E mais uma reunião foi feita,de forma improvisada
conseguimos reunir alguns pacientes e acompanhantes...para nossa alegria!
Feita as apresentação de cada integrante, iniciamos com os
informes: A palestra aberta Mitos &
Verdades Sobre a Ostomia que será realizada no dia 23/11 – às 14h e também
comentamos sobre a palestra feita pelo Dr.Idblan em 07/11 no AME Barradas.
Após, ouvimos o Danilo e sua história com a ostomia, o que
antes era um bicho de sete cabeças, tendo muito receio, hoje é encarado de
forma natural e ele está muito bem, joga futebol, frequenta academia tem vida
social normal, está noivo e é professor de artes lecionando para crianças e adolescentes.
Comentou também que no pós operatório, estava muio debilitado, magro e necessitava
ganhar peso, porém tinha medo de comer e hoje ao contrário,come de tudo, tendo até
que controlar, já está em dieta para perder peso! Como ele disse: “Hoje eu posso
me alimentar sem sentir dores, então não tenho mais medo”. Foi aí que a Thaís
comparou sua situação, onde está com muitas dores, não conseguindo alimentar-se
direito e que é muito pior do que ter
uma ostomia.
E com histórias de superação, medos, chegamos ao assunto:
importância da relação médico x paciente.
“Existem muitos doutores mas, poucos médicos”- disse Danilo
Nossa amiga Letícia com seus olhos azuis iluminados comentou
sobre sua consulta com um cardiologista que não foi lá muito educado!
Imaginem, justo ela que é uma senhorinha tão querida e linda!
Mas, como você se
comporta perante uma situação de arrogância por parte do profissional, seja ele
médico, enfermeiro, ou qualquer outro
profissional da saúde?
“Você argumenta, exige seus direitos ou simplesmente se cala
e abaixa a cabeça?” Questionou a psicóloga Zulmira.
Thais comentou uma passagem onde ela precisou tomar antibiótico
prescrito por uma médica em um pronto Socorro e como não melhorou precisou
voltar e não foi muito bem atendida, porém a reação dela foi reagir aos se
sentir mal tratada e foi então ouvida e até com pedido de desculpas por parte da
médica.E então? E se a Thaís ficasse calada? Sairia do hospital novamente sem maiores
orientações?
“Como você dá o tom, encaminha uma relação, seja com o médico,
com sua família e amigos. A maneira como você pede, exige, solicita e quer esse
retorno?”- indagou a psicóloga Miriam.
Quando vemos um profissional nos tratando com respeito e cuidado, até estranhamos, pois
já nos acostumamos, mas não podemos ter essa postura de que uma formação seja baseada
apenas no status e não no cuidado com o paciente. Existem exceções que deveriam
ser a regra.
A medicina não foi feita para
servir aos médicos e sim à sociedade. E a obrigação do profissional é tornar
acessível à população o conhecimento que ele recebeu, porém o que vemos com
frequência é que a maioria dos médicos ainda acredita que esta é uma visão
equivocada, porque assim como a sociedade também ainda acreditamos que a
medicina confere um status maior ao indivíduo, o qual se torna um Deus
inatingível que merece todo nosso respeito, sim concordo no respeito e no
diálogo franco nas relações médico x paciente e não na submissão!
As coisas não estão prontas. “Temos muito a que se fazer,nos
fazer respeitar, conquistar nossos espaços, se impondo e não nos anulando, seja
na vida familiar, no ambiente de trabalho, estudo e outros em nossa vida”- comentou
a psicóloga Zulmira
“Para cada caso temos uma estratégia e cada pessoa é de um
jeito” – disse nossa amiga Edna.
E nos dias atuais, ainda temos a tecnologia em nossas
relações. O uso de celulares, computadores a e perda do contato físico, do olho
no olho.
“Temos que ajustar muitas coisas na sociedade”- disse
Zulmira, comentando sobre a importância do grupo, do coletivo, da responsabilidade
pessoal de cada um de nós para não perdermos equipamentos e pessoas (psicólogos, nutricionistas, médicos) sem saber, pois não valorizamos e nem
exigimos".
O amadurecimento do grupo quanto à mudança de local, o despertar
da consciência individual para o compromisso do tratamento físico e mental com
um conjunto, no qual um complementa o outro.
“É necessário termos consciência de como estão as relações e
as instituições para podermos ter uma exata noção do que podemos fazer” – disse
a psicóloga Zulmira
E dessa forma, terminamos nossa reunião com a missão de
pensarmos a respeito de como nos comportamos perante ao outro, como nos fazemos
respeitar e nossa amiga Edna nos brindou com o trecho de um livro:
“JUNTE-SE AOS QUE CANTAM, CONTAM HISTÓRIAS, DESFRUTAM A VIDA E TÊM
ALEGRIA NOS OLHOS. PORQUE A ALEGRIA É CONTAGIOSA E SEMPRE CONSEGUE
DESCOBRIR UMA SOLUÇÃO ONDE A LÓGICA
APENAS ENCONTROU UMA EXPLICAÇÃO PARA O ERRO.” (MANUSCRITO ENCONTRADO EM
ACCRA -AUTOR: PAULO COELHO)
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