Tenho passado por grandes transformações dentro de mim que não me deixam mais ser quem eu era. Elas vieram com tudo e tiraram de mim certas coisas que eu não gostaria de perder, embora fossem até prejudiciais. Características que me impediriam de ver o mundo nu, em sua crueza, beleza e frieza.
Como eu ainda queria ter os olhos da garota simples, que buscava coisas simples e que facilmente chorava que facilmente sonhava. Que não tinha medo de expor emoções por mais que elas lhe pudessem ser vulneráveis. Como eu queria não ter que me decepcionar com as pessoas e nem decepcioná-las sabendo dizer a verdade sem medo e com menos medo ainda de pedir desculpa, de pedir perdão.
Mais do que tudo eu queria me despir da vaidade desta vida de ganância de ser e estar. De ser a melhor, de estar com os melhores. Quero aprender a me gabar por saber falar como a melhor companhia que alguém pode ter e ser feliz quando o que DEUS quiser for diferente do que eu penso da felicidade.
Quero abandonar preconceitos e aceitar que, na essência, aquele que é diferente deve ser exatamente o como é, tanto quanto eu. E o que eu não puder, deixar pra lá e, um dia, quem sabe ao olhar o mar, perceber o que eu no fundo já sabia!