Nosso encontro em 29 de maio de
2012, foi muito bom! Tivemos a oportunidade de conhecer novos portadores
que basicamente relataram a dificuldade em ter o diagnóstico da doença (RCUI e D.Crohn) e a ligação entre situações de estresse emocional (separação
conjugal, demissão do trabalho, cobranças no ambiente de trabalho, estudo,relacionamentos) e o aparecimento da doença e/ou uma nova crise.Tivemos também um debate
sobre alimentação, as dúvidas do que é ou não é bom consumir, a questão do
retorno ao trabalho pós licença médica e o mais importante: a questão
emocional sim, ela!!!
A doença inflamatória não é
causada pelo estresse emocional,mas observamos na prática que a ansiedade e o estresse são responsáveis por
boa parte das crises. E, seriam os fatores emocionais associados a própria
doença em si?
De qualquer forma, não é de surpreender que as
pessoas portadoras de doença inflamatória afirmem que o fator emocional é um indicador importante da sua qualidade
de vida, portanto a compreensão e o suporte emocional adequados são essenciais
para lidar com as DIIs.
As técnicas para gerenciar as
manifestações da doença podem assumir várias formas. As crises de diarréia,
cólicas, gases, podem fazer com que as pessoas afetadas passem a sentir medo de
estarem em lugares públicos. Nestes casos, um bom planejamento pode fazer toda
a diferença. Por exemplo: você pode descobrir onde ficam os banheiros nos restaurantes,
shoppings e cinemas antecipadamente, facilitando o acesso na eventualidade de
uma crise, o que foi relatado pelos participantes que já sabem onde encontrar os
“melhores”banheiros. E, alguns pacientes acham prudente carregar consigo papel higiênico para as emergências.
A aceitação do diagnóstico da
doença é importante e tem que ser bem trabalhado, pois pode acarretar uma série de emoções,desde raiva, diminuição da autoestima, até uma falsa sensação de alívio por finalmente saber o que está
acontecendo.
Porém, o mais importante é não se perder
em sentimentos negativos, de autopiedade, culpa ou solidão.
Apesar da doença inflamatória
intestinal ser uma doença crônica com muitas complicações, ela não é
considerada fatal e muitas pessoas acometidas são capazes de continuar levando
uma vida produtiva e repleta de realizações, ainda que vez ou outra sejam
necessárias hospitalizações para tratar crises mais severas.
Para lidar de modo positivo com o
fator emocional , é essencial que você continue tentando levar sua vida de modo
mais habitual possível. Alguns dias parecerão mais difíceis que os outros, e a
melhor receita para todos é exercer um papel ativo no seu tratamento.
Conversar com seu médico e buscar
informações detalhadas sobre a doença são armas poderosas para vencer o medo
do desconhecido. Além disso, você pode empregar algumas dicas valiosas para
reduzir a carga emocional e lidar melhor com o estresse associado à doença.
- Dormir bem: por mais
contraditório que possa parecer, pesquisas já provaram que dormir ajuda a
resolver problemas. Isso porque seu cérebro não pára e, durante o sono, ele se
sente mais livre para procurar novas conexões neuronais e, em uma delas pode
estar aquela solução que você tanto procurava;
- Alimentar-se bem: beba bastante liquido
e alimente-se bem seguindo uma rotina alimentar saudável, baseada em frutas,
vegetais, legumes, e carnes;
- Praticar exercícios regularmente:
os exercícios melhoram a saúde física e mental;
- Tenha hobbies: eles relaxam e
distraem ao mesmo tempo que estimulam e organizam seu mundo interior;
- Estimule sua mente: uma situação
estressante não é uma ameaça, mas um desafio para o seu raciocínio;
- Processe suas emoções: ao sentir
uma emoção forte que poderá repercutir sobre você de modo negativo, guarde-a
para si, por alguns segundos, minutos,horas ou mesmo dias, até ser capaz de
fazer uma análise mais racional do que ocorreu.
E, acredite em algo: Pessoas “espirituais”tendem a ser mais
saudáveis do que as pessoas não “espirituais”. A prece e a meditação são
ferramentas úteis para aliviar o estresse, e nos dão uma consciência mais
serena sobre o que somos,quais são os nossos limites, e o que realmente tem importância nessa vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário