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sábado, 14 de dezembro de 2013

Tratamento de amor e carinho



Boa parte das enfermidades que enfrentamos tem a ver com a vida sedentária, com o tipo de alimentação fortemente artificial que consumimos pesadamente impregnada de químicos que são frutos do nosso próprio progresso tecnológico: dos agrotóxicos à manipulação dos solos com insumos fertilizantes. 
Não temos tempo que não seja utilizado para outras coisas que não o trabalho. Afastamo-nos definitivamente do contato com o sol, apesar da enorme dependência que a química corporal tem com a luz solar. Para garantir esse afastamento transformamos o sol em causa de câncer, nos cobrimos com substâncias químicas artificiais para garantir que o sol não chegue a nossa pele! Aliás, usamos todo o tipo de substância química cosmética com mais tóxicos que vão atuar dentro do nosso organismo de forma perversa. Não tomamos água que não seja envasada! E fluoretada! As vezes edulcorada com aspartame.

Nossas crianças nascem no dia em que planejamos, bem como a natureza preconiza. Elas não brincam mais ao ar livre. Na verdade, entram nas escolas o mais cedo possível, para que se encurte o mais rápido a infância, algo que dá muito trabalho para os pais que não podem  ficar em casa, já que ter um dos pais em casa é coisa (horrível) do passado. Os pais aprenderam a ter todo o tipo de culpa em dar limites aos seus filhos! Assim é garantido todo o sofrimento possível na relação de pais com filhos, dos pais entre si, dos filhos com a escola! Algo que parece vai garantir o mais precocemente possível o uso de medicação. (E esses filhos vão garantir o retorno da sociedade à vida sustentável!?)

Dorme-se pouco! Bem pouco! Para garantir o mínimo de melatonina possível disponível! Sem melatonina, que é o antioxidante mais poderoso do corpo, não há a menor chance de se ter saúde! Dorme-se pouco, pois todos estão atolados de preocupações! A maioria das pessoas deve para os bancos, para o governo, para si mesmo! A ansiedade é epidêmica! É bem verdade que a ansiedade é fundamental para que aja consumo! Boa parte do consumo só existe pela pressão da ansiedade, e capciosamente, sem consumo não se gira a economia, todos os empregos ficam a perigo!

Tirar férias, trabalhar menos ou ficar no ócio são sinônimos ofensivos. O tempo para se alimentar é o menor possível! Se possível não faça intervalos de refeição, e melhor ainda será se não precisar abandonar o local de trabalho.

As pessoas aprenderam que tudo é descartável, inclusive as relações pessoais, e principalmente as afetivas!  E para evitar qualquer reflexão de algo possa estar errado qualquer sentimento ou postura não compreendida ou não aceita é catalogado como enfermidade! Assim qualquer mudança é impedida, e sob medicação vamos todos estoicamente sobrevivendo, sem mudar nada!

A medicina é um marco da ecologia aplicada ao ser humano! A natureza é o erro. Nessa linha de pensamento se explica que o nosso corpo, ou partes deles nos adoecem, (afinal o estradiol dá câncer de mama, a testosterona câncer de próstata) ou partes deles são descartáveis ou de função menor, (muitas jovens fazem cirurgia de mama sem qualquer preocupação se um dia poderão amamentar). O desenvolvimento passou a ser alvo de atenção médica. Adolescência precisa de tratamento, menopausa precisa de tratamento, gravidez precisa de tratamento, envelhecer é tratamento garantido. Além do mais se culpa qualquer coisa mais tradicional como causa de doenças horríveis, principalmente os hábitos dos tempos de nossos avôs. Principalmente se temos produtos industrializados substitutos nos dias de hoje.


Dessa forma caminhamos aceleradamente para a manutenção da saúde? De jeito nenhum! Aí é claro que temos que contar com o sistema de saúde! Que estando completamente alinhado a esse modelo patogênico de viver nos fica dizendo todos os dias pela mídia o que fazer. Faça o exame tal com tal freqüência, aquele com tal regularidade. Cuidado com as gorduras! Use esse, aquele e mais daquele produto “natural” (devidamente embalado obviamente). Tome vacina para isso e para aquilo! Fuja dos raios solares! Use produtos “light” e “diet”! Enfim, um arsenal de posturas “bem naturais” para ter a natureza de sua vida dentro de si!

E você já reparou que a maioria dos casais que vivem se abraçando e de mãos dadas, possui aparência mais feliz e saudável?
Um estudo, realizado na Universidade da Carolina do Norte (EUA), pesquisou níveis de certos hormônios, bem como a capacidade de resposta a situações estressantes, de 38 casais, antes e depois de fazê-los assistir a cenas de um filme romântico, seguido de um abraço de 20 segundos de duração.

O resultado desse “momento feliz cientificamente induzido” foi uma diminuição dos níveis de noradrenalina e cortisol, e um aumento de oxitocina (hormônio associado ao amor). 
O resultado dessas reações baixou os níveis de pressão arterial e stress dos indivíduos testados. Altos níveis de adrenalina e stress estão intimamente associados à diminuição da imunidade, doenças cardiovasculares e envelhecimento precoce!

Medicina com amor e carinho ajuda mais.

Tudo isso obviamente não vale só para casais. Também vale, e muito, para o médico e seus pacientes. Se, ao procurar o médico quando está doente, seja com enxaqueca ou qualquer outro problema de saúde, você encontra um ser humano atencioso, carinhoso, que vê e trata seus pacientes com amor, carinho e atenção, você não acha que o tratamento dará muito maior resultado que se faltar ao médico – e à toda equipe de atendentes, secretárias e auxiliares – esses atributos? Se um médico quer de fato cuidar de seus pacientes, deve incluir amor e carinho dentro dos seus atos médicos de tratamento.

Portanto, a dica desta semana é: se você deseja uma cabeça e coração saudável para você e seu cônjuge, namorado(a) ou companheiro(a), dê e receba uma dose bem grande de amor e carinho, todos os dias! Uma mente feliz, alegre, em paz gera um corpo saudável!!!
 
Atenção: esta “receita” não corre o risco de superdosagem!

Uma mente feliz, alegre, em paz gera um corpo saudável!!!

“Se as portas da percepção fossem limpas
 tudo pareceria ao homem como é, infinito” 
William Blake

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