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terça-feira, 1 de maio de 2012

DIA DO TRABALHADOR...SEM DOR!!!


Imaginem Zezinho, um cara simples, humilde, alegre e que adora trabalhar. Claro, com um nome desses tinha que adorar trabalho!
Mas, como todo ser humano, tinha seus problemas os quais se adequou da melhor maneira. Quando tinha um tempinho, saia com os amigos, ajudava quem precisava, conversava com os vizinhos, nunca ficava sem nada para fazer. Gostava de se vestir bem e era vaidoso.
Bem, voltemos ao Zezinho no Trabalho. E quanto trabalho, hein Zezinho! Mas ele nem liga pra tanto trabalho. Como já disse, até gosta de ter muita coisa pra fazer. Pra ele é um hobby e nem as palavras arrogantes que o chefe fala para ele, nem o veneno mortal que a ambiciosa novata destila, as blasfêmias que um incrédulo profanou…nada o atinge! "Como é pacato esse Zezinho"!
E Zezinho ia para o trabalho. Andava pra lá e pra cá… e fazia uma coisa, e outra e mais outra e adorava trabalhar. E assim Zezinho fazia, todos os dias o dia todo. Durante anos foi um trabalhador exemplar. Nunca se atrasava, trabalhava sorrindo, falava com todo mundo, e era impecável em seu trabalho.
Mas, duro é viver! E a saúde do Zezinho desandou. E ele precisou faltar alguns dias no trabalho para se cuidar. E ficava desesperado sem saber o que fazer com o absurdo de caro, aqueles remédios que necessitava. E então, enfrentou filas quilométricas nos hospitais…e chegou atrasado ao trabalho! Foi aí então que o  Zezinho foi convidado a se apresentar ao seu superior. Chegando lá, foi informado que não pertencia mais ao seleto grupo de trabalhadores da empresa.
Não adianta, Zezinho. Não adianta desesperar e chorar. Eles não têm coração mesmo e não entendem o que acontece com você!
E não importa seus anos de assiduidade, de trabalho competente e sua alegria contagiante. Não adianta Zezinho, não adianta se agora você ficou doente e precisa de cuidados.“Precisamos de alguém que cumpra os horários assiduamente, e você já não pode preencher todos os requisitos”. 
E a empresa que Zezinho trabalhava ficou sem o Zezinho.
E o que fazer quando temos nossa saúde instável, hora bem, hora mal? Podemos trabalhar? Sim, claro que sim, mas em certos casos temos que contar com a boa vontade dos colegas e do superior que nem sempre é o “carrasco”, afinal ele também não sabe e nem conhece o que é uma doença inflamatória intestinal e seus sintomas e é  por isso que eu digo: “Não somos preguiçosos ou temos má vontade. Ninguém gosta ou quer ficar “encostado” no governo, mas então me diga: Como fazer para se manter”???  Zezinho aprendeu isso da pior forma. Agora era um homem sem sorriso, sem esperança, sem emprego… E, o pior de tudo, sem saúde!
Por essa e outras razões, é de grande importância falarmos à respeito, divulgarmos o que é a Doença Inflamtória (RCUI/Crohn), os deveres e direitos, sim temos direitos dos trabalhadores e, portadores de DII.
Aguardo comentários, sugestões e reclamações também! Quero saber como foi e como é sua experiência neste sentido…trabalhístico…rs




3 comentários:

  1. Esse medo, da doença atrapalhar a vida profissional... é angustiante. Nem todos os dias você está bem, nem todos os dias você está em condições ou quer sair de casa... tem dias que você só quer melhorar, que a dor passe, que o mal estar vá embora...
    Mas a luta é diária, e cada dia que vencemos, e conseguimos trabalhar... puxa, foi um dia vencido!

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  2. Rita amei seu blog, sua iniciativa. Que bom que te conheci, que bom poder ter aces a essas informaçõoes e saber que outras pessoas tbem ja passaram por situaçõesm constrangimentos, dor como vc. Tbem tive um problema serio de saúde, não este específico do seu blog que eu ainda estou conhecendo mas passei por situações iguais aos do Zequinha e como é triste vc a vezes achar que as pessoas te encaram como se vc fosse um alien, como se vc fosse um funcionario que gosta de fazer corpo mole... Bem acho que ó quem vivencia essas coisas pode entender o que sentimos, o que sofremos. Parabéns por conceder as pessoas um espaço para falarem, para ser ouvidas e quem sabe compreendidas. Bjo

    Liliani

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  3. Obrigada Liliani! é apenas uma sementinha que vai germinar e difundi informações, para que ninguém sinta-se menor ou pior do que ninguém. Somos todos iguais!!!

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