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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

RECLAMAÇÃO

Estava eu pensando: registro essa reclamação ou não? E conclui que sim, é necessário pois se todos nós reclamarmos, questionarmos e, principalmente não aceitarmos tudo de cabeça baixa, quem sabe conseguiremos iniciar uma mudança e resolvi aderir a onda dos movimentos: Preconceito contra os negros, contra idosos, contra crianças e adolescentes e etc e tal…então lá vou eu:
Faz tempo que venho observando o tratamento que é dado aos pacientes do SUS, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Medicina de São Paulo/ FMUSP e sinceramente, Ô falta de capacitação, de orientação!!!

Primeiro: Desde o tempo que passei por estágio no setor de nutrição que percebia e na época até achava engraçado, quando entrávamos pela entrada principal do Instituto Central com o avental, famoso “jaleco branco”, nem precisávamos apresentar o crachá de identificação e ainda era cumprimentada com o “Bom dia, doutora”, mas…se estivesse sem o avental…ah, cadê o crachá??!!! E não autorizavam a entrada!
Ok, passados anos e continua na mesma: Se você for bem arrumada, óculos escuros e chegar lá, ainda te perguntam se você vai visitar alguém no particular e autorizam a entrada, como sei que aconteceu com uma conhecida, ok ninguém estava com má intenção, porém…se for assim, qualquer bandido poderá entrar desde que bem arrumado…
Ah, tem também a questão da acessibilidade: Tudo bem, prédio antigo, mas…a entrada não tem rampa e pude presenciar o “segurança” colocando uma rampa de madeira improvisada para que uma criança cadeirante pudesse sair do prédio (será que ela era SUS ou particular?...nem preciso perguntar, visto a tratamento que teve!). Ai, já fiquei imaginando: e se um aluno de medicina, enfermagem, enfim for cadeirante e tiver que entrar no Instituto Central? Terá que dar uma volta imensa e entrar pelo ambulatório?
Mas... o real motivo de todo esse desabafo e revolta foi:

Quando da minha alta, desci até o 5 andar para sair pelo Central pois ficaria na portaria esperando o carro, para não ter que caminhar, até porque estava com dreno, bolsa de estomia e caminhando bem devagar. Para minha surpresa, quando minha irmã foi avisar o “Segurança”  ele solta a pérola: “Mas é SUS ou particular? Porque SUS sai pelo ambulatório”… Ah! Eu olhei feio pra ele e perguntei: “Ué, tem alguma diferença, é?! Ai ele sem graça disse: “mas é rápido?” Pensei: Não, vou ficar aqui até amanhã pela manhã…paspalho!!! Minha irmã respondeu: “Vou buscar o carro e paro só para ela entrar”
Ai, ele falou pra eu sentar em uma bancada de mármore gelada que só e aguardar, ok. Quando minha irmã chegou, ele mais do que rapidamente chamou-me e pensam que me auxiliou, imagine, se vira e rápido!

Que coisa feia! Pré conceito contra paciente, afinal o que importa se é SUS, particular, convênio ou a PQP!!! Eu teria que dar uma volta imensa para sair pelo ambulatório e com dificuldade para caminhar?!

Que o Hospital provavelmente terá tratamento mais voltado para convênios e particular ninguém duvida mais, tudo bem, é uma instituição pública e precisa de verba para manter a estrutura mas o que não pode ser aceito é que o tratamento seja modificado e o usuário público seja mal tratado, afinal não é um Hospital escola?! E o serviço está caindo e muito, o setor de limpeza terceirizada está um lixo, literalmente. Contratando empregados estrangeiros que não querem trabalhar, apenas receber o salário… falta de materiais (luvas, papel higiênico, lençóis, enfim…materiais básicos em uma unidade hospitalar) . Até o Setor de Nutrição, que sempre foi referência pela qualidade, também caiu e muito! nutricionistas mal preparadas, fazendo o serviço com má vontade e deixando a desejar não ouvindo e respeitando as necessidades dos pacientes!
Ah…e quero ver usarem pacientes de convênio e particular como cobaias para estudo!!! Feio, muito feio isso que vem acontecendo com muito mais frequência do que esperado, por parte de funcionários, principalmente do setor de segurança que provavelmente são terceirizados, muito mal preparados e nada capacitados!!!



Estou de olho e vou reclamar sempre!!! E já pensando nas próximas eleições e no candidato que poderei votar…

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

EVENTO DE 29/10/2013 - Estomias


Na tarde de terça feira 29/10/13, tivemos a brilhante participação da enfermeira estomaterapeuta Márcia, que nos brindou com uma excelente e esclarecedora palestra sobre Estomias, contando desde a história da evolução dos equipamentos, passando pela necessidade do cuidado e atenção com o paciente desde o pré-operatório e por fim ainda respondeu algumas perguntas, tentei resumir um pouco de que tivemos e pra quem não foi…perdeu, mas teremos outras e então, fiquem atentos e não percam!




A palavra estoma tem origem grega a partir do étimo stóma, que exprime a ideia de boca e tem como sinônimo estômato. Considera-se estomia toda e qualquer abertura cirúrgica de uma víscera oca ao meio externo.

Alguns pacientes, ao serem questionados sobre seu tratamento no cotidiano assistencial, mostram dificuldade em compreender a cirurgia realizada e suas consequências. O déficit de conhecimento se expressa quando estes pacientes observam em seu abdome uma parte do intestino exteriorizada, mostrando dificuldade em aceitar sua nova condição. Portanto, fica clara a necessidade de se estabelecer um canal de comunicação e empatia com o paciente no pré-operatório, considerando as alterações físicas e emocionais consequentes à cirurgia. A avaliação pré-operatória de uma cirurgia geradora de estoma é imprescindível para que se alcance uma reabilitação eficiente voltada para o autocuidado.

No cuidado aos pacientes portadores de ostomias intestinais, observa-se, no período pós-operatório, a ocorrência de dificuldades em aceitar a nova condição de ostomizado, e o deficit de conhecimentos sobre o cuidado com o estoma (autocuidado). A partir de tais observações, surge a necessidade da consulta de enfermagem no pré-operatório de ostomias, no sentido de: possibilitar ao paciente melhor aceitação da ostomia e do seu tratamento. Orientá-lo sobre o procedimento a ser realizado; estimular o autocuidado e prevenir complicações no local do estoma.

A fase pré-operatória é uma etapa muito importante, pois o paciente se encontra abalado pelas informações acerca de sua doença, da intervenção cirúrgica e da construção de um estoma. Acrescente-se ainda que a assistência ao paciente candidato à confecção de estoma.

MÉTODO PARA MARCAR O LOCAL DA INSERÇÃO DO ESTOMA

• Verificar o tipo de estoma a ser realizado: este fator possibilita saber o segmento do intestino a ser exteriorizado para determinar o quadrante abdominal onde será localizado o estoma;
• Localizar o músculo reto abdominal;
• Escolher o local do estoma conforme os seguintes requisitos: abaixo da margem costal; planejar o local da incisão; distanciar quando possível de antigas cicatrizes, pregas cutâneas, linha da cintura, crista ilíaca e cicatriz umbilical;
• Marcar claramente o local com uma caneta dermográfica;
• Quando em dúvida - marcar duas localizações;
• Solicitar ao paciente que se sente, levante e deite para observar o local demarcado nas diferentes posições;
• Atentar para atividades no trabalho, lazer e prática de esportes;
• Verificar a margem de fixação dos dispositivos em relação ao local demarcado.

EVOLUÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS NA CONFECÇÃO DAS BOLSAS DE ESTOMIA      

As bolsas coletoras são instrumento essencial para os portadores de Ostomia. A qualidade e a praticidade do produto precisam fundamentais para dar segurança e conforto ao usuário.
Ao logo do tempo, as bolsas coletoras foram se aprimorando. Antigamente, a parte adesiva das bolsas era formulada com uma resina natural chamada "Karaya". Essa resina, além de ter um alto custo, não possuía tanta adesivagem quanto a resina sintética que é utilizada hoje nas bolsas.
Existem no mercado diversos tipos de bolsas coletoras. As variações são de acordo com as diferentes necessidades (colostomia, ileostomia e urostomia) e dimensões dos estomas.

Existem as bolsas de uma peça só, onde a placa e a bolsa coletora estão dispostas em uma só peça. A duração destas peças é em média de até três dias.

Já as bolsas de duas peças, a placa e a bolsa são separadas. Nesse modelo, o paciente fixa a placa no abdômen e depois encaixa o coletor plástico. Essa disposição facilita as lavagens internas da bolsa, que podem ser feitas desencaixando o coletor plástico da placa.

Por ser um material importado, o custo ainda é muito elevado e por esta razão, o Ministério da Saúde estabelece Diretrizes Nacionais para a Atenção à Saúde das Pessoas Estomizadas no âmbito do SUS, nas três esferas da gestão (federal, estadual e municipal). Entre as diretrizes está a oferta de bolsas, adulto e pediátrico.

E também a Portaria nº 793 do ministério, que institui a Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito do SUS e incluiu a estomia.
Assistência especializada e interdisciplinar às pessoas com estoma - que é a abertura realizada para colocação da bolsa -, objetivando sua reabilitação, com ênfase na orientação para o autocuidado e prevenção de complicações no local onde foi realizado o procedimento.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS publicou no Diário Oficial, no último dia 19 de abril, a Resolução Normativa RN no. 325 regulamentando a Lei b. 12.738/12, que tornou obrigatório o fornecimento de bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia, pelos planos privados de assistência à saúde.