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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Nossa 27a. Reunião - 13/11/2012


E mais uma reunião foi feita,de forma improvisada conseguimos reunir alguns pacientes e acompanhantes...para nossa alegria!
Feita as apresentação de cada integrante, iniciamos com os informes: A palestra aberta  Mitos & Verdades Sobre a Ostomia que será realizada no dia 23/11 – às 14h e também comentamos sobre a palestra feita pelo Dr.Idblan em 07/11 no AME Barradas.
Após, ouvimos o Danilo e sua história com a ostomia, o que antes era um bicho de sete cabeças, tendo muito receio, hoje é encarado de forma natural e ele está muito bem, joga futebol, frequenta academia tem vida social normal, está noivo e é professor de artes lecionando para crianças e adolescentes. Comentou também que no pós operatório, estava muio debilitado, magro e necessitava ganhar peso, porém tinha medo de comer e hoje ao contrário,come de tudo, tendo até que controlar, já está em dieta para perder peso! Como ele disse: “Hoje eu posso me alimentar sem sentir dores, então não tenho mais medo”. Foi aí que a Thaís comparou sua situação, onde está com muitas dores, não conseguindo alimentar-se direito  e que é muito pior do que ter uma ostomia.
E com histórias de superação, medos, chegamos ao assunto: importância da relação médico x paciente.
“Existem muitos doutores mas, poucos médicos”- disse Danilo
Nossa amiga Letícia com seus olhos azuis iluminados comentou sobre sua consulta com um cardiologista que não foi lá muito educado! Imaginem, justo ela que é uma senhorinha tão querida e linda!
Mas, como você se comporta perante uma situação de arrogância por parte do profissional, seja ele médico, enfermeiro, ou qualquer  outro profissional da saúde?
“Você argumenta, exige seus direitos ou simplesmente se cala e abaixa a cabeça?” Questionou a psicóloga Zulmira.
Thais comentou uma passagem onde ela precisou tomar antibiótico prescrito por uma médica em um pronto Socorro e como não melhorou precisou voltar e não foi muito bem atendida, porém a reação dela foi reagir aos se sentir mal tratada e foi então ouvida e até com pedido de desculpas por parte da médica.E então? E se a Thaís ficasse calada? Sairia do hospital novamente sem maiores orientações?
“Como você dá o tom, encaminha uma relação, seja com o médico, com sua família e amigos. A maneira como você pede, exige, solicita e quer esse retorno?”- indagou a psicóloga Miriam.
Quando vemos um profissional nos tratando  com respeito e cuidado, até estranhamos, pois já nos acostumamos, mas não podemos ter essa postura de que uma formação seja baseada apenas no status e não no cuidado com o paciente. Existem exceções que deveriam ser a regra.
A medicina não foi feita para servir aos médicos e sim à sociedade. E a obrigação do profissional é tornar acessível à população o conhecimento que ele recebeu, porém o que vemos com frequência é que a maioria dos médicos ainda acredita que esta é uma visão equivocada, porque assim como a sociedade também ainda acreditamos que a medicina confere um status maior ao indivíduo, o qual se torna um Deus inatingível que merece todo nosso respeito, sim concordo no respeito e no diálogo franco nas relações médico x paciente e não na submissão!

As coisas não estão prontas. “Temos muito a que se fazer,nos fazer respeitar, conquistar nossos espaços, se impondo e não nos anulando, seja na vida familiar, no ambiente de trabalho, estudo e outros em nossa vida”- comentou a psicóloga Zulmira
“Para cada caso temos uma estratégia e cada pessoa é de um jeito” – disse nossa amiga Edna.
E nos dias atuais, ainda temos a tecnologia em nossas relações. O uso de celulares, computadores a e perda do contato físico, do olho no olho.
“Temos que ajustar muitas coisas na sociedade”- disse Zulmira, comentando sobre a importância do grupo, do coletivo, da responsabilidade pessoal de cada um de nós para não perdermos equipamentos e pessoas (psicólogos, nutricionistas, médicos) sem saber, pois não valorizamos e nem exigimos".
O amadurecimento do grupo quanto à mudança de local, o despertar da consciência individual para o compromisso do tratamento físico e mental com um conjunto, no qual um complementa o outro.
“É necessário termos consciência de como estão as relações e as instituições para podermos ter uma exata noção do que podemos fazer” – disse a psicóloga Zulmira

E dessa forma, terminamos nossa reunião com a missão de pensarmos a respeito de como nos comportamos perante ao outro, como nos fazemos respeitar e nossa amiga Edna nos brindou com o trecho de um livro:

“JUNTE-SE AOS QUE CANTAM, CONTAM HISTÓRIAS, DESFRUTAM A VIDA E TÊM ALEGRIA NOS OLHOS. PORQUE A ALEGRIA É CONTAGIOSA E SEMPRE CONSEGUE DESCOBRIR  UMA SOLUÇÃO ONDE A LÓGICA APENAS ENCONTROU UMA EXPLICAÇÃO PARA O ERRO.” (MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA -AUTOR: PAULO COELHO)

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