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sábado, 2 de junho de 2012

Nosso Terceiro encontro - 29/05/12


Nosso encontro em 29 de maio de 2012, foi muito bom! Tivemos a oportunidade de conhecer novos portadores que basicamente relataram a dificuldade em ter o diagnóstico da doença (RCUI e D.Crohn) e a ligação entre situações de estresse emocional (separação conjugal, demissão do trabalho, cobranças no ambiente de trabalho, estudo,relacionamentos) e o aparecimento da doença e/ou uma nova crise.Tivemos também um debate sobre alimentação, as dúvidas do que é ou não é bom consumir, a questão do retorno ao trabalho pós licença médica e o mais importante: a questão emocional sim, ela!!!
A doença inflamatória não é causada pelo estresse emocional,mas observamos na prática que a  ansiedade e o estresse são responsáveis por boa parte das crises. E, seriam os fatores emocionais associados a própria doença em si?
De qualquer forma, não é de surpreender que as pessoas portadoras de doença inflamatória afirmem que o fator emocional é um indicador importante da sua qualidade de vida, portanto a compreensão e o suporte emocional adequados são essenciais para lidar com as DIIs.
As técnicas para gerenciar as manifestações da doença podem assumir várias formas. As crises de diarréia, cólicas, gases, podem fazer com que as pessoas afetadas passem a sentir medo de estarem em lugares públicos. Nestes casos, um bom planejamento pode fazer toda a diferença. Por exemplo: você pode descobrir onde ficam os banheiros nos restaurantes, shoppings e cinemas antecipadamente, facilitando o acesso na eventualidade de uma crise, o que foi relatado pelos participantes que já sabem onde encontrar os “melhores”banheiros. E, alguns pacientes acham prudente carregar consigo  papel higiênico para as emergências.
A aceitação do diagnóstico da doença é importante e tem que ser bem trabalhado, pois pode acarretar uma série de emoções,desde raiva, diminuição da autoestima, até uma   falsa sensação de alívio por finalmente saber o que está acontecendo.
Porém, o mais importante é não se perder em sentimentos negativos, de autopiedade, culpa ou solidão.
Apesar da doença inflamatória intestinal ser uma doença crônica com muitas complicações, ela não é considerada fatal e muitas pessoas acometidas são capazes de continuar levando uma vida produtiva e repleta de realizações, ainda que vez ou outra sejam necessárias hospitalizações para tratar crises mais severas.
Para lidar de modo positivo com o fator emocional , é essencial que você continue tentando levar sua vida de modo mais habitual possível. Alguns dias parecerão mais difíceis que os outros, e a melhor receita para todos é exercer um papel ativo no seu tratamento.
Conversar com seu médico e buscar informações detalhadas sobre a doença são armas poderosas para vencer o medo do desconhecido. Além disso, você pode empregar algumas dicas valiosas para reduzir a carga emocional e lidar melhor com o estresse associado à doença.
- Dormir bem: por mais contraditório que possa parecer, pesquisas já provaram que dormir ajuda a resolver problemas. Isso porque seu cérebro não pára e, durante o sono, ele se sente mais livre para procurar novas conexões neuronais e, em uma delas pode estar aquela solução que você tanto procurava;
- Alimentar-se bem: beba bastante liquido e alimente-se bem seguindo uma rotina alimentar saudável, baseada em frutas, vegetais, legumes, e carnes;
- Praticar exercícios regularmente: os exercícios melhoram a saúde física e mental;
- Tenha hobbies: eles relaxam e distraem ao mesmo tempo que estimulam e organizam seu mundo interior;
- Estimule sua mente: uma situação estressante não é uma ameaça, mas um desafio para o seu raciocínio;
- Processe suas emoções: ao sentir uma emoção forte que poderá repercutir sobre você de modo negativo, guarde-a para si, por alguns segundos, minutos,horas ou mesmo dias, até ser capaz de fazer uma análise mais racional do que ocorreu.
E, acredite em algo:  Pessoas “espirituais”tendem a ser mais saudáveis do que as pessoas não “espirituais”. A prece e a meditação são ferramentas úteis para aliviar o estresse, e nos dão uma consciência mais serena sobre o que somos,quais são os nossos limites, e o que realmente tem importância nessa vida.

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