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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

18a. Reunião – 11/9/2012


Iniciamos com a apresentação da psicóloga Zulmira, seguido pelos informes transmitidos por Rita e a psicóloga Miriam, após, abrimos para as apresentações, e seguimos com os comentários e temas para discussão.
“Tirando o que está ruim, o resto tá bom!”- Thiago Bianco

Nossa amiga Nidaluce Oliveira iniciou falando de como e quando descobriu o Crohn,  que ouvia as pessoas comentando e se lamentando sobre o tratamento, que haviam passado por várias cirurgias, das dores, e acabava ficando abatida e depois teve uma piora no quadro, sofrendo também com dores, diarréia e fraqueza, porém hoje após a cirurgia, é ostomizada e está feliz e bem. É ativa e não gosta de ficar parada. Com esse comentário notamos como é o impacto da notícia “o mundo acaba” e como disse a psicóloga Zulmira: “temos até medo de falar, compartilhar e nos damos a sentença. Isto tudo faz parte da fragilidade humana, como aceitar? Ficamos vulneráveis”. E para os homens? Que são fortes, são os provedores e não podem chorar?
“É, mas quando aperta, não dá para segurar, aí choramos mesmo”- disse Elias Souza

A fragilidade faz parte do ser humano. “Só seremos fortes quando nos percebemos frágeis” – psicóloga Zulmira.


Seguimos com a Ana Cristina comentando sobre suas angústias na vida e no trabalho e como conseguiu reverter a situação: “Tenho diarreia, virose, enxaqueca como qualquer outra pessoa. Só sei que nada sei, e estou sempre correndo contra o tempo e com a dor não tem negociação, mas se nos entregarmos será pior. A dor passa, uma hora passa”

Então nossa amiga Patrícia Rocha disse que quando estava com muitas dores, sentindo-se muito mau, dizia para si mesma:”Não estou com dor e aí me tornava forte para suportar e a dor passava”

Mas, e quando o outro quer te ajudar e acaba piorando a situação? Vemos muito isso com os pais, em especial as mães que na ansiedade de nos ver bem, acabam pecado pelo excesso. E não adianta reclamar, afinal se não tivermos essa preocupação ficaremos decepcionados também! Que situação, hein? Uma hora queremos, outra hora não, queremos apenas ficar quietos, recolhidos em nosso cantinho, somos chatos? Sim, mas qual ser humano não é? Temos nossas individualidades, nossas manias e a culpa é da doença inflamatória? Será?  Hum, que tal pensar no assunto…

E para isso temos que ter uma responsabilidade, tomarmos uma posição perante o outro. Pois quanto mais responsabilidade e autonomia tivermos na vida e em qualquer situação nos mostraremos mais fortes e independentes. Afinal, se quando você está bem sua mãe, pai, esposa, marido, pode cuidar de você porque não cuidar quando você não está bem? Cadê sua responsabilidade quanto ao seu trabalho, estudo, sua vida, seu tratamento, seus medicamentos?

E então? Qual é a sua maneira de ser, de viver? Com ou sem Crohn?

2 comentários:

  1. Rita como sempre impecável, consegue extrair o essencial das nossas conversas. Parabéns

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  2. Miriam estou aprendendo muito com todos e o que posto é apenas o reflexo deste aprendizado. Beijo e até amanhã

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