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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Aceite a doença, dê o primeiro passo



A vida não pode parar. E o diagnóstico da doença de Crohn não pode alterar seu ritmo de vida. A adaptação é, na maioria dos casos, necessária, mas não significa um fim, mas sim, um novo começo. Perceba que ouvindo algumas dicas de quem entende do assunto, é possível manter a sua vida social.

Participar de grupos de ajuda e ter contato com outros pacientes também podem ser um alento para quem acabou de descobrir que tem a doença e ainda não sabe lidar muito bem com a situação. “Frequentar grupos de ajuda é uma boa solução, como os da ABCD – Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn. “No nosso ambulatório, às vezes, peço para pacientes mais antigos para ajudar aqueles que ainda não aceitam muito a doença e se revoltam com as consequências, como a ostomia. Ouvir outro paciente falar que vivenciou aquela situação ajuda muito”, conta a Dra. Andréa Vieira, doutora em gastroenterologia e professora da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo.

Apesar desse apoio e troca de informações entre pacientes, a avaliação com psicólogos e nutricionistas também se torna mandatória diante de doenças crônicas. Explicar a colegas, amigos e companheiros como devem agir diante da doença, também pode requerer alguns cuidados. É sempre bom conversar com essa equipe de médicos e expor seus medos, para que eles auxiliem na sua comunicação com outras pessoas. Em muitos casos, o próprio médico pode explicar para as pessoas mais próximas as adaptações necessárias.

Se ainda assim você estiver com receio ao sair de casa e continuar suas atividades sociais, há meios para não se fechar sozinho em casa. Primeiro, sua moradia deve ser confortável para seu novo estado. Se sair com os amigos não é uma opção que lhe deixe confortável, crie um ambiente convidativo na sua casa. Ofereça almoços, jantares e reuniões casuais. Apesar das restrições alimentares, é possível se alimentar com prazer e em boa companhia. “É importante o paciente buscar outras formas de diversão sem que fique exposto ao desconforto. Nesta situações, os psicólogos que lidam com esta parte são fundamentais”, comenta a Dra. Andréa.

Andrea Vieira – CRM SP 97843

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