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domingo, 10 de julho de 2016

Imunidade Intestinal


Encontrei esse vídeo, é bem interessante, em inglês e legendado para o português, espero que gostem!
O sistema imunológico é formado por células e moléculas especializadas no combate a infecções, agindo contra as inúmeras substâncias estranhas presentes no ar que respiramos, nos alimentos que ingerimos e nos objetos que tocamos. Gripes, resfriados, infecções intestinais e outras doenças estimulam o sistema imunológico a exercer sua função no organismo.

Existem três vias principais através das quais o intestino atua como sistema de defesa. A primeira via é mediante a microflora residente, que protege contra invasões bacterianas. Entre os mecanismos propostos inclui-se a competição por nutrientes, por receptores existentes na parede intestinal e pela criação de um meio adverso para os organismos patogénicos (p.ex. pH baixo). A segunda via é pelo fato de as células da parede intestinal não absorverem nutrientes, servindo como barreira protetora que impede a entrada de substâncias estranhas. Terceiramente, o sistema imune do intestino é feito de células imunes especializadas. Estas células reagem através de uma resposta inata própria e simultaneamente desencadeiam a produção de anticorpos, proteínas que se ligam especificamente a outras proteínas denominadas de antígenos – neste caso patogênicos invasores – para desativá-las e removê-las do organismo.

A função primária do intestino é absorver água e nutrientes. O papel específico da microflora intestinal  na digestão é fermentar as substâncias ingeridas na dieta (p.ex. fibra dietética), que não é digerida no intestino delgado. Esta fermentação produz, entre outras moléculas, ácido láctico e ácidos gordos cadeia curta (ácidos acético, propiônico e butírico).
Estes últimos proporcionam energia às células do revestimento da parede do cólon, para melhorar a absorção de minerais e influenciar de forma benéfica o metabolismo dos lipídios e da glicose, no fígado.

Além das doenças inflamatórias e autoimunes, existem outras doenças crônicas que podem ser afetadas pela comunidade microbiana do intestino. Em particular, o desenvolvimento de doença alérgica, que tem aumentado ao longo dos últimos 40 anos nos países industrializados. Vários estudos relataram diferenças na composição da microbiota dos lactentes que desenvolvem doenças alérgicas.  Alguns dados sugerem que certas espécies de bactérias comensais intestinais podem desempenhar papel patogênico nas alergias que ocorrem no intestino ou em locais distantes a partir do intestino, tais como o pulmão e a pele.

Assim, a microbiota intestinal é essencial para que o mecanismo de proteção trabalhe em ótimas condições. Na realidade, não ter um equilíbrio bacteriano correto no intestino está associado a uma série de distúrbios, tais como a síndrome do intestino irritável e as doenças inflamatórias intestinais.



Maria Rita 

Imunossupressão

Uma doença autoimune é uma condição que ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano, onde sistema imunológico não consegue distinguir os antígenos dos tecidos saudáveis do corpo e acaba atacando e destruindo as células normais do organismo. A maioria das doenças autoimunes é crônica, mas muitas podem ser controladas com tratamento. Não existe uma forma conhecida de se prevenir doenças autoimunes.

O sistema imunológico é um sistema bastante complexo que pretende defender o organismo de agentes infecciosos. O seu correto funcionamento permite o desenvolvimento de uma resposta imunitária a fim de evitar o dano tecidual e a ocorrência de doenças.
O  tratamento  atual  para  as  doenças  autoimunes  é  direcionado  para  a redução da   ativação   do   sistema   imunológico   e   dos   danos   provocados   pelas   respostas imunitárias com o uso de fármacos imunossupressores  que irão auxiliar a suprimir a resposta inflamatória indesejada.

Há seis tipos de drogas que são comumente usadas para tratar a DII. Algumas delas fazem com que a doença ativa (crise) volte para a fase inativa (remissão). Outras, mantêm a doença sob controle (manutenção da remissão). Às vezes, a mesma medicação é usada para ambas funções. As seis categorias de drogas são:

Aminossalicilatos: estas drogas, que têm propriedades em comum com a aspirina, são as mais usadas pelos médicos para combater a inflamação da DII. Elas são normalmente prescritas para pessoas portadoras de Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn de leve a moderada – podem induzir e manter a remissão da doença. Entre elas estão: sulfassalazina, mesalamina, balsalazida e olsalazina. No Brasil, somente a sulfasalazina e a mesalazina estão aprovadas para uso.

Corticoides: este é o segundo grupo mais comum no tratamento da DII. Estas drogas têm ação rápida (indução da remissão) e, por isso, são muito usadas nos períodos de crise (atividade da doença). Além de reduzir a inflamação de forma rápida (semanas), os corticoides reduzem a atividade do sistema imunológico. A prednisona e a metilprednisolona são as mais comuns neste grupo (não confunda este grupo com os esteroides anabólicos usados por atletas e fisiculturistas). No entanto, precisa ficar claro que os corticoides não devem ser usados continuamente para controle da doença devido aos efeitos colaterais que podem acarretar com seu uso a longo prazo. São drogas usadas somente por algumas semanas para induzir a remissão da doença.

Antibióticos: estas drogas ajudam a manter um equilíbrio entre todas as bactérias (as boas e as más) que vivem nos intestinos. Os dois tipos mais prescritos são a metronidazol e a ciprofloxacina. Elas são principalmente usadas para tratar os casos da Doença de Crohn em fase ativa.

Imunomoduladores: Esta classe inclui os 6-MP (também chamados de 6-mercaptopurina), azatioprina e metotrexato. As 6-MP e a azatioprina são as mais usadas. Como o nome já diz, os imunomoduladores regulam o sistema imunológico. A ação da droga demora algumas semanas (seis a oito semanas), portanto, não são usadas na indução da remissão. Os imunomoduladores são usados para a manutenção da remissão em longo prazo. O medicamento imunossupressor Azatioprina (pode ocasionar alterações hepáticas e baixa de glóbulos brancos) sendo eficiente ao realizar essa tarefa. Porém, seu efeito é demorado. Leva cerca de 2 a 4 meses antes que a droga comece agir com eficiência. Por isso não se assuste se o seu médico o colocar em alguma outra medicação juntamente com a Azatioprina. Ele pode estar tentando te dar cobertura até o período de maior eficiência da droga.

Ciclosporina: esta droga é chamada imunossupressoras e afeta o sistema imunológico, mas é diferente dos imunomoduladores, pois são usadas nos casos graves de Retocolite Ulcerativa que não respondem aos corticoides.

Infliximabe (Remicade): esta droga constitui uma classe própria, as drogas biológicas. É um anticorpo contra uma molécula da inflamação conhecida como fator de necrose tumoral ou do Inglês, TNF. Por isso, o uso do infliximabe induz a redução da inflamação. Ela é mais eficaz para os pacientes cuja DII não melhorou com outras medicações e para aqueles que têm fístulas. O Infliximabe é administrado de forma intravenosa a cada oito semanas. A droga pode ser usada na indução e na manutenção da remissão.

Adalimumabe (Adalimumabe): assim como o infliximabe o adalimumabe também é um anticorpo contra uma molécula da inflamação conhecida com fator de necrose tumoral. O adalimumabe é administrado de forma subcutânea a cada duas semanas.
Os imunomoduladores são medicamentos que diminuem as defesas de nosso organismo e, consequentemente, reduzem nossa capacidade de a inflamação. Na verdade os corticóides em doses moderadas a altas são considerados imunossupressores, e os biológicos também.

O tratamento para doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa através de imunossupressores é considerado quando o médico percebe que o tratamento com corticosteroides, aminosalicílicos e antibióticos não está alcançando o efeito desejado, ou seja, a remissão.

Esses medicamentos são de grande ajuda para pacientes que desenvolveram complicações como fístulas, por exemplo, devido a diminuição da inflamação. Por conta de inibirem as células brancas do sangue faz com que o indivíduo fique mais susceptível à infecções sendo assim, esses medicamentos são prescritos de forma que a supressão do sistema imune não seja pior do que a doença em si.

Essas drogas vão atuar diretamente no DNA das células cessando a multiplicação das mesmas. Com isso menos células do mecanismo de defesa estarão disponíveis na circulação e menor será a produção de citocinas.

Apesar de já terem sido feitos avanços significativos na terapia imunossupressora, muitos desafios continuam, como a redução da toxicidade das drogas e o aumento da sua especificidade para os tecidos, isto é, aumentar a especificidade da imunossupressão sem, no entanto, induzir os efeitos secundários com ela relacionados. 

Maria Rita 

E o semestre terminou!

Que alegria, cumpri mais um semestre da faculdade, agora falta pouco, mais algumas adaptações e o estágio,eu vou conseguir!
E foi muito bom retornar à Universidade onde iniciei o curso e não deveria ter transferido...
Local com ótimos profissionais, desde os seguranças até professores, inclusive algo que me chamou atenção foi a preocupação da coordenadora do curso quando me perguntou se havia necessidade de alguma mudança na elaboração da prova, pois em minha matrícula eu assinalei que sou portadora de deficiência física! Pôxa! Vejam o respeito da instituição com o aluno, na anterior, nem sair para o banheiro em caso de emergência eu poderia!!!

Mas enfim, vamos ao que interessa: Foi muito bom cursar as disciplinas com as colegas e agora amigas que conheci, o grupo que integrei foi muito bom, todas interessadas e focadas no estudo. Ao final, apresentamos o trabalho de conclusão de semestre, chamado INTER, onde temos um tema a desenvolver com todas as disciplinas e por ser esse ano( 2016) considerado o Ano Internacional das Leguminosas para conscientização da população à respeito da importância do consumo desse grupo alimentar.


Nosso trabalho foi desenvolver uma receita culinária utilizando uma leguminosa e nosso grupo, a escolha foi ERVILHA:

E vejam o capricho da Alessandra, que fez até uma “mini”cartilha para distribuir aos professores visitantes no dia da apresentação do trabalho.

Muita gratidão por fazer parte desse grupo. Valeu, meninas Alessandra, Natália, Nubya e Renata e nossa Coordenadora do curso e professora de Técnica Dietética II, Profa. Ms. Lígia Lopes Simões Baptista.

“Se você desistir diante das adversidades durante a juventude, ou, pelo contrário, conseguir transformar as dificuldades em nutrientes para o seu progresso, determinará se será vitorioso, ou não, no futuro. Aqueles que são prósperos em qualquer campo de atuação, de alguma  forma utilizarão os obstáculos encontrados em sua juventude como vantagens para o desenvolvimento." (Daisaku Ikeda)


Maria Rita 




Sempre de bem com a Vida

Sou muito grata pela oportunidade que a Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn/ABCD-SP concedeu-me para expor um pouco de minha história de vida com a doença inflamatória intestinal (DII), digo isso pois meu primeiro diagnóstico foi Retocolite Ulcerativa Inespecífica(RCUI) e por não ter sido feita biópsia do cólon, quando foi retirado, fica difícil saber se realmente tive RCUI ou se sempre foi D.Crohn afinal, são doenças ”irmãs” e muito idênticas o que em alguns casos dificulta o diagnóstico preciso.
Desde outubro de 2013, sou ileostomizada definitiva e ainda convivo com a doença, afinal é crônica e o fato de ser estomizada apenas aliviou alguns sintomas e deu me um pouco de qualidade de vida.

Tem Crohnistas da Alegria na revista ABCD em Foco - Ed. 61



                                   E como disse Dr. Idblan “A Rita como a Rita é”!

Maria Rita 

Cheguei e vou postar!

Fiquei ausente, sem postar nada por quase um mês, é a rotina com a doença de crohn, mais “algumas” complicações não é fácil, sendo considerada deficiente física pela estomia, percebo o quanto ainda temos que mostrar ao mundo, pois somos “tolerados” e não aceitos, como diz uma amiga em referência ao deficiente físico, os poucos locais que “respeitam” deve ser para passar uma imagem de “politicamente correto”...bah!!! deixe essa conversa tristonha pra lá que tenho coisas boas para postar!