de sala de espera com a apresentação da psicóloga Zulmira Nascimento seguindo com os informes dados pela Miriam  e Rita sobre o andamento de nosso trabalho, a venda das camisetas e aventais, nossa intenção em adquirir os bottons e porta crachá para venda e o que faremos com o dinheiro arrecadado que será revertido para o grupo, através de atividades.
E,ao final, concluímos que tivemos uma das melhores reuniões até o momento, com participação de todos os presentes e até a participação especial do Dr. Idblan, que vez ou outra saia do consultório para nos observar, então vamos ler o resumo do dia!

Nossa amiga Regina Célia iniciou a apresentação individual, comentando sobre sua convivência com o crohn, como foi para ela que ainda diz sentir vergonha em algumas situações, como por exemplo soltar “pum”e os odores… porém tem o marido que é seu companheiro e que a entende.
É Soltar pum dá vergonha, não é?” - Comentou a psicóloga Zulmira.
Contamos até com a participação de uma “cuidadora”, sim que é amiga de uma paciente e se dispôs a ir até o hospital para fazer a troca de uma receita e aproveitou para conhecer nosso trabalho ficando até o final, obrigada Regina pelo apoio!
Conhecemos alguns novos amigos, como o casal Sara e Herbert, marido da paciente que comentou sobre a dificuldade em diagnosticar a doença e o sofrimento passado ao lado da amada, a vergonha, a tristeza.
"A doença nos faz pensar. Somos privilegiados por termos acesso a tratamento, medicamentos enquanto muitas pessoas pelo Brasil afora ainda estão desamparados." Comentou Sara
Nosso convidado especial,Dr. Idblan, causou um certo espanto afinal um Doutor ficar tão próximo aos pacientes e que fala a mesma língua não é comum! Ele fez sua breve apresentação, comentando que nasceu no Piauí e que ainda na faculdade de medicina despertou a curiosidade e o interesse em uma doença tão interessante do ponto de vista do tratamento, mas que até nos dias de hoje ainda não se sabe a causa. Veio para São Paulo, onde fez residência e atualmente é o responsável pelo atendimento aos portadores de doença inflamatória intestinal (RCUI e D.Crohn) do Hospital Heliópolis e ressaltou que não está sozinho, conta com o apoio de uma equipe que o auxilia a ajudar os pacientes a ter uma vida melhor e com qualidade e que, embora alguns pacientes estejam cansados da espera, com fome, sono, problemas, agora podem contar com os Crohnistas, como parte do tratamento.
E o Danilo? Um jovem de 19 anos, recém diagnosticado com D.Crohn, estava bem acompanhado pela mãe e um amigo que observava atento a conversa. Tudo novo para eles!
E a Inês? Encaminhada de outro serviço com uma história longa de tratamento, cirurgias, dores, medo e a dúvida: Retocolite Ulcerativa ou Crohn? E o medo do que está por vir!
Foi então que o Maurício disse: “Sorria, sempre!"
Sim, ele um portador de crohn com histórico longo, perda de peso, dores, fraqueza fez um depoimento emocionante contando de como foi para ele aceitar, sendo ele forte,militar, acostumado com atividade física e num determinado momento da vida não conseguir nem caminhar direito por conta da fraqueza, nem ao menos ter força para segurar o filho recém-nascido, mas como dizemos sempre: tudo passa e hoje ele está bem, já recuperou o peso e como muitos, passou por bons e não tão bons serviços médicos e até comentou sobre sua passagem por um serviço que oferecia terapia em grupo e que para ele representou 50% do tratamento sendo o restante o médico, os medicamentos e sua força de vontade.

Neste momento, pude observar que até o segurança que fica na porta do ambulatório não aguentou a curiosidade e foi ver o que acontecia naquela roda de conversa, ficando visivelmente admirado com as palavras do nosso doutor que terminou a apresentação e voltou ao atendimento juntamente com os residentes e o depoimento do Maurício, acredito que ele segurou as lágrimas…afinal, homem não chora!

Contamos também com a presença da nossa amiga Gracielle, futura nutricionista que está desenvolvendo seu trabalho de conclusão de curso e que comentou que aprende muito em suas participações nas reuniões, observando o alto astral dos pacientes e como lidam com as situações do dia-a-dia e que muitas são comuns a qualquer pessoa que queira ter qualidade de vida, afinal o mundo não para por que você está doente!
O apoio familiar, ter com quem dividir suas angústias, seus problemas e sempre procurar estabelecer laços.

E teve o Norberto, já conhecido pelo grupo que fez uma observação interessante:
“Eu te amo do meu intestino”, sim sabe aquela expressão: “Um frio na barriga”? – então é o que sentimos quando estamos apaixonados, não é? Nossas emoções estão em pleno ligamento com nosso intestino, quando você sente medo, te da o quê? Dor de barriga! Está nervoso? Dor de barriga! Já pararam pra pensar nisso?

É uma somatória: família + amigos + bom médico = qualidade de vida

E este foi apenas um resumo que nem teve fotos, pois foram muitas emoções em pouco tempo, mas fica a promessa que providenciaremos para as próximas.


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