Assunto recorrente em nossos encontros, a alimentação é
sempre uma de nossas preocupações, afinal é algo que faz parte de nossas vidas
e quem não gosta de comer? Ai vem o desespero, o que eu posso ou não posso
comer? Devo evitar qual(is) alimentos?
Calma, gente…não é o fim do mundo e com carinho e adaptações, podemos nos alimentar e muito bem! Afinal, um organismo
bem nutrido reage melhor ao tratamento!
Muito tem se falado sobre alimentação na Doença de Crohn e
Retocolite Ulcerativa, estudos recentes informam sobre o controle de alimentos
e dieta com alto valor calórico e vitaminas. O tratamento da Doença de Crohn é
individualizado de acordo com as manifestações da doença em cada paciente. Como
não há cura, o objetivo do tratamento é o controle dos sintomas e das
complicações.
Não existe uma dieta única ou um plano de alimentação que
resolverá o problema de todos os portadores de DII. Recomendações de dietas
devem ser feitas de forma individual.
A dieta precisa ser desenvolvida para cada pessoa,
dependendo do tipo de doença e da parte do intestino afetada.
Além disso, estas doenças não são estáticas; elas mudam com
o tempo e os padrões de alimentação devem estar de acordo com essas mudanças.
Dizem não existir dietas específicas para prevenir ou tratar
a doença. Mas, algumas pessoas tem seus sintomas diminuídos evitando tomar
álcool, leite e seus derivados, comidas apimentadas, frituras ou fibras. Seria
verdade também, o fato que não se devem tomar grandes doses de vitaminas,
porque além de desnecessárias podem causar efeitos indesejáveis. Quais as
verdades e mentiras sobre alimentação para portadores de Retocolite
Ulcerativa
(RCU) e Doença de Crohn (DC)?
O ponto-chave é buscar uma dieta equilibrada e saudável.
Hábitos alimentares saudáveis são desejáveis para qualquer pessoa, mas eles são
especialmente importantes para os portadores de DII.
Diminuir a quantidade de carboidratos mal digeridos pode
reduzir sintomas como formação de gases, estufamento abdominal, cólicas e
diarreia em pacientes portadores de DII, mas isto não é o mesmo que diminuir a
inflamação.
Não existe um padrão dietético para pacientes com Crohn, mas
alguns parâmetros nutricionais podem auxiliar os pacientes a evitar erros na
dieta. Doces e frutas em compota com alto grau de açúcar exacerbam a atividade
da doença em muitas pessoas.
Pão branco, pão de forma e comidas altamente condimentadas
não fazem parte da dieta para pacientes com doença de Crohn e deveriam ser
substituídos por alimentos com alta quantidade de fibras. Importantes fontes de
fibra podem ser encontradas em pão integral e em muitos tipos vegetais. As
fibras vegetais auxiliam as funções intestinais.
Entretanto, nos casos de redução da luz intestinal ou
estenose, uma dieta pobre em fibras deve ser seguida.
Médicos e nutricionistas precisam estar atentos à
possibilidade de má nutrição, que pode ocorrer no ataque inflamatório ou mesmo
no curso crônico da doença.
Dica importante:
Deficiência proteica
Uma deficiência proteica pode ocorrer:
Na presença de dieta desbalanceada ou quando o paciente se
recusa a se alimentar por causa do medo da dor.
Segmentos inflamados do intestino falham na absorção
adequada de nutrientes.
Secreções inflamatórias com alta quantidade proteica são
excretadas através do intestino.
Aumento da excreção proteica por envolvimento renal.
Uma deficiência de ferro ocorre como resultado de perda sanguínea severa. Entretanto, mesmo na fase crônica da doença pode ocorrer
distúrbio na utilização do ferro. Ele é um elemento muito importante na
formação do sangue e no transporte de oxigênio. Por essa razão a dosagem
regular e anual de ferro no sangue é necessária.
Devido a perda de fluidos propiciada pela diarreia,
distúrbios do metabolismo de água eletrólitos podem ocorrer. Estas perdas devem
ser repostas pela dieta e por líquidos contendo eletrólitos.
Atenção: as refeições devem ser frequentes e de pequeno
volume. Para obter as quantidades adequadas de cada um dos alimentos citados,
consulte um nutricionista.
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