Iniciamos com a apresentação da psicóloga Zulmira, seguido pelos informes
transmitidos por Rita e a psicóloga Miriam, após, abrimos para as apresentações, e seguimos com os comentários e temas para discussão.
“Tirando o que está ruim, o resto tá bom!”- Thiago Bianco
Nossa amiga Nidaluce Oliveira iniciou falando de como e quando
descobriu o Crohn, que ouvia as pessoas
comentando e se lamentando sobre o tratamento, que haviam passado por várias cirurgias, das
dores, e acabava ficando abatida e depois teve uma piora no quadro, sofrendo
também com dores, diarréia e fraqueza, porém hoje após a cirurgia, é ostomizada
e está feliz e bem. É ativa e não gosta de ficar parada. Com esse comentário
notamos como é o impacto da notícia “o mundo acaba” e como disse a psicóloga
Zulmira: “temos até medo de falar, compartilhar e nos damos a sentença. Isto
tudo faz parte da fragilidade humana, como aceitar? Ficamos vulneráveis”. E
para os homens? Que são fortes, são os provedores e não podem chorar?
“É, mas quando aperta, não dá para segurar, aí choramos
mesmo”- disse Elias Souza
A fragilidade faz parte do ser humano. “Só seremos fortes
quando nos percebemos frágeis” – psicóloga Zulmira.
Seguimos com a Ana Cristina comentando sobre suas angústias na vida e no trabalho e como conseguiu reverter a situação: “Tenho diarreia, virose, enxaqueca como qualquer outra pessoa. Só sei que nada sei, e estou sempre correndo contra o tempo e com a dor não tem negociação, mas se nos entregarmos será pior. A dor passa, uma hora passa”
Então nossa amiga Patrícia Rocha disse que quando estava com
muitas dores, sentindo-se muito mau, dizia para si mesma:”Não estou com dor e
aí me tornava forte para suportar e a dor passava”
Mas, e quando o outro quer te ajudar e acaba piorando a
situação? Vemos muito isso com os pais, em especial as mães que na ansiedade de
nos ver bem, acabam pecado pelo excesso. E não adianta reclamar, afinal se não
tivermos essa preocupação ficaremos decepcionados também! Que situação, hein?
Uma hora queremos, outra hora não, queremos apenas ficar quietos, recolhidos em
nosso cantinho, somos chatos? Sim, mas qual ser humano não é? Temos nossas
individualidades, nossas manias e a culpa é da doença inflamatória? Será? Hum, que tal pensar no assunto…
E para isso temos que ter uma responsabilidade, tomarmos uma
posição perante o outro. Pois quanto mais responsabilidade e autonomia
tivermos na vida e em qualquer situação nos mostraremos mais fortes e independentes.
Afinal, se quando você está bem sua mãe, pai, esposa, marido, pode cuidar de você porque
não cuidar quando você não está bem? Cadê sua responsabilidade quanto ao seu
trabalho, estudo, sua vida, seu tratamento, seus medicamentos?
E então? Qual é a sua maneira de ser, de viver? Com ou sem
Crohn?
Rita como sempre impecável, consegue extrair o essencial das nossas conversas. Parabéns
ResponderExcluirMiriam estou aprendendo muito com todos e o que posto é apenas o reflexo deste aprendizado. Beijo e até amanhã
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