Imaginem Zezinho, um
cara simples, humilde, alegre e que adora trabalhar. Claro, com um nome desses
tinha que adorar trabalho!
Mas, como todo ser
humano, tinha seus problemas os quais se
adequou da melhor maneira. Quando tinha um tempinho, saia com os amigos, ajudava
quem precisava, conversava com os vizinhos, nunca ficava sem nada para fazer.
Gostava de se vestir bem e era vaidoso.
Bem, voltemos ao
Zezinho no Trabalho. E quanto trabalho, hein Zezinho! Mas ele nem liga pra
tanto trabalho. Como já disse, até gosta de ter muita coisa pra fazer. Pra ele
é um hobby e nem as palavras arrogantes que o chefe fala para ele, nem o veneno
mortal que a ambiciosa novata destila, as blasfêmias que um incrédulo profanou…nada
o atinge! "Como é pacato esse Zezinho"!
E Zezinho ia para o
trabalho. Andava pra lá e pra cá… e fazia uma coisa, e outra e mais outra e
adorava trabalhar. E assim Zezinho fazia, todos os dias o dia todo. Durante anos
foi um trabalhador exemplar. Nunca se atrasava, trabalhava sorrindo, falava com
todo mundo, e era impecável em seu trabalho.
Mas, duro é viver! E a
saúde do Zezinho desandou. E ele precisou faltar alguns dias no trabalho para se cuidar. E ficava desesperado sem saber o que fazer com o absurdo de
caro, aqueles remédios que necessitava. E então, enfrentou filas quilométricas
nos hospitais…e chegou atrasado ao trabalho! Foi aí então que o Zezinho foi convidado a se apresentar ao seu
superior. Chegando lá, foi informado que não pertencia mais ao seleto grupo de
trabalhadores da empresa.
Não adianta, Zezinho.
Não adianta desesperar e chorar. Eles
não têm coração mesmo e não entendem o que acontece com você!
E não importa seus anos de assiduidade, de
trabalho competente e sua alegria contagiante. Não adianta Zezinho, não adianta
se agora você ficou doente e precisa de
cuidados.“Precisamos de alguém que cumpra os horários assiduamente, e você já
não pode preencher todos os requisitos”.
E a empresa que Zezinho trabalhava
ficou sem o Zezinho.
E o que fazer quando
temos nossa saúde instável, hora bem, hora mal? Podemos trabalhar? Sim, claro
que sim, mas em certos casos temos que contar com a boa vontade dos colegas e
do superior que nem sempre é o “carrasco”, afinal ele também não sabe e nem
conhece o que é uma doença inflamatória intestinal e seus sintomas e é por isso que eu digo: “Não somos preguiçosos
ou temos má vontade. Ninguém gosta ou quer ficar “encostado” no governo, mas
então me diga: Como fazer para se manter”??? Zezinho aprendeu isso da pior forma. Agora era
um homem sem sorriso, sem esperança, sem emprego… E, o pior de tudo, sem saúde!
Por essa e outras
razões, é de grande importância falarmos à respeito, divulgarmos o que é a
Doença Inflamtória (RCUI/Crohn), os deveres e direitos, sim temos direitos dos
trabalhadores e, portadores de DII.
Aguardo comentários,
sugestões e reclamações também! Quero saber como foi e como é sua experiência neste
sentido…trabalhístico…rs
Esse medo, da doença atrapalhar a vida profissional... é angustiante. Nem todos os dias você está bem, nem todos os dias você está em condições ou quer sair de casa... tem dias que você só quer melhorar, que a dor passe, que o mal estar vá embora...
ResponderExcluirMas a luta é diária, e cada dia que vencemos, e conseguimos trabalhar... puxa, foi um dia vencido!
Rita amei seu blog, sua iniciativa. Que bom que te conheci, que bom poder ter aces a essas informaçõoes e saber que outras pessoas tbem ja passaram por situaçõesm constrangimentos, dor como vc. Tbem tive um problema serio de saúde, não este específico do seu blog que eu ainda estou conhecendo mas passei por situações iguais aos do Zequinha e como é triste vc a vezes achar que as pessoas te encaram como se vc fosse um alien, como se vc fosse um funcionario que gosta de fazer corpo mole... Bem acho que ó quem vivencia essas coisas pode entender o que sentimos, o que sofremos. Parabéns por conceder as pessoas um espaço para falarem, para ser ouvidas e quem sabe compreendidas. Bjo
ResponderExcluirLiliani
Obrigada Liliani! é apenas uma sementinha que vai germinar e difundi informações, para que ninguém sinta-se menor ou pior do que ninguém. Somos todos iguais!!!
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