“Um velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse a mão
cheia de sal em um copo d’água e bebesse.
- Qual é o gosto? – perguntou o Mestre.
- Ruim. – disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia
de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o
sal no lago. Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água. Enquanto a água corria no queixo
do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! – disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? – perguntou o Mestre.
- Não, disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem, pegou em suas mãos
e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor
depende de onde a colocamos. Quando você sentir dor, a única coisa que você
deve fazer é aumentar o sentido de tudo o que está à sua volta. É dar mais
valor ao que você tem do que ao que você perdeu. Em outras palavras: é deixar
de ser copo para tornar-se lago. ”
Podemos até ser frágeis, vulneráveis por conta da doença
inflamatória e por isso mesmo temos duas alternativas: ou recusamos a nossa
natureza, negligenciamos o tratamento médico, nos estressamos e dessa forma,
nos tornamos imaginariamente “intocáveis, inquebráveis” ou aceitamos a
vulnerabilidade de nosso organismo humano e assim abrimos a porta à realidade para
sentir ao vivo e a cores a imensa energia de que é feito o mundo!
Até porque a vida não tem botão de pausa, porém certamente
tem o botão avançar.