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terça-feira, 5 de abril de 2016

Campanha Vacinação gripe H1N1 - 2016

“Também chamada de gripe, a influenza é uma doença do trato respiratório, contagiosa, causada pelo vírus da influenza, que pode causar indisposição branda ou grave e, às vezes, pode levar à morte. Algumas pessoas, inclusive as mais idosas, crianças pequenas e pessoas que apresentam certas condições de saúde têm um alto risco de sofrer graves complicações por causa da gripe. Você pode aprender mais sobre esses grupos de risco na página” http://www.saude.sp.gov.br
A melhor forma de prevenir a gripe é tomar a vacina anualmente.

A campanha de vacinação contra o H1N1 começou segunda-feira (04/04) na Grande São Paulo. A vacinação foi antecipada no estado por causa do aumento dos casos de H1N1. A expectativa da Secretaria Estadual da Saúde é vacinar 3,5 milhões de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo.
A vacinação segue o calendário das campanhas de anos anteriores, obedecendo a ordem de grupos prioritários e inicia vacinando as pessoas mais suscetíveis e que podem transmitir mais o vírus. É uma questão de conseguir os melhores efeitos com um estoque limitado de vacinas. Assim, ao se vacinar, você se protege e protege os outros.

Daí a importância de começar a vacinação com agentes de saúde, que entram e contato constante com doentes infectados pelo Influenza – e pacientes que se forem infectados podem sofrer muito mais severamente.

As prioridades depois são pessoas com o sistema imune comprometido, crianças bem novas, grávidas, doentes crônicos e idosos. E também as pessoas mais ativas e que transmitem o vírus para mais potenciais alvos. Crianças mais velhas do que dois anos, por exemplo, desenvolvem sintomas muito menos severos, embora transmitam bastante a doença, por isso foi dada a prioridade aos mais novos.

Em alguns locais de vacinação pode ser necessário apresentar uma carta assinada pelo médico autorizando a aplicação, acredito eu, isto deve ser por conta de abusos, qualquer pessoa pode chegar em uma UBS, por exemplo, e dizer que é portador de doença crônica e tem prioridade na vacina, ou seja, o bom senso deve ser prioridade, sempre!

Calendário de vacinação/2016

04/04

Profissionais da saúde


11/04

Gestantes; idosos; crianças de 6 meses a 5 anos


18/04

Mulheres que acabaram de ter bebês; pacientes com doenças crônicas; outros grupos.


As vacinas da rede pública são trivalentes e protegem contra os vírus H1N1, H3N2 e o tipo B. Na rede privada, estão disponíveis também as vacinas quadrivalentes, com cepas pra um outro tipo de gripe b, que circula nos Estados Unidos.
O QUE É A VACINA DA GRIPE?

No Brasil, a vacina contra a gripe é feita com vírus morto.  
Ela contém apenas algumas proteínas específicas do vírus Influenza, chamadas de antígenos, que são capazes de estimular o sistema imunológico a produzir anticorpos.

O vírus influenza é famoso pela sua elevada frequência de mutação, o que compromete a capacidade do sistema imunológico de criar anticorpos que sejam eficazes a longo prazo. Você pode ter uma gripe hoje e criar anticorpos altamente efetivos contra o vírus Influenza. O problema é que, nos próximos anos, há uma grande chance do vírus circulante já ser diferente daquele que lhe contaminou. Os anticorpos que você criou agora já não serão efetivos, ou serão apenas parcialmente efetivos, contra a nova cepa mutante.

As grandes epidemias de gripe que surgem de tempos em tempos, como a pandemia do H1N1 (gripe suína) de 2009, ocorrem toda vez que o vírus Influenza sofre mutações tão relevantes, que o tornam praticamente um vírus novo aos olhos do sistema imunológico da maioria da população. O vírus é tão diferente daqueles Influenzas que as pessoas tiveram ao longo das suas vidas, que praticamente ninguém tem imunidade contra o mesmo. Milhões de pessoas adoecem em todo o mudo, e a gripe torna-se manchete de jornais durante semanas. Contudo, passado o período de crise, a população cria os anticorpos necessários, e a cepa do Influenza que tanto assustou torna-se um micróbio pouco temido e incapaz de infectar grandes multidões (até uma nova mutação aparecer e iniciar o ciclo todo de novo).

Como consequência desta característica do Influenza, existem várias cepas diferentes do vírus circulando ao redor do mundo. Portanto, para que uma vacina seja efetiva, ela precisa ser eficaz contra mais de um tipo de Influenza e precisa ser frequentemente atualizada, de forma a estar sempre ativa contra as mutações mais recentes.
Por isso, novas vacinas são produzidas anualmente com o objetivo de cobrir as cepas do vírus Influenza que circularam mais recentemente. No mundo inteiro há pesquisas para que possamos saber exatamente quais são as cepas que estão circulando com mais intensidade, tanto no hemisfério norte quanto no hemisfério sul. São essas pesquisas que orientam a composição da vacina a cada ano.

Atualmente, a produção das vacinas leva, em média, seis meses a partir da seleção das cepas circulantes até o produto final disponível para distribuição. Como as campanhas de vacinação são feitas no outono, a vacina costuma ser elaborada nos meses anteriores, geralmente na primavera. Desta forma, excetuando-se casos de súbitas mutações de grande intensidade, raramente existem desemparelhamentos entre as cepas cobertas pela vacina e as cepas que circulam entre a população.

A escolha pelo outono deve-se pelo fato do sistema imunológico precisar de cerca de 1 mês para desenvolver de forma plena uma imunidade contra as cepas presentes na vacina. Como o pico de incidência da gripe ocorre no inverno, a população vacinada terá tempo suficiente para estar preparada contra o vírus.

O mercúrio é utilizado como conservante. Ele está presente na vacina como timerosal, que contém metade do seu peso em mercúrio, o que dá a quantidade 1,25 a 25 μg por dose, menos do que a dose diária máxima permitida. O mercúrio presente na vacina é o etil mercúrio, que não se acumula no corpo e é rapidamente metabolizado e retirado, ao contrário da forma nociva, o metil mercúrio. E nenhum dos dois está associado ao autismo.
Os efeitos colaterais da vacina acontecem por conta da nossa resposta imune, já que ela não contém o vírus em si, apenas um pedaço dele. Como muitos dos sintomas da gripe, nossa própria resposta contra o vírus desencadeia mudanças no corpo, e, de certa forma, senti-los é um sinal de que nossa resposta imune está sendo formada.
De acordo com a OMS, os efeitos colaterais mais comuns são febre, dores no corpo e nas juntas e dores de cabeça. Todos com duração de poucos dias.

Vacina contra influenza x Doença Inflamatória Intestinal

O risco de complicações na ocorrência de influenza em pacientes com DII imunossuprimidos está pouco documentado, porém espera-se que seja maior do que em indivíduos saudáveis. Os consensos internacionais recomendam a vacinação para influenza anualmente nos indivíduos imunossuprimidos.  A resposta imune à vacinação pode estar diminuída em pacientes sob imunossupressão. Estudos recentes com vacina para influenza A H1N1 sugerem que os pacientes com terapia combinada com anti-TNF e imunossupressores têm resposta reduzida com menores taxas de soroconversão.Andrisani et al. fizeram um levantamento da resposta imunológica à vacina contra influenza demonstrando uma resposta abaixo do adequado quando os pacientes estavam sob uso de terapia combinada, quando comparados com os pacientes em monoterapia e controles.

Existem alguns dados sobre a segurança da vacina contra influenza em pacientes com DII, particularmente naqueles em uso de imunossupressores. Um estudo de coorte prospectivo multicêntrico com 575 pacientes avaliou sintomas locais e sistêmicos dentro de 4 semanas após a vacinação. A vacina foi bem tolerada, com apenas 15,5% dos pacientes relatando sintomas sistêmicos; todos os sintomas desapareceram dentro de 72 horas. Menos de 5% dos pacientes tiveram sintomas de reativação da doença definidos como 3 ou mais pontos no índice de Harvey-Bradshaw. Os autores concluíram que a vacina foi bem tolerada pelos pacientes, independentemente da terapia, e que o risco de reativação da doença foi baixo.

As Diretrizes para Imunização em Pacientes portadores de Doença Inflamatória Intestinal recomendam que a programação de imunização para pacientes com DII não deve, na maioria dos casos, divergir da programação recomendada para a população geral de crianças e adultos. As diretrizes vigentes recomendam a aplicação de vacinas inativadas (onde os organismos foram mortos ou inativados por meio de calor ou substâncias químicas) contra pneumococos e gripe em pacientes imunossuprimidos. Portanto, é importante perguntar ao seu gastroenterologista, clínico geral ou outro profissional da saúde se você ou seus filhos portadores de DII devem ser vacinados contra a gripe, e também discutir os riscos em oposição aos benefícios. Os vírus da influenza propagam–se inicialmente por meio do contato direto (ex.: tosse ou espirro) com indivíduos que já estão gripados. As pessoas também podem ficar infectadas após tocar em algo – tal como uma superfície ou objeto – que contenha o vírus da influenza e, em seguida, encostar na boca ou no nariz.

Desde 2010, a vacina sazonal contra a gripe protege os pacientes contra as cepas comuns do vírus da influenza e também contra o vírus da gripe H1N1, de modo que é necessário tomar apenas uma vacina. Os pacientes submetidos a tratamentos com esteroides e imunossupressores (como a azatioprina, 6MP ou metotrexato) e a tratamentos biológicos (Remicade, Humira, Cimzia ou Tysabri) devem discutir com seu médico os riscos e benefícios da vacina, mas, via de regra, têm prioridade para o uso da mesma.

Segundo o trabalho de Iris Dotan e colaboradores de Israel, publicado na Revista Inflammatory Bowel Disease; 2012, não existe evidência de imunodeficiência sistêmica intrínseca em pacientes com Doença Inflamatória Intestinal. Verificaram também que imunossupressores derivados da Tiopurina (Azatioprina e 6–Mercaptopurina) nas doses utilizadas para tratamento das doenças inflamatórias intestinais não mostraram efeito supressivo significativo nas respostas imunológicas celulares e humorais. Os pacientes que utilizam estas medicações respondem, portanto, adequadamente e de forma eficaz à vacinação.
Indicação de vacinas para indivíduos que vivem com pacientes com DII
Ressalta-se que os suscetíveis em contato constante com portadores de imunossupressão (contatos familiares e profissionais de saúde) devem receber a vacina para a proteção indireta dos pacientes. Indivíduos imunocompetentes que vivem com pacientes imunocomprometidos podem receber com segurança vacinas com vírus inativados.
  
Lembrar de alguns cuidados simples do dia a dia pode ajudar a evitar a doença, como por exemplo:


Texto complementar para leitura:
"Vacina para H1N1 é segura para portadores de doenças autoimunes"

Fontes:
Maria Rita 

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