Cidadania é a expressão concreta do exercício da democracia. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. Expressa a igualdade dos indivíduos perante a lei, pertencendo a uma sociedade organizada. É a qualidade do cidadão de poder exercer o conjunto de direitos e liberdades políticas, socio-econômicas de seu país, estando sujeito a deveres que lhe são impostos. Relaciona-se, portanto, com a participação consciente e responsável do indivíduo na sociedade, zelando para que seus direitos não sejam violados.
O que você entende quando alguém fala em exercer a
cidadania? Para muitos, essa expressão tão utilizada, está ligada à
participação em programas sociais, ao engajamento à causas que lutam por
direitos que não estão sendo respeitados, a processos burocráticos, etc. De
modo geral, a idéia é a de que o exercício da cidadania dá trabalho.
Acordar, tomar café, ir para o trabalho, cuidar das
crianças, estudar, encontrar os amigos, namorar, comparecer a eventos sociais,
cuidar do corpo, e outras tantas atividades que compõem o dia a dia parece mais
que bastante nesses tempos corridos.
É mais fácil se queixar dos políticos, culpar a má qualidade
dos serviços prestados à população e seguir encapsulado na própria
individualidade. Aceita-se o inaceitável porque denunciar, exigir seus direitos
demanda uma atitude. Com isso, vai-se deixando pra lá o que não faz sentido deixar
passar.
Hoje, vi um motorista de ônibus arrancar o veículo antes da
passageira acabar de descer o último degrau. Faltou muito pouco para um grave
acidente. Quantas vezes você observou a cidade cheia de lixo, flanelinhas
atacando carros, idosos em luta com calçadas esburacadas, etc? Preços abusivos,
condutas desrespeitosas, práticas ilícitas. Todas essas coisas fazem parte de
um grande pacote alimentado pela indiferença com que nós, cidadãos, terminamos
por tolerar o intolerável.
Exercer a cidadania pode ser tomar uma atitude para
denunciar, exigir, cobrar. Pode ser participar de uma associação de moradores,
procurar órgãos de proteção ambiental, às crianças, aos idosos, aos animais.
Qualquer forma de participação: individual, coletiva, organizada ou ocasional.
O fundamental é não tomar o inaceitável como natural.
Por: Jael Coaracy
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