Translate

sexta-feira, 19 de maio de 2017

19/05 - DIA MUNDIAL DA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL - 2017

Para quem não conseguiu participar no horário da transmissão ao vivo, às 16h.

Entrevista com o médico gastroenterologista Dr. Flávio Feitosa e a nutricionista Dra. Mirella Brasil, ambos especialistas em DII. Muito bom, assistam pois foram respondidas algumas dúvidas que todos nós , pacientes, temos!



A ABADII(Associação Baiana De Portadores de Doença Inflamatória Intestinal) esteve presente comentou sobre o Maio Roxo 2017.

Rita

Jornada do Paciente

VOCÊ QUE É PACIENTE DE DII, JÁ RESPONDEU? 
É PRÁTICO E RÁPIDO! NÃO DEIXE DE PARTICIPAR!

A Jornada do Paciente é uma pesquisa quantitativa online com pacientes que sofrem de DII, para entender qual o impacto da DII na vida das pessoas, seja ele impacto na saúde física, mental, financeira e emocional. O questionário demora apenas 15 minutos para preencher, e pode ser feito pelo celular, tablet ou computador.

A Jornada do Paciente tem como principal objetivo entender os obstáculos e dificuldades que o paciente com DII enfrenta no Brasil, sejam eles de caráter físico/médico, emocional, psicológico ou financeiro. A pesquisa buscará estabelecer o cenário atual de como o paciente brasileiro lida com a sua doença, incluindo aspectos do seu tratamento e como a doença impacta sua vida.

Atualmente, existem pouquíssimos dados a respeito da Doença de Crohn e Colite Ulcerativa no Brasil. Através dos projetos da ABCD e de convívio entre pacientes e médicos, parecem ser claras as necessidades de melhorias no diagnóstico e tratamento das DII no Brasil, principalmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Porém, não existem dados concretos no Brasil sobre quantos, como são diagnosticados, como são tratados e como vivem estes pacientes. Obter informações de maneira estruturada e com ferramentas adequadas de pesquisa é essencial para uma discussão produtiva à respeito da doença. Entender esta jornada está no âmago da filosofia de cuidados centrados no paciente (patient-centered care).

Os resultados da Jornada do Paciente poderão orientar as atividades e prioridades da ABCD e outras associações voltadas ao paciente DII, no que se refere à projetos, materiais educativos e outras ferramentas para pacientes.

Num segundo momento, os resultados da pesquisa poderão servir como instrumento de pressão aos orgãos públicos para melhorias no tratamento da doença no país: com dados concretos sobre o paciente, será possível discutir com todos os atores envolvidos, em particular orgãos governamentais, na busca de melhoria de opções de tratamento, acesso e diagnóstico das DII no país.
Quem é responsável por esta pesquisa?

Realização:
ABCD – Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn
Parceiros:
GEDIIB – Grupo de Estudos da Doença Inflamatória Intestinal do Brasil
DII Brasil – Associação Nacional de Pessoas com Doenças Inflamatórias Intestinais
Apoio:
EFCCA – European Federation of Crohn’s & Ulcerative Colitis Associations
Organização:
VoxVital

É muito importante que o maior número de pacientes com DII participem. Ajude-nos a divulgar a pesquisa entre pacientes e poste em suas mídias sociais!






segunda-feira, 1 de maio de 2017

AGENDA MAIO ROXO/2017

Durante o mês de maio, teremos eventos para o publico em geral, fiquem atentos às datas e horários.

Hospital Heliópolis / SP


Bate Papo Online

A Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD) e o Avante fizeram uma parceria, e vamos realizar um bate papo com o Dr. Adérson Damião e a nutricionista da ABCD, Dra. Izabel Lamounier, para discutir a nutrição Doença Inflamatória Intestinal.

Serão tiradas as dúvidas ao vivo no dia 02/05 às 20h na página do AVANTE pelo facebook.
Fique ligado!!! Não perca!!!

Caminhada

A Caminhada foi idealizada pela ABCD em 2006 no Brasil e concomitante com Associações em todo o Mundo, este evento reúne crianças, adultos e famílias como objetivo sensibilizar e visibilizar mundialmente essas doenças crônicas que muitas vezes são incompreendidas ou desconhecidas pelo público em geral e profissionais da saúde.

É uma das ações que serão realizadas em prol da comemoração do Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal (World IBD Day) celebrado em 19 de maio.

Local: No Parque do Ibirapuera – Local: Arena em Frente à Ponte de Ferro , sito à Avenida Pedro Alvares Cabral, s/n - São Paulo/SP

Inscrições gratuitas pelo e-mail: secretaria@abcd.org.br

Para saber sobre os demais eventos acesse:




Maria Rita 



E CHEGOU O MÊS DE MAIO!

Após aderir a campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul, o Brasil participa do chamado Maio Roxo. O objetivo é conscientizar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais, que incluem a Colite Ulcerativa e a Doença de Crohn.


Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa se constituem nas Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), que afetam homens e mulheres indistintamente. De caráter autoimune, podem exigir hospitalizações recorrentes e grande impacto social, pessoal e psicológico em seus pacientes.
Em ambas, os sintomas são semelhantes: dor abdominal, podendo haver hemorragia retal, diarreia, urgência para evacuar e aumento na frequência e dos movimentos intestinais. Estes sintomas tendem a aparecer e desaparecer e podem afetar o nível nutricional do paciente, pois a inflamação consome alguns nutrientes. Pode haver também perda fecal de sangue, fluidos e eletrólitos, em decorrência da hemorragia e diarreias frequentes.  

Estima-se que 25% dos pacientes podem ser submetidos a cirurgia em algum momento do curso da doença. “Como seus sintomas tendem a aparecer e desaparecer por um período e podem ser confundidos com de outras doenças, as DII podem demorar a ser diagnosticadas corretamente, o que pode levar o paciente a hospitalizações recorrentes e até à incapacitação para o trabalho.  

Entretanto, o  diagnóstico precoce seguido do tratamento adequado  pode preservar a qualidade de vida e a produtividade do paciente.  Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor o controle  da doença”, afirma a especialista Marta Brenner, presidente da Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD), Professora de Gastroenterologia da PUC do Rio  Grande do Sul e Coordenadora do Ambulatório de DII do Hospital São Lucas, da PUC-RS.

A Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa afetam o sistema digestivo e causam inflamação crônica no tecido intestinal, provocando feridas e sangramento, muitas pesquisas mostram que estes pacientes, em função da patologia, acabam tendo um agravamento nutricional bastante importante. E isto é um fator determinante no tratamento. O impacto destas doenças pode afetar não apenas o físico e emocional, sendo de grande importância um acompanhamento adequado.

Ainda não há cura ou causa conhecida e pouco se sabe sobre a dor e o sofrimento crônico a que pacientes com doenças inflamatórias intestinais corajosamente se submetem todos os dias de suas vidas.

Ao todo, diversos países em pelo menos quatro continentes – entre eles, a Argentina, Austrália, o Canadá, Israel, o Japão, a Nova Zelândia, os Estados Unidos e 28 nações europeias promovem ações para marcar o dia 19 de maio, quando é lembrado o Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal.

No Brasil, a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn(ABCD) propõe ampliar a conscientização e melhoria na qualidade de vida dos pacientes por meio de caminhadas e da iluminação de locais como:
Belo Horizonte (MG)
Estádio Mineirão
Criciúma (SC)
Cristo Luz
Itajaí (SC)
Paróquia do Santíssimo Sacramento/
Guarulhos (SP)
Faculdade ENIAC
Petrópolis (RJ)
Câmara Municipal,
Catedral Petrópolis
Obelisco
Rio de Janeiro (RJ)
Santuário da Penha

Salto (SP)
Praça 15 de Novembro
Ponte Estaiada de Salto
Pavilhão das Artes
Padroeira Mont Serrat
São Paulo (SP)
Hospital Alemão Oswaldo Cruz


Todos unidos pela informação e conscientização sobre as DII (Colite Ulcerativa ou Doença de Crohn), para que dessa forma, socialmente possamos ajudar aos pacientes a ter uma qualidade de vida melhor.

Maria Rita 


MINHA DII

Minha contribuição para o site Minha DII, está disponível também na comunidade MINHA DII, no facebook, onde podemos encontrar informações, dicas e suporte sobre as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).



Maria Rita 


Células Tronco em Suturas e tratamento de fístulas na Doença de Crohn

Quem é paciente, familiar, amigo ou conhece alguém que tenha doença inflamatória intestinal sabe que estamos sempre procurando novidades a respeito dos tratamentos, algo novo, alguma nova esperança de cura ou, ao menos melhora na qualidade de vida
.
O primeiro transplante de células tronco para D.Crohn foi realizado no ano de 2003 em Chicago e no Brasil já é realizado desde 2004, sendo considerado como uma forma de tratamento visando a melhoria na qualidade de vida, quando o paciente não responde mais aos tratamentos medicamentosos propostos, ou seja, ainda não é a CURA e nem uma primeira opção de tratamento, como muitos imaginam. 

Durante um evento que eu tive oportunidade de participar, assistindo a aula sobre Transplante de Células Tronco na Doença de Crohn, com o Dr. Roberto Luiz Kaiser Júnior, fiquei entusiasmada com a notícia de uma nova perspectiva de tratamento utilizando células tronco mesenquimais para uso tópico em fístulas perianais. Ainda em estudo, não se sabe qual é o melhor perfil de pacientes. Mas,já é algo para termos esperança!

Então fui pesquisar mais a respeito e encontrei alguns trabalhos, inclusive um fio de sutura com células tronco desenvolvido pela UNICAMP e já patenteado que auxilia cicatrização.
Ao final do texto, estão listados os links para pesquisa, sempre bom estar informado e depois conversar com o medico que nos acompanha para saber a opinião e também como estão estas pesquisas. Lembrando que o profissional tem mais subsídios para nos orientar e juntos (médico e paciente) decidirmos o melhor a ser feito.
Boa leitura a todos, 

Células-tronco, por definição, são aquelas capazes de autorrenovação prolongada através de sucessivas divisões mitóticas do tipo assimétrica e passíveis de originar pelo menos um tipo celular em estágio mais avançado de diferenciação (Morrisson et al., 1997). 
Ainda como característica, as células-tronco são células não especializadas, ou seja,não possuem ainda comprometimento morfológico e funcional com nenhum tipo celular (Del 
Carlo, 2005).

As células tronco despertam interesse por suas características biológicas peculiares que as tornam possíveis ferramentas clínicas em diversas áreas biomédicas. As células tronco mesenquimais, por sua vez, são consideradas células multipotentes adultas não hematopoiéticas com propriedade de autorrenovação e capacidade de diferenciação em tecidos mesenquimais. Estas células podem ser obtidas de diferentes fontes no organismo adulto. 
Levando em consideração o grau de plasticidade da célula-tronco, ou seja, o seu potencial de diferenciação em tecidos variados, podemos classificá-las em três tipos: totipotentes, pluripotentes e multipotentes. 
As células-tronco totipotentes podem originar tanto um organismo totalmente funcional, como qualquer tipo celular do corpo, inclusive todo o sistema nervoso central e periférico (Gage, 2000). Correspondem às células do embrião recém-formado (zigoto) e têm potencial para originarem até mesmo as células dos folhetos extra-embrionário, 3 que formarão a placenta e os demais anexos responsáveis pelo suporte ao embrião. Entretanto, estas células possuem um tempo de vida curto e desaparecem poucos dias após a fertilização (Robey, 2000). 
As pluripotentes são células capazes de originar qualquer tipo de tecido sem, no entanto, originar um organismo completo, visto que não podem gerar a placenta e outros tecidos embrionários de apoio ao feto. Formam a massa celular interna do blastocisto depois do quarto dia de fecundação e participam da formação de todos os tecidos do organismo (Robey, 2000)
As células-tronco multipotentes são um pouco mais diferenciadas, presentes no indivíduo adulto, com capacidade de originar apenas um limitado número de tipos teciduais. Estas células são designadas de acordo com o órgão do qual derivam e podem originar apenas células deste órgão, possibilitando a regeneração tecidual local (Gage, 2000). 

As células-tronco mesenquimais, por sua vez, compõem um grupo particular de células-tronco adultas encontradas em várias partes do organismo com capacidade de diferenciação em tecidos mesenquimais. Com o avanço no entendimento das características apresentadas pelas CTMs (células tronco mesenquimais) e a padronização das técnicas de isolamento, cultivo, diferenciação e congelamento fica cada vez mais possível a aplicação clínica destas células.

As CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS estão sendo estudadas em grandes centros no mundo inteiro para tratar doenças autoimunes: artrite reumatoide; lúpus; esclerose múltipla; miastenia; distrofia muscular, esclerose lateral amiotrófica (ELA),Doenças degenerativas: Alzheimer; Parkinson;
Regeneração de tecidos: Diabetes tipo l; insuficiência cardíaca; Infarto agudo; derrame; trauma raquimedular; doenças hepáticas; osteocondral; reconstrução de córnea, tecidos destruídos por radioterapia ou quimioterapia; entre outras.

Abaixo segue a lista dos principais testes clínicos utilizando CTM cadastrados no site clinicaltrials.gov, patrocinado pelo FDA (agência reguladora de serviços de saúde nos EUA). Este site é a principal fonte de informação sobre testes aplicados em seres humanos. São mais de 400 testes clínicos sendo realizados no mundo inteiro.
Fase I : testes clínicos que avaliam a segurança da terapia em pequenos grupos de pacientes;
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Fase II: testes clínicos que avaliam a segurança e eficácia do tratamento;
- Pseudoartrose
- Cirrose Hepática
- Esclerose Múltipla
- Acidente Vascular Cerebral
- Isquemia de Membros
- Anemias
- Lesão Medular
- Doença de Parkinson
- Ataxias
- Lesão Cerebral
- Coadjuvante em Transplantes de Órgãos
- Artrite Reumatoide
- Lesões de Medula
- Queimaduras
- Distrofia Muscular de Duchenne
- Coinfusão em transplantes de Células-tronco Hematopoiéticas
- Lesões Pulmonares
- Lúpus
- Doença Buerger´s
- Derrame
- Epidermólise Bolhosa
- AIDS

Fase III: testes clínicos que confirmam a segurança e eficácia do tratamento com um grande número de pacientes em condições controladas:

- Osteoartrite
- Úlceras de pele
- Doença do enxerto versus hospedeiro
- Cardiopatias
- Diabetes
- Nefropatias
- Doença de Crohn


Fio com células-tronco acelera cicatrização
Lesões em que técnica foi usada sararam em 15 dias em cobaias, quando o normal seria levar 10 semanas

Para reparar feridas no intestino de cobaias, pesquisadores da Unicamp estão contando com a ajuda de "costureiras" microscópicas: as células-tronco mesenquimais. Por meio de uma técnica complexa, patenteada pela universidade, eles descobriram como "colar" as células num fio de sutura cirúrgica. As feridas costuradas com o fio especial cicatrizaram em 15 dias, quando o normal seria levar em torno de dez semanas. Por enquanto, a abordagem foi testada em ratos.

"Isso pode ser um avanço na área de regeneração de tecidos", diz a hematologista Ângela Malheiros Luzo, coordenadora do estudo.
Ângela é orientadora do biólogo Bruno Bosch Volpe, cujo trabalho de mestrado foi o desenvolvimento da técnica e que deve continuar a refiná-la em seu doutorado.
As células-tronco mesenquimais estão em diversas regiões do corpo, como cordão umbilical e camadas de gordura - nesse último caso, é fácil obtê-las durante uma lipoaspiração, por exemplo.

"Preferimos células vindas da gordura porque, além de a obtenção não ser tão invasiva, é mais fácil fazer elas proliferarem", diz Ângela.
Ainda há dúvidas sobre a versatilidade desse tipo de célula. Sabe-se que elas dão origem a tecidos como osso e cartilagem e há indícios de que poderiam se transformar em músculos ou neurônios.

Testes iniciais mostraram resultados animadores para uma série de doenças, mas é possível que elas funcionem só como "suporte de vida" de órgãos lesados, produzindo substâncias que facilitem a cicatrização, por exemplo.
No caso das feridas intestinais estudadas, as fístulas (canal que une duas regiões que deveriam estar separadas), outros cientistas já tinham tentado amenizar a lesão aplicando células-tronco, sem grandes resultados.

Parece que o pulo do gato é o uso do fio especial para costurar a ferida. Volpe e sua orientadora acharam a receita correta para "colar" células vivas no fio, com a ajuda de uma substância chamada fibrina, e manter a proliferação delas antes da costura.
"O importante do trabalho não foi só o uso da cola. A questão era fazer com que as células saíssem do fio e tivessem efeito benéfico depois da sutura", diz a hematologista.

Outra vantagem da abordagem é que as células-tronco usadas em humanos seriam obtidas a partir do organismo do próprio doente, evitando a rejeição.
Não há datas para testes em pessoas, mas um alvo óbvio são as que têm doença de Crohn, problema com severos sintomas gastrointestinais e recuperação difícil.
Mas, diz Ângela, a técnica poderia melhorar a eficácia de suturas em outros casos, como em cirurgias plásticas.

Pesquisador: Cristina Ribeiro de Barros Cardoso/ Instituto: UFTM - MG

"Potencial terapêutico de células mesenquimais estromais na doença inflamatória intestinal
As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, são caracterizadas por inflamação crônica descontrolada da mucosa intestinal. Enquanto a colite ulcerativa é caracterizada por resposta imune Th2, pacientes com doença de Crohn apresentam resposta Th1 e, recentemente, descobriu-se a presença de células Th17, com produção das citocinas IL-17 e IL-23 na mucosa inflamada. Por outro lado, as subpopulações de células T reguladoras apresentam papel crítico no controle de respostas auto-imunes e/ou exageradas, como nas DII. Embora as terapias atuais sejam direcionadas a estes elementos da cascata imuno-inflamatória, nenhum tratamento é, no momento, totalmente efetivo, sendo evidente a necessidade de novas terapias para o controle da progressão das DII.

As células mesenquimais estromais (MSCs) são células multipotentes de medula óssea, com grande capacidade imunossupressora e reguladora, com importantes perspectivas terapêuticas para o tratamento de doenças auto-imunes e inflamatórias. Sendo assim, este estudo pré-clínico visa avaliar o potencial terapêutico de MSCs humanas na DII induzida experimentalmente. As MSCs serão isoladas e cultivadas a partir de células mononucleares de medula óssea de doadores saudáveis. A DII será induzida em camundongos Balb/c com injeção intra-retal de ácido trinitrobenzeno sulfônico (TNBS) e, após indução da doença, fenotipagem e marcação das MSCs, os animais serão tratados com as células e sacrificados nos dias 7, 14 e 60 pós-transplante, para a coleta de segmentos intestinais e linfonodos mesentéricos. Serão avaliados o peso, presença de diarréia e, por histopatologia, a resposta inflamatória intestinal de camundongos com DII antes e após o tratamento com MSC. A modulação da resposta imune intestinal será avaliada com ênfase nas subpopulações de células T reguladoras e Th17.

Além destas, as células do infiltrado inflamatório (CD3, CD4, CD8, CD11b, CD11c, NK, NKT, gama-delta) no intestino e linfonodos serão avaliadas por citometria de fluxo, imunohistoquímica e microscopia confocal. A expressão dos fatores de transcrição ROR, Foxp3 e das citocinas IL-10, TGF-beta, IL-4, IFN-gama, TNF-alfa, IL-6, IL-17, IL-21, IL-23, IL-25 e IL-27 será avaliada por PCR em tempo real e/ou ELISA. Ainda, o potencial supressor das células T reguladoras antes e após a terapia com MSCs será avaliado em ensaios de co-cultura com células efetoras, assim como a capacidade proliferativa de linfócitos T efetores de animais com DII frente às MSCs.
A presença, no intestino, da população de MSC infundidas, será avaliada por imunohistoquímica/confocal e a ocorrência de fusão celular entre as MSC humanas e células intestinais murinas por FISH. Amostras de outros órgãos serão também coletadas com o intuito de se averiguar possíveis alterações e a migração de MSCs para outros tecidos além daqueles inflamados, por meio da marcação das MSC (Qtracker) previamente à infusão. Finalmente, os resultados obtidos contribuirão para o entendimento da patogênese das DII e para demonstração da eficácia das MSC no tratamento dessas doenças, bem como os mecanismos imunológicos envolvidos. Sendo assim, este projeto visa proporcionar bases científicas para o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas para o tratamento da colite ulcerativa e/ou doença de Crohn."


“ As CTMs (células tronco mesenquimais de origem adiposa) mostraram-se eficientes no tratamento de pacientes com desordens imunológicas e hematológicas. As CT autólogas (células tronco do próprio paciente) aumentaram a taxa de sucesso de tratamento de fístulas abertas para o exterior da cavidade abdominal em pacientes com Doença de Crohn.” 
“ A pesquisa “Avaliação da imunomodulação e do processo de cicatrização envolvidos no tratamento de fístulas enterocutaneas realizado com células estromais mesenquimais de tecido adiposo humano aderidas a fios de sutura”, realizada pelo biólogo Bruno Busch Volpe, da pós graduação da FCM, foi a única do Brasil selecionada e premiada durante o congresso internacional Till and McCulloch Metting.” 


Fontes consultadas:







Maria Rita