Estava eu pensando:
registro essa reclamação ou não? E conclui que sim, é necessário pois se todos
nós reclamarmos, questionarmos e, principalmente não aceitarmos tudo de cabeça
baixa, quem sabe conseguiremos iniciar uma mudança e resolvi aderir a onda dos
movimentos: Preconceito contra os negros, contra idosos, contra crianças e
adolescentes e etc e tal…então lá vou eu:
Faz tempo que venho
observando o tratamento que é dado aos pacientes do SUS, no Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de Medicina de São Paulo/
FMUSP e sinceramente, Ô falta de capacitação, de orientação!!!
Primeiro: Desde o tempo
que passei por estágio no setor de nutrição que percebia e na época até achava engraçado, quando entrávamos pela entrada principal do Instituto Central com o
avental, famoso “jaleco branco”, nem precisávamos apresentar o crachá de identificação
e ainda era cumprimentada com o “Bom dia, doutora”, mas…se estivesse sem o
avental…ah, cadê o crachá??!!! E não autorizavam a entrada!
Ok, passados anos e
continua na mesma: Se você for bem arrumada, óculos escuros e chegar lá, ainda
te perguntam se você vai visitar alguém no particular e autorizam a entrada,
como sei que aconteceu com uma conhecida, ok ninguém estava com má intenção,
porém…se for assim, qualquer bandido poderá entrar desde que bem arrumado…
Ah, tem também a
questão da acessibilidade: Tudo bem, prédio antigo, mas…a entrada não tem rampa
e pude presenciar o “segurança” colocando uma rampa de madeira improvisada para
que uma criança cadeirante pudesse sair do prédio (será que ela era SUS ou
particular?...nem preciso perguntar, visto a tratamento que teve!). Ai, já
fiquei imaginando: e se um aluno de medicina, enfermagem, enfim for cadeirante e
tiver que entrar no Instituto Central? Terá que dar uma volta imensa e entrar
pelo ambulatório?
Mas... o real motivo de
todo esse desabafo e revolta foi:
Quando da minha alta,
desci até o 5 andar para sair pelo Central pois ficaria na portaria esperando o
carro, para não ter que caminhar, até porque estava com dreno, bolsa de estomia
e caminhando bem devagar. Para minha surpresa, quando minha irmã foi avisar o “Segurança” ele solta a pérola: “Mas é SUS ou particular? Porque SUS sai pelo ambulatório”…
Ah! Eu olhei feio pra ele e perguntei: “Ué, tem alguma diferença, é?! Ai ele
sem graça disse: “mas é rápido?” Pensei: Não, vou ficar aqui até amanhã pela
manhã…paspalho!!! Minha irmã respondeu: “Vou buscar o carro e paro só para ela
entrar”
Ai, ele falou pra eu
sentar em uma bancada de mármore gelada que só e aguardar, ok. Quando minha
irmã chegou, ele mais do que rapidamente chamou-me e pensam que me auxiliou,
imagine, se vira e rápido!
Que coisa feia! Pré
conceito contra paciente, afinal o que importa se é SUS, particular, convênio
ou a PQP!!! Eu teria que dar uma volta imensa para sair pelo ambulatório e com dificuldade para caminhar?!
Que o Hospital
provavelmente terá tratamento mais voltado para convênios e particular ninguém
duvida mais, tudo bem, é uma instituição pública e precisa de verba para manter
a estrutura mas o que não pode ser aceito é que o tratamento seja modificado e
o usuário público seja mal tratado, afinal não é um Hospital escola?! E o serviço
está caindo e muito, o setor de limpeza terceirizada está um lixo,
literalmente. Contratando empregados estrangeiros que não querem trabalhar,
apenas receber o salário… falta de materiais (luvas, papel higiênico, lençóis,
enfim…materiais básicos em uma unidade hospitalar) . Até o Setor de Nutrição, que sempre foi referência pela qualidade, também caiu e muito! nutricionistas mal preparadas, fazendo o serviço com má vontade e deixando a desejar não ouvindo e respeitando as necessidades dos pacientes!
Ah…e quero ver usarem
pacientes de convênio e particular como cobaias para estudo!!! Feio, muito feio
isso que vem acontecendo com muito mais frequência do que esperado, por parte
de funcionários, principalmente do setor de segurança que provavelmente são
terceirizados, muito mal preparados e nada capacitados!!!
Estou de olho e vou
reclamar sempre!!! E já pensando nas próximas eleições e no candidato que
poderei votar…
Rita, aplaudo e comungo com você, uma pena se tratando de um hospital com referencia internacional. Infelizmente o tratamento diferenciado tem inicio com os próprios médicos, eu mesma fui muito mal tratada, minha sorte e que sou bocuda, e o Doutore, nunca imaginou que eu iria fazer os questionamentos que fiz e as colocações com relação ao tratamento que dão aos pacientes. Estamos de olho!!!
ResponderExcluirExatamente! eu também já fui muito mal tratada por "doutores"e antes era bobinha e deixava passar, mas hoje não! Reclamo mesmo e eles sabem com quem estão lidando, faço questão de mostrar que sei os meus direitos e onde reclamar, percebo até que mudam o jeito de nos tratar, principalmente o pessoal da enfermagem que vive morrendo de preguiça!!! Hoje temos vários recursos( gravadores de voz, celulares que tiram fotos) Estamos de olho!!!
ExcluirSó pra lembrar:
ResponderExcluir1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento aconteça da forma adequada
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.