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domingo, 27 de março de 2016

Feliz Páscoa Para Todos Nós!


Páscoa, tempo de renovação, de união para que sejamos menos Eu e mais Nós! Sendo assim, desejo que esse momento invada seu coração e o daqueles a quem ama irradiando luz para iluminar e fazer a vida brilhar com
 AMOR, SAÚDE e PAZ!
Afinal, em tempos difíceis como estamos vivendo, sempre bom dar um tempo nas discussões e pensar sim, em atitudes e palavras edificantes e nada melhor do que a inocência e ingenuidade das crianças.

Maria Rita 

quinta-feira, 24 de março de 2016

Vídeo da matéria sobre a falta de medicamentos, exibida no Jornal do SBT(17/02/2016)

Ainda hoje(24/03/16) fiquei sabendo que a medicação ainda não está normalizada, em alguns locais foram entregues quantidade inferior ao pedido e pacientes estão sendo avisados que a aplicação do Remicade (Infliximabe) será remarcada e também já está faltando o medicamento sulfassalazina. Oi,como assim? O que está acontecendo, hein?!



domingo, 20 de março de 2016

Dica de Filme: Divertida Mente

Que tal deixar de lado a “ditadura” diária de tentar a todo custo manter um sorriso no rosto quando em certas ocasiões a tristeza insiste em predominar.  

A tristeza assim como os demais sentimentos é importante para manter o nosso equilíbrio emocional, e fingir que está tudo bem quando não está de nada vai adiantar muita coisa e apenas irá adiar uma reação que mais cedo ou mais tarde vai ter que se manifestar de alguma forma.

Sendo assim, fica minha dica de filme: Divertida Mente (2015). A animação da Pixar se superou com esta história complexa passada dentro da cabeça da garotinha Riley, com os sentimentos nos papéis principais. O filme debate temas raros em histórias infantis, como os pesadelos e os amigos imaginários, ressaltando que todos os sentimentos são importantes para atingir o equilíbrio emocional - mesmo a tristeza e a raiva.

A melhor lição do filme em minha opinião, fica com a mensagem de que é necessário enfrentarmos as emoções como surgem, elaborando-as como possível. Evitar uma emoção é o caminho para desarmonia. É a tristeza, com toda rejeição possível, que nos mostra sua importância, não como oposto, mas como parte integrante. Quando é aceita, a Tristeza não assume o comando sozinha eternamente e, logo ela convida a alegria a fazer parte.
O importante é NOS respeitarmos e ouvirmos nossas emoções, sempre!


 Maria Rita 

“Você é o que come, ABSORVE E UTILIZA”.

Observando frequentemente os comentários sobre alimentação e sintomas que frequentemente apresentamos e as dúvidas se estão ou não relacionados à Doença Inflamatória Intestinal, resolvi estudar e postar minha opinião... Então vamos lá: 

Quase ninguém se interessa pelo que acontece com os alimentos que ingere depois que se levanta da mesa, porém, esse é um equívoco, pois apenas o fato de entender o processamento dos alimentos no organismo já seria muito útil para que tivéssemos um controle maior sobre nossa saúde. Além disso, é fantástico perceber como são perfeitos os mecanismos que garantem a digestão e a absorção de tudo o que comemos.
Ainda antes da primeira garfada, o cheiro e o aspecto agradáveis da comida enviam ao cérebro mensagens através dos neurotransmissores, que são as substâncias responsáveis pela transmissão dos nossos estímulos nervosos. Do cérebro, esses neurotransmissores são reencaminhados para o restante do organismo, despertando- o para a digestão. A boca então se enche de saliva, e o estômago começa a trabalhar, preparando o ambiente para a chegada do alimento.

Depois de muito bem trabalhado pelo suco gástrico contido no estômago, o “bolo” alimentar segue seu caminho rumo ao duodeno, a primeira das três partes do intestino delgado, Mas antes deverá passar por um anel muscular que regula a saída dos alimentos do estômago: à medida que vão entrando no duodeno, os pedaços de alimentos provocam uma gradual inibição da secreção gástrica, para que o estômago pare de trabalhar.

No duodeno, o bolo alimentar também encontra o ambiente preparado. Minutos antes, sua passagem pelo estômago acionou a liberação de hormônios ativadores do pâncreas e da vesícula biliar, cujas secreções serão jorradas dentro desta parte inicial do intestino para ajudá-lo a exercer sua principal função, que é finalizar a digestão dos alimentos.
No jejuno e no íleo, as partes finais do intestino, que acontece finalmente a absorção dos nutrientes contidos nos alimentos ingeridos e que após passarem pelo “controle de qualidade” executado pelo fígado seguirão pela corrente sanguínea para todo o corpo, sendo a água absorvida pelo intestino grosso (cólon).
Sendo assim, podemos perceber como é grande a responsabilidade do intestino sobre a nutrição de nosso organismo, pois é a ele que cabe promover as inúmeras trocas e processos químicos de absorção, facilitando a entrada de nutrientes valiosos, o nosso “combustível” e bloqueando a passagem dos elementos nocivos e mediando a entrada e saída de substância de “trânsito livre, como a água”.
É claro que tantas atribuições não poderiam ser exercidas por um tecido qualquer e por isso a mucosa intestinal é especialíssima. Aparentemente um simples tubo, mas por dentro ele forma muitas dobras na verdade, um entremeado de vilosidades, dobras minúsculas, semelhantes a pequeníssimos dedos e, microscopicamente, ele forma mais dobras, chamadas de micro vilosidades.

Ter um intestino saudável é essencial para qualidade de vida no que diz respeito não somente ao transito intestinal, mas também ao tipo de colonização de bactérias probióticas, ou seja, bactérias que trazem benefícios como produção de vitaminas do complexo B, vitamina K, enzimas digestivas, absorção de nutrientes, redução dos níveis de colesterol, desintoxicação hepática, maturação do sistema imunológico, entre outros inúmeros benefícios ao corpo. O descontrole desta flora intestinal, ou seja, a prevalência de bactérias patogênicas é chamada de disbiose intestinal.

E para nós, portadores de Doença Inflamatória Intestinal e que além do processo inflamatório convivemos também com o estresse diário, alguns podem não ter sido amamentados por um tempo mínimo de seis meses (visto que no leite materno estão as bactérias benéficas ao corpo e elas devem ser as primeiras bactérias a colonizar o intestino), a alimentação inadequada (rica em açúcares, fungos, gorduras, pobre em vitaminas, minerais, fibras, etc.), uma má mastigação e digestão, alteração do pH salivar, estomacal e intestinal e, principalmente o  uso de medicamentos, principalmente os antibióticos e muitas vezes o uso indiscriminado de probióticos e repositores da flora intestinal, inclusive nos períodos de atividade da doença.
Sendo assim temos um descontrole da flora intestinal muito mais facilmente e, com isso, uma permeabilidade intestinal que favorece a queda do sistema imunológico e aumento de inflamações e reações alergênicas tais como rinite, sinusite, artrite entre outros, além de:
- Infecções urinárias (de repetição);
- Micoses;
- Memória ruim (a inflamação favorece a morte dos neurônios)
- Estresse (pela falta das bactérias probióticas que são capazes de controlar os níveis de cortisol)
- Sintomas relacionados a falta de vitaminas e minerais (devida a grande inflamação, permeabilidade intestinal, ph impróprio,  muitos nutrientes tem sua absorção prejudicada, favorecendo ao aumento de ansiedade, queda de cabelo, unhas fracas, osteoporose, anemia, entre muitos outros).

Não basta apenas comer alimentos isentos de glúten, açúcares, gorduras e leites, lembre-se que a digestão é iniciada na boca e depende também de uma boa mastigação (o que não acontece na prática de muitos), um adequado ph salivar, estomacal e intestinal, e também de um intestino saudável, portanto nada de terrorismos nutricionais, tudo posso, mas nem tudo me convêm, e a melhor alternativa é uma orientação individualizada com um nutricionista que irá avaliar suas reais necessidades, inclusive de acordo com seu estilo de vida.

Mudar o hábito alimentar é positivo em qualquer distúrbio de saúde, que inclusive pode ser sim, um alerta do organismo de que algo não vai bem. Sendo assim, se melhorarmos a qualidade do nosso “combustível”, as chances de melhora da nossa “máquina” serão muito maiores. Comece aos poucos, com mudanças pontuais e sem radicalismos, como uma descoberta gradual dos prazeres de comer mais frutas, legumes e vegetais frescos.


 Maria Rita 

terça-feira, 8 de março de 2016

8 de março - Dia Internacional Da Mulher


Valente, meiga, impulsiva, mística, feminina, única, bela, indecisa, sensível, irritante, leal, quer sempre sapatos novos e ainda se acha gorda, mesmo quando está irresistível e linda. Incoerente? Não, apenas Mulher!


quinta-feira, 3 de março de 2016

Saliva do Aedes aegypti poderá tratar doenças inflamatórias intestinais

Matéria publicada em 02/03/16 no jornal Folha de São Paulo, o assunto é sobre as pesquisas sobre o uso da saliva do mosquito Aedes aegypti no controle da imunidade e para nós, no controle da doença inflamatória intestinal.
Segredos guardados na glândula salivar do mosquito, contradizendo os noticiários, têm chave para promover saúde.
Muito além dos vírus da dengue, chikungunya e a temida zika, cientistas encontram na saliva do mosquito Aedes aegypti substâncias capazes de controlar a imunidade do hospedeiro (por enquanto, animais de laboratório). Os últimos resultados de testes laboratoriais realizados durante pesquisa da Faculdadede Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP mostram que o extrato salivar do mosquito tem ação benéfica sobre doenças inflamatórias do intestino (DII), como a colite ulcerativa e a doença de Crohn.'


A equipe coordenada pela professora Cristina Ribeiro de Barros Cardoso comprovou eficácia desse extrato da glândula salivar do mosquito ao tratar camundongos com inflamação intestinal. A pesquisadora conta que usaram um dos modelos experimentais mais comuns, no qual camundongos desenvolvem colite ao ingerir uma droga chamada dextran sulfato de sódio, que foi adicionada à água. Com a inflamação instalada e os animais com os principais sintomas da doença (diarreia, perda de peso e sangramento intestinal), começaram o tratamento.

Logo no início, após três ou quatro dias recebendo o extrato de saliva do mosquito, todos apresentaram melhora clínica geral, “com diminuição dos sinais clínicos relacionados à gravidade da doença (diarreia, perda de peso e sangramento), além de melhora em diferentes aspectos estruturais do próprio intestino”, diz a professora Cristina.
O tratamento diminuiu ainda a “infiltração de células inflamatórias no local da doença [intestino] e também a produção de substâncias do sistema imune associadas à piora clínica, como as citocinas inflamatórias”. Essas citocinas (interferon gama, fator de necrose tumoral alfa, interleucina 1 beta e interleucina 5) são proteínas produzidas por diferentes tipos de células durante a inflamação e estão diretamente associadas ao desenvolvimento da colite ulcerativa e da doença de Crohn.
Apesar de insistir que estudos mais aprofundados continuam e que não dá ainda para falar em terapêutica imediata para humanos, os pesquisadores estão otimistas. Além de todas essas respostas positivas, chamou a atenção o fato de o extrato de saliva não ter sido, a princípio, tóxico para as células da imunidade. Mesmo assim, Cristina garante que são necessários testes pré-clínicos específicos para confirmar que “o extrato salivar do mosquito ou algumas de suas moléculas imunomoduladoras possam ser usadas com segurança em seres humanos”.
Moléculas que controlam o sistema imune
Entender como os cientistas se interessaram pela saliva do Aedes aegypti não é difícil, haja vista as epidemias das doenças que o mosquito transmite. E, ainda, porque é na glândula salivar da fêmea desse inseto hematófago (seres que se alimentam de sangue) que os vírus se alojam.
Só a fêmea do Aedes transmite a doença, pois é ela quem pica. Essa fêmea precisa de sangue para amadurecer seus ovos e se reproduzir. Na busca desse importante alimento, a fêmea vence algumas barreiras que começam pelo transpassar a pele e vão até o controle da hemostasia (mecanismos que regulam a fluidez do sangue) e da imunidade dos hospedeiros humanos que tentam, em princípio, impedir a alimentação do mosquito.

Em consequência dos milhões de anos de coevolução com esses hospedeiros, os mosquitos desenvolveram um coquetel salivar com um arsenal de moléculas que possui efeitos farmacológicos de extrema importância para se sobrepor às dificuldades encontradas ao picar os humanos para se alimentar.
É justamente nessas armas da saliva do mosquito que os pesquisadores vêm descobrindo promissoras alternativas terapêuticas para doenças de fundo imunológico ou inflamatório, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn. De fato, estudos recentes sugerem que componentes da saliva do Aedes possuem efeitos diretos sobre a imunidade, sendo capazes de regular as inflamações e as células envolvidas neste processo.
Pelas pesquisas da equipe de Cristina, substâncias da saliva da fêmea do Aedes, com função de controle imunológico, poderiam garantir futura terapia para doenças inflamatórias do intestino. E colegas da pesquisadora, como o professor Anderson de Sá Nunes, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP de São Paulo, têm estudado o efeito do extrato salivar em modelos de outras doenças inflamatórias ou autoimunes, como a esclerose múltipla e o diabetes.
 Parceiros de diferentes áreas
 “O desenvolvimento de um projeto como esse necessita, além de apoio financeiro, da participação e colaboração de pesquisadores com notoriedade científica de diferentes áreas”, adianta Cristina sobre o andamento dos estudos. O extrato de glândula salivar do Aedes aegypti, por exemplo, “foi obtido através do professor Nunes, do ICB, que investiga os componentes moleculares da saliva destes insetos”.
Já os mosquitos são criados em condições controladas no Biotério de Insetos do Departamento de Parasitologia do ICB, sob coordenação da professora Margareth de Lara Capurro Guimarães. Em resumo, conta Cristina, as glândulas salivares do mosquito, contendo o extrato, “são dissecadas e removidas por pessoal técnico altamente treinado” no ICB.
Além dos pesquisadores do ICB, os estudos da FCFRP contam com parceria dos professores Javier Emílio Lazo Chica, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, e o Dr. Giorgio Trinchieri, do National Institutes of Health, NIH, dos Estados Unidos.
Os últimos resultados foram publicados em artigo na revista International Immunopharmacology de maio do ano passado. As informações do artigo são também parte da tese de doutorado de Helioswilton Sales de Campos (na foto com a profa Cristina), orientado pela professora Cristina, e apresentada à FCFRP em 2015.
Doenças inflamatórias do intestino
Podem acometer diferentes regiões do trato gastrointestinal (da boca ao ânus, no caso da D. Crohn) com gravidade variável. As duas principais são: Retocolite Ulcerativa e a Doença de Crohn.
Explica a professora Cristina que ainda não se sabe exatamente a causa principal dessas doenças, “mas podemos dizer que se desenvolvem devido à combinação de diversos fatores como: alterações genéticas, de imunidade e de micro-organismos normalmente presentes no intestino, como as bactérias (normalmente, as bactérias que vivem em nosso intestino são benéficas à saúde, mas no caso das DII, há um desequilíbrio entre bactérias “boas” e “ruins” no trato intestinal)”.

Embora não sejam causas diretas das DII, fatores ambientais como estilo de vida, estresse e obesidade também podem interferir no desenvolvimento dessas doenças. Resumindo, “são doenças nas quais observa-se reações exageradas do sistema imune contra o próprio intestino (ou contra as bactérias lá presentes), o que pode levar à ampla destruição deste órgão, que fica em estado permanente de inflamação (existem várias outras doenças com características semelhantes nas quais o sistema imunológico ataca alguma parte do corpo, como artrite reumatoide, lúpus, diabetes tipo 1, esclerose múltipla).

Os pacientes com DII têm qualidade de vida muito ruim, apresentando fortes dores abdominais, diarreias, sangramentos intestinais constantes, perda de peso entre outros sintomas e pode haver maior predisposição ao câncer cólon-retal. Muitas vezes, os tratamentos disponíveis não são eficazes e muitos necessitam passar por cirurgias que removem boa parte do intestino, o que complica ainda mais o dia a dia desses pacientes.
No Brasil, ainda são poucos os dados referentes a essas doenças; no entanto, há uma preocupação cada vez maior da comunidade médica e científica sobre a presença dessas enfermidades em nosso meio. Além disso, os custos dos tratamentos atuais dos pacientes com Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn são altos, o que sobrecarrega o sistema de saúde.

Por Rita Stella, de Ribeirão Preto

Notícia boa, não é? Mas ainda está em fase de estudos e por isso nada de fazer criadouros em casa, por enquanto o que sabemos é que o danado do mosquito aedes aegypti é transmissor do vírus da dengue, da zika e da chikungunya!!!
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Fontes:

Maria Rita